segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

::: Mensagens Doutrinárias :::
ADJUNTO PRESIDENTE - 0000-00-00

O ADJUNTO PRESIDENTE

            Salve Deus!
            Nossa doutrina é realmente diferente de outros pensamentos filosóficos religiosos ou doutrinários. Até a própria maneira como o homem chega a doutrina é também diferente. Muito embora, o espiritismo hoje seja visto com menos preconceito, ainda há algumas restrições por parte das pessoas para aceita-la como religião pois, ainda é visto como uma maneira de bruxaria, despachos etc. O Amanhecer é basicamente um conjunto de rituais voltadas para manipulação das energias contidas no homem e no universo, cujo objetivo é a cura desobsessiva ou, atenuação da correntes emanadas por individualidades sofredoras que fazem mal aos serres humanos. Então não temos por origem de criação fórmulas mágicas ou qualquer ato ou ritual que vise premeditadamente fazer mal a alguém. Dessa forma, quando esse homem chega a doutrina, na maioria das vezes, está falido emocionalmente, financeiramente ou com alguma moléstia a qual busca a cura.
Tecnicamente, já visto sob os olhos da doutrina, algumas dessas situações é a forma que seus Guias ou Mentores encontraram para que ele retorne ou busque o cumprimento do compromisso assumido nos planos espirituais de ser um missionário, cuja função é a libertação ou cura de seus cobradores, diminuindo assim suas dividas transcendentais e aliviando sua faixa cármica.
Mas para que ele possa chegar a doutrina, dependendo de sua dívida transcendental, há toda uma negociação, um acerto com seus cobradores para que ele possa pelo menos nos primeiros dias ou meses, ter uma certa tranquilidade e assim sofrer menos o impacto do próprio desenvolvimento que são as cobranças, a instabilidade emocional causada pela abertura de plexos ou chacras e também a adaptação fisiológica que o corpo físico sente nesse período. Também há de se considerar o impacto psicológico causado pelo resultante do desenvolvimento, principalmente se for um médium Apará. Também há de observar as sensações causadas pela abstinência do álcool e até de alguns tipos de medicamentos.
Espiritualmente responsabilidade de conduzir o médium a doutrina e consequentemente ao salão iniciático é do Ministro de origem daquele médium. Ele tem recursos, bônus espirituais para emprestar ao médium para que ele possa repassar aos seus cobradores e dessa forma ser formado, ou iniciado e então começar a ganhar seus próprios bônus. Então, recapitulando, quando o homem chaga a doutrina suas finanças não só físicas quantos espirituais está em baixa.  O Ministro de certa forma, “empresta” bônus ao médium ao médium que passa a ser regido por ele, para depois quando já estiver apto ele devolva aquilo que tomou emprestado. Tudo isso se dá a nível espiritual e sem conhecimento consciente tanto do médium, quanto do Adjunto que representa aquele Ministro.
Vendo as duas situações sob o aspecto técnico espiritual a situação é a seguinte, o Adjunto que representa um Ministro que parte para a formação de um povo sua responsabilidade com aqueles que a espiritualidade lhe confiou, é demasiadamente séria e delicada, pois a encarnação daqueles que lhes foram confiados fica sob sua inteira responsabilidade. Ele receberá o mestre em seu templo, terá a responsabilidade direta de equilibra-lo, desenvolve-lo , direcionar sua caminhada doutrinária e ainda é o representante legal do Ministro que o rege , dessa forma suas atitudes terão que ser bastante pensadas pois o Ministro lhe confiou os seus tutelados e portanto as informações que o Ministro lhe passa são intuitivas e este , o Adjunto para essa condução lançará mão das mesmas e dos ensinamentos recebidos e deixados pela Clarividente Neiva Chaves Zelaya.
            Na relação do Adjunto e seu povo, levar-se a em conta aspectos puramente espirituais, dados que a sua condição de condução do povo é espiritual. Fica portanto a pergunta quanto da participação do Adjunto da vida pessoal de seus componentes, até que ponto ela deve existir e como é essa participação.
            Certa feita conversando com o Trino Ajarã Mestre Gilberto Zelaya como ele decidia quando um Mestre chegava até ele para pedir autorização para abrir um templo como ele procedia. E ele responde:
            -Meu filho! Minha mãe era clarividente, portanto quando ela autorizava a abertura de um templo ela tinha como base as heranças transcendentais do mesmo. Eu no entanto, não disponho dessa condição. Dessa forma autorizo o Mestre a começar sua caminhada. Se ele tiver herança na formação de um povo, com certeza, ele irá prosseguir sua missão. Se não tiver essa herança...Fica na sua consciência, prosseguir sua missão. Não é raro ver certos Mestres que partem em sua missão espiritual e no entanto após três, quatro anos não conseguem formar seus componentes. Já outros, num espaço de um ano conseguem já formar um bom grupo de centuriões.
            Quando o Adjunto parte em sua missão ele começa também a formação de um povo e esse, será sua força decrescente. Aqueles componentes os quais, o Ministro lhe confiou, estarão sob o poder de mando de sua hierarquia espiritual. Também deve compreender que essa missão é espiritual e nos dias de hoje segundo a Doutrina do Amanhecer, formada por Neiva Chaves Zelaya que era Clarividente, ficou em seu lugar após seu desencarne, quatro Trinos Presidentes Triadas que foram legitimamente classificada por ela. Desses quatro, ainda temos dois que ainda estão encarnados; Trino Sumanã e Trino Ajarã, e este último tem sua lei, que foi deixada pela Clarividente e esta justamente gere a lei sobre iniciações e consagrações assim como da decrescência do Adjunto. Sendo portanto nossa Doutrina espiritual fica a pergunta se um Adjunto Presidente estar atuando ou fora da força decrescente dos Trinos Presidentes destes Amanhecer, como ele poderá ensinar seus componentes fora dessa força.
            Em sua caminhada este Adjunto encontrará muitos desafios, entre eles está justamente lidar com seus componentes. Se ele partir nessa missão acompanhado de uma Ninfa e esta, tiver um laço de parentesco com ele tem duas implicações as quais ele vai ter que lidar. A primeira é que ele lidará com outras Ninfas, que pelo laço de transcendência estiveram juntos, estes laços são diversos e desconhecidos (isto se aplica a todos os seus componentes), portanto, deve ele preocupar com os laços que poderão surgir. Das empatias que favorecem o relacionamento Adjunto/componente, quanto as antipatias transcendentais que  levará o Adjunto a ter mais atenção e cuidado com as mesmas.      
            Temos em nossa doutrina grande Adjunto Presidentes, e hoje podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que os componentes dos Templos do Amanhecer, já são em maior número que os Mestre do templo Mãe.
            É um assunto complexo, as quais os temas são complexos e delicados, mas em sua forma e extensão o que realmente acontece é que esse Mestre representa Tia Neiva, e como ela começou do zero, e como ela terá a missão de formar essa rama, e essa crescerá e dará outros frutos que dará a condição para que nossa doutrina possa cumprir com o desejo de Pai Seta Branca na condução de espíritos para Deus! E somente a consciência doutrinária é que conduzirá o Adjunto Presidente a trilhar com segurança nessa caminhada árdua, mas recompensadora.

            Adjunto Adelano
Gilmar
::: Mensagens Doutrinárias :::
ARCANO - 0000-00-00
Salve Deus!



            Estamos há algum tempo sempre falando no peso das classificações e, principalmente o que representa essas consagrações. Em nossa doutrina existe um sistema hierárquico bastante rígido o qual, tem sua força e representatividade espiritual. Esse sistema é estritamente espiritual, regido por valores de conquista e não valores forçados ou adquiridos fora da linha da evolução doutrinaria espiritual.
            Falaremos exclusivamente da classificação do Arcano, que é a última classificação na Doutrina do Amanhecer.
            Os primeiros Adjuntos Arcanos foram os chamados trinta e nove que receberam essas classificações em 1978  na formação do Adjunto.
            Para a formação do Adjunto houve um ritual especifico onde os passos que se seguiam mostravam uma jornada que dava ao Adjunto sua missão:“Uma grande tribo partia para a guerra de suas novas conquistas quando um despertar de amor a fez voltar até o Santuário, pedindo a Amon-Rá que abençoasse aquele povo. Esta Iniciação, atravessando séculos, chegou até aqui! Arjuna-Rama entra no Oráculo - ou Santuário, com uma lança na mão, escoltado por ninfas Dharman Oxinto. No portão do Santuário pergunta à I Solitária Yuricy se pode se espiritualizar.(Tia Neiva)
            O Arjuna, segundo a tradição Hindu seria o homem perfeito, o príncipe dos príncipes. Só se chega a condição de um Arjuna, quando o indivíduo retira de sua personalidade os sentimentos de raiva,ciúme... Mas esse homem perfeito tem uma triste sina! Guerrear contra seus próprios irmão!
            O Ritual acima descreve a formação do Adjunto ou sua caminhada até a sua classificação ou consagração. O Mestre era conduzido até o santuário, e este era entregue ao Adjunto Yuricy, e lhe  pergunta se pode se espiritualizar. Logo depois é encaminhado até o sacerdote que está com os poderes de Koatay 108!
Este responde : Se for para seu bem que entre!

Após adentrar ao Santuário, recebe os poderes que lhe são merecidos, para depois apresentar ao Trino com sua tropa! Só depois ele recebe sua autorização para novamente espiritualizado voltar diante de Koatay 108, note-se que ele só voltará diante de Koatay 108, depois de avaliado e autorizado pelo Trino
Koatay 108 então dará a sua lei. Esta lei significa o juramento que o Mestre então de joelhos o fará!

Depois, com a mudança de seus sentimentos (ou espiritualização), vai novamente diante de Koatay 108 pedir para que espiritualize seu povo. Então serve do Sal e do vinho e faz seu juramento.
Voltamos novamente a frisar o Mestre Tumuchy em sua afirmação que diz:
“Muitos são chamados a uma consagração, mas nem todos são consagrados”
Há uma definição no curso de estrelas do Mestre Tumuchy que nos fala sobre os Arcanos, vamos aqui coloca-lona definição do Mestre José Carlos, Trino Tumarã!
No Curso de Estrelas, o Mestre Tumuchy  ensinou que Koatay 108 avançara tanto, obtendo elevado respeito nos planos espirituais, que havia movimentado uma estrutura capaz de receber o beneplácito dos Arcanos.  Os Arcanos são espíritos superiores, que presidem, há milênios, todo o Universo.  São tão grandes que não ficam aqui, só nos projetam sua força. São a manifestação do SOPRO DIVINO na Terra! São espíritos finíssimos e, simplesmente, não discutem - vêm em missão, diretos, precisos, objetivos, e são eles que chegam até os Soberanos, espíritos que regem a Alta Magia de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os Arcanos regem os trabalhos da Estrela de Nerhu. Se os Jaguares correspondem, tudo bem. Caso contrário, eles simplesmente se retiram.  A presença dos Arcanos significa a observação do nosso comportamento individualizado. Como poderemos corresponder a eles se não temos o conhecimento do que eles pretendem para a Terra? Somente dentro da conduta doutrinária, trabalhando na Lei do Auxílio, com amor, tolerância e humildade, poderemos corresponder e estar sempre à disposição dessa força grandiosa  dos Arcanos, que nos ditarão seus planos na medida do nosso progresso espiritual.  
Também nos dizia o Trino Tumuchy que esses espíritos, ou ministros (Arcanos) nunca estiveram encarnados na Terra. Embora tenham compromissos com seus tutelados, são precisos, manipulam forças de grande potencial iniciático e cabalístico.
 Quando seus tutelados saem de sua conduta doutrinária ou de seu compromisso doutrinário eles se afastam! Há relatos que Tia Neiva comentou de mestres Adjuntos que saíram de sua missão ou conduta e seus Ministros se afastaram de seus Mestres! Ela não sabia informar se o  mesmo Ministro voltaria com o mesmo Mestre!
Também há relatos de que quando Tia Neiva classificou o primeiro grupo de Arcanos, havia um pedido para que sempre houvesse um deles no interior do Templo Mãe. E também que evitasse trabalhar nos Tronos.
       Quando o Mestre Janatã fazia as escalas da Estrela candente e do quadrante, orientava que no ritual do quadrante, não se dava missão a esses Mestres, baseado num trecho: 
“O Arcano fica onde quer”
       Não há como analisar o aspecto das classificações e as faixa cármica, as classificações caminham paralelos ao resgate cármicos e dividas transcendentais e, nisso está implicito as cobranças espirituais.
A medida que o Mestre vai conseguindo suas classificações, vai adquirindo de acordo com sua conduta doutrinária, sua evolução espiritual, Portanto, vai movimentando uma quantidade maior de força. Se ele é um Adjunto de povo, também vai favorecer que seus componentes possam ascencionar a níveis também mais elevados sob o aspecto espiritual. Então, seu carma pode tornar-se mais pesado, onde as cobranças também ficam mais intensas. Conhecemos alguns grandes Mestres que após receberem suas classificações, passarem por momentos difíceis em suas vidas.
         Outro aspecto a ser abordado é o aspecto do compromisso ou juramento realizado no momento em que o Mestre de joelhos se compromete diante do Trino Triada que lhe dá a missão , Koatay 108, Jesus e ainda mais sério, diante de sua consciência. 
Vamos transcrever alguns trechos de juramento:
“Salve Deus! Oh, Jesus, nesta bendita hora, em que as forças se movimentam para consagração deste meu sacerdócio, eu, o menor de teus servos, ponho em Tuas mãos os meus pensamentos e todo o meu amor,”
Salve Deus, minha Mãe Clarividente! Juro seguir o teu roteiro nesta caminhada para um rico Terceiro Milênio, doutrinando, emanando e curando, transformando a dor no caminho de nossa evolução.”

“Ninguém jamais poderá contaminar-se por mim! Salve Deus!”           

            Fica portanto, bastante claro alguma situações neste texto que ainda é muito pobre de nossa parte para falar de tão importante missão ou classificação! 

            Para poder tornar-se ou receber uma classificação desse nível é necessário que haja uma autorização de um Trino Presidente Triada!        

            È necessário uma espiritualização, uma mudança de pensamento, uma melhora interior para se alcançar a CONSAGRAÇÃO, que é diferentes de classificação, pois novamente citando o Mestre Tumuchy “Muitos são chamados a uma consagração , mas nem todos são consagrados” 

            Esses espíritos lidam diretamente com os soberanos, veem segundo tudo indica, das origens do terceiro ciclo. São extremamente objetivos, não participam de nossas mesquinharias, deixam seus tutelados quando os mesmos saem de sua missão ou conduta doutrinaria.

            Tia Neiva tinha um imenso cuidado ao classificar um Mestre Arcano e hoje são poucos os que obtiveram diretamente da Clarividente tal consagração.           

            Ainda temos pouco conhecimentos dessa classificação e até ,podemos lembrar uma frase de Tia Neiva na carta dos Aparás que aqui também cabe perfeitamente. 

“É a dor para aqueles que desejam prova” 

            Hoje corremos o risco de perdermos todo o caráter hierárquico da doutrina, e uma das grandes falhas é muitos desses Mestres que receberam essas classificações e que buscam sua consagração entender que:           

            “Um Mestre pode alcançar a outro em suas classificações mas, nunca em suas consagrações”

            Essa classificação é espiritual, seu caráter sagrado, portanto não torna o homem com um aspecto de mando maior, mas sim, mais compreensivo para aqueles que o rodeiam e que também a classificação é inversamente proporcional a sua divida cármica. Sua classificação é do tamanho de sua divida cármica.



Gilmar


Adjunto Adelano

Novembro-2012

CAUSAS DAS MORTES COLETIVAS



CAUSAS DAS MORTES COLETIVAS


Através da reencarnação, Doutrina Espírita mostra que há lógica nas tragédias que chocam a todos nós.
Como conciliar a afirmativa de Jesus de que “a cada um será dado segundo as suas obras”, com as desencarnações coletivas provocadas pelo terremoto mais violento dos últimos quarenta anos, ocorrido no dia 26 de dezembro de 2004, que ao produzir ondas gigantescas (tsunamis), destruiu a região litorânea do Sul da Ásia, matando centenas de milhares de pessoas?

Como aplicar o ensinamento do Cristo às mortes coletivas que aconteceram num incêndio de grande proporções em uma discoteca de Buenos Aires, no final de dezembro, e que provocou a morte de 175 pessoas; ou aos óbitos registrados no terremoto que atingiu a cidade de Bam, no Irã, no final de 2003, que matou milhares de pessoas de todas as idades e condições sociais; ou ainda, às verificadas no acidente de avião no Egito, que provocou a morte de 148 pessoas que estavam a bordo, em 3 de janeiro de 2004? Enfim, como explicar todos esses e muitíssimos outros fatos dramáticos sob a ótica da Justiça Divina?

Para melhor entendermos a questão das expiações coletivas, esclarece o Espírito Clélia Duplantier, em Obras Póstumas, que é preciso ver o homem sob três aspectos: o indivíduo, o membro da família e, finalmente, o cidadão. Sob cada um desses aspectos ele pode ser criminoso ou virtuoso. Em razão disso, existem as faltas do indivíduo, as da família e as da nação. Cada uma dessas faltas, qualquer que seja o aspecto, pode ser reparada pela aplicação da mesma lei.

A reparação dos erros praticados por uma família ou por um certo número de pessoas é também solidária, isto é, os mesmos espíritos que erraram juntos reúnem-se para reparar suas faltas. A lei de ação e reação, nesse caso, que age sobre o indivíduo, é a mesma que age sobre a família, a nação, as raças, enfim, o conjunto de habitantes dos mundos, os quais formam individualidades coletivas.

Tal reparação se dá porque a alma, quando retorna ao Mundo Espiritual, conscientizada da responsabilidade própria, faz o levantamento dos seus débitos passados e, por isso mesmo, roga os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.

FAMILIA MORRE QUEIMADA

Vejamos agora como funciona a lei de ação e reação para redimir culpas passadas de diversos membros de uma família que, por vingança, incendiaram a casa de um vizinho pela madrugada, matando todos dentro da casa. Os espíritos que compunham a família criminosa, ao reencarnarem unidos novamente pelos laços consanguíneos, expiaram seus crimes num desastre, no qual o carro em que viajavam pegou fogo, morrendo todos queimados dentro do veículo.

Como se vê, cada membro da família reparou individualmente os crimes cometidos na encarnação anterior, dentro do resgate coletivo. De fato, a dor coletiva é o remédio que corrige as falhas mútuas. No entanto, cada um só é responsável pelas suas próprias faltas como determina a Justiça Divina, ou seja, como indivíduos ou como membros de uma coletividade, todos nós somos responsáveis pelos nossos atos perante as leis de Deus.

Segundo Emmanuel, nós “criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida”.

Tais apontamentos foram feitos ao final do capítulo intitulado “Desencarnações Coletivas”, no livro Chico Xavier Pede Licença, quando o benfeitor espiritual responde porque Deus permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos de incêndios.

TERREMOTOS

Imaginemos guerreiros do passado que destruíram cidades, arrasaram lares, matando mulheres e crianças sob os escombros de suas casas, fazendo milhares de vítimas. É lógico que os espíritos desses guerreiros, ao reencarnarem na Terra em novos corpos, atraídos por uma força magnética pelos crimes praticados coletivamente, se reúnem em determinadas circunstâncias, e sofrem “na pele” por meio de um terremoto ou outra catástrofe semelhante, o mesmo mal que fizeram às suas vítimas indefesas de ontem.

ACIDENTES DE AVIÃO

O espírito André Luiz, no capítulo 18 do Livro Ação e Reação, psicografado por Chico Xavier, esclarece que piratas que afundaram e saquearam criminosamente embarcações indefesas no dorso do mar, ceifando inúmeras vidas, agora encarnados em outros corpos, morrem coletivamente nos acidentes aviatórios.

TRAGÉDIA DO CIRCO

No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, em comovedora tragédia num circo, a justiça da lei, através da reencarnação, reaproximou os responsáveis em diversas posições da idade física para a dolorosa expiação, conforme relata o Espírito Humberto de Campos, pelo médium Chico Xavier, no livro Crônicas de Além Túmulo. Os que morreram no século XX no circo de Niterói foram os mesmos que, no ano de 177 de nossa era, queimaram cerca de mil crianças e mulheres cristãs numa arena de um circo na Gália, região da França, na época do Império Romano.

OUTRAS CAUSAS

Ainda na mensagem “Desencarnações Coletivas”, o benfeitor espiritual Emmanuel esclarece outros motivos para as mortes que se verificam coletivamente. Diz ele: “Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.

Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.

Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.

Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação”.
CAUSAS DAS MORTES COLETIVAS


Através da reencarnação, Doutrina Espírita mostra que há lógica nas tragédias que chocam a todos nós.
Como conciliar a afirmativa de Jesus de que “a cada um será dado segundo as suas obras”, com as desencarnações coletivas provocadas pelo terremoto mais violento dos últimos quarenta anos, ocorrido no dia 26 de dezembro de 2004, que ao produzir ondas gigantescas (tsunamis), destruiu a região litorânea do Sul da Ásia, matando centenas de milhares de pessoas?

Como aplicar o ensinamento do Cristo às mortes coletivas que aconteceram num incêndio de grande proporções em uma discoteca de Buenos Aires, no final de dezembro, e que provocou a morte de 175 pessoas; ou aos óbitos registrados no terremoto que atingiu a cidade de Bam, no Irã, no final de 2003, que matou milhares de pessoas de todas as idades e condições sociais; ou ainda, às verificadas no acidente de avião no Egito, que provocou a morte de 148 pessoas que estavam a bordo, em 3 de janeiro de 2004? Enfim, como explicar todos esses e muitíssimos outros fatos dramáticos sob a ótica da Justiça Divina?

Para melhor entendermos a questão das expiações coletivas, esclarece o Espírito Clélia Duplantier, em Obras Póstumas, que é preciso ver o homem sob três aspectos: o indivíduo, o membro da família e, finalmente, o cidadão. Sob cada um desses aspectos ele pode ser criminoso ou virtuoso. Em razão disso, existem as faltas do indivíduo, as da família e as da nação. Cada uma dessas faltas, qualquer que seja o aspecto, pode ser reparada pela aplicação da mesma lei.

A reparação dos erros praticados por uma família ou por um certo número de pessoas é também solidária, isto é, os mesmos espíritos que erraram juntos reúnem-se para reparar suas faltas. A lei de ação e reação, nesse caso, que age sobre o indivíduo, é a mesma que age sobre a família, a nação, as raças, enfim, o conjunto de habitantes dos mundos, os quais formam individualidades coletivas.

Tal reparação se dá porque a alma, quando retorna ao Mundo Espiritual, conscientizada da responsabilidade própria, faz o levantamento dos seus débitos passados e, por isso mesmo, roga os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.

FAMILIA MORRE QUEIMADA

Vejamos agora como funciona a lei de ação e reação para redimir culpas passadas de diversos membros de uma família que, por vingança, incendiaram a casa de um vizinho pela madrugada, matando todos dentro da casa. Os espíritos que compunham a família criminosa, ao reencarnarem unidos novamente pelos laços consanguíneos, expiaram seus crimes num desastre, no qual o carro em que viajavam pegou fogo, morrendo todos queimados dentro do veículo.

Como se vê, cada membro da família reparou individualmente os crimes cometidos na encarnação anterior, dentro do resgate coletivo. De fato, a dor coletiva é o remédio que corrige as falhas mútuas. No entanto, cada um só é responsável pelas suas próprias faltas como determina a Justiça Divina, ou seja, como indivíduos ou como membros de uma coletividade, todos nós somos responsáveis pelos nossos atos perante as leis de Deus.

Segundo Emmanuel, nós “criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida”.

Tais apontamentos foram feitos ao final do capítulo intitulado “Desencarnações Coletivas”, no livro Chico Xavier Pede Licença, quando o benfeitor espiritual responde porque Deus permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos de incêndios.

TERREMOTOS

Imaginemos guerreiros do passado que destruíram cidades, arrasaram lares, matando mulheres e crianças sob os escombros de suas casas, fazendo milhares de vítimas. É lógico que os espíritos desses guerreiros, ao reencarnarem na Terra em novos corpos, atraídos por uma força magnética pelos crimes praticados coletivamente, se reúnem em determinadas circunstâncias, e sofrem “na pele” por meio de um terremoto ou outra catástrofe semelhante, o mesmo mal que fizeram às suas vítimas indefesas de ontem.

ACIDENTES DE AVIÃO

O espírito André Luiz, no capítulo 18 do Livro Ação e Reação, psicografado por Chico Xavier, esclarece que piratas que afundaram e saquearam criminosamente embarcações indefesas no dorso do mar, ceifando inúmeras vidas, agora encarnados em outros corpos, morrem coletivamente nos acidentes aviatórios.

TRAGÉDIA DO CIRCO

No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, em comovedora tragédia num circo, a justiça da lei, através da reencarnação, reaproximou os responsáveis em diversas posições da idade física para a dolorosa expiação, conforme relata o Espírito Humberto de Campos, pelo médium Chico Xavier, no livro Crônicas de Além Túmulo. Os que morreram no século XX no circo de Niterói foram os mesmos que, no ano de 177 de nossa era, queimaram cerca de mil crianças e mulheres cristãs numa arena de um circo na Gália, região da França, na época do Império Romano.

OUTRAS CAUSAS

Ainda na mensagem “Desencarnações Coletivas”, o benfeitor espiritual Emmanuel esclarece outros motivos para as mortes que se verificam coletivamente. Diz ele: “Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.

Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.

Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.

Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação”.

DESENCARNAÇÕES COLETIVAS



 


Desencarnações Coletivas (Emmanuel) - 
Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?
 (Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 23-2-1972, em Uberaba, Minas).
 RESPOSTA:
 Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.
 Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.
 É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.
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 Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
 Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.
 Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de
 sangue e lágrimas.
 Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidade na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.
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 Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança.
 É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.
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 Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.
 Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.
 
Transcrito do livro: XAVIER, Francisco C. Autores diversos. Chico Xavier pede licença. S.Bernardo do Campo: Ed. GEEM. Cap. 19
Desencarnações Coletivas (Emmanuel) - 
Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos cas...
os dos grandes incêndios?
(Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 23-2-1972, em Uberaba, Minas).
RESPOSTA:
Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.
Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.
É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.
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Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.
Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de
sangue e lágrimas.
Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidade na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.
***
Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança.
É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.
***
Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.
Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.

Transcrito do livro: XAVIER, Francisco C. Autores diversos. Chico Xavier pede licença. S.Bernardo do Campo: Ed. GEEM. Cap. 19

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

UMBRAL

Umbral
Em 1943, André Luiz, o médico que se tornou conhecido psicografando livros pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, trouxe a público o significado dado à palavra na colônia espiritual “Nosso Lar”, onde passou a viver alguns anos depois de seu desencarne.
Em seu livro também chamado “Nosso Lar”, ele conta como ouviu falar do Umbral pela primeira vez, quando o enfermeiro Lísias lhe dava as primeiras informações sobre a colônia e descreveu-o como região onde existe grande perturbação e sofrimento e para a qual a colônia dedicava atenção especial.
Desde então, a palavra Umbral, escrita com inicial maiúscula, como o fez André Luiz no livro “Nosso Lar”, tomou significado especial, principalmente entre os espíritas, designando a região espiritual imediata ao plano dos encarnados, para onde iriam e onde estariam todos os espíritos endividados, perturbados e desequilibrados depois da vida.
Com esta conotação a palavra difundiu-se muito e transformou-se num quase sinônimo do Inferno e do Purgatório dos católicos, com localização geográfica, tamanho, etc., conceito este que o próprio Allan Kardec, codificador do Espiritismo, já havia desmistificado em suas obras, mais de 80 anos antes, especialmente em “O Livro dos Espíritos”
Como vemos pelas respostas dos espíritos a Kardec, o inferno e o paraíso não passam de estados de espírito, condição moral de sofrimento ou felicidade a que estão sujeitos os espíritos por suas próprias atitudes, pensamentos e sentimentos durante a vida encarnada e depois dela. E é bom lembrar que espíritos somos todos, encarnados e desencarnados, vivendo cada um o seu inferno e o seu paraíso particulares. O que nos diferencia dos espíritos desencarnados é apenas o fato de estarmos temporariamente presos a um corpo denso de carne. De resto, somos absolutamente iguais a eles, com desejos, opiniões, frustrações, alegrias, defeitos e qualidades.
Na verdade, a figura geográfica e espacial do inferno dos católicos serviu de molde aos espíritas para que melhor visualizassem o que seria o Umbral, assim como o inferno da Igreja Católica foi tomado emprestado e adaptado do inferno dos povos pagãos para compor os mitos de inferno e paraíso.
Se não existe inferno ou purgatório porque haveria de existir o Umbral com localização, medidas, coordenadas, etc.?
Tudo o que existe no plano espiritual é criado pela mente dos espíritos encarnados e desencarnados. Sempre que pensamos nossa mente dispara um processo pelo qual somos capazes de moldar as energias mais sutis do universo, criando formas que correspondem exatamente àquilo que somos intimamente.
Extremamente apegados ao mundo material, nada mais natural que, mesmo estando fora dele, queiramos tê-lo novamente quando desencarnados. É aí que nossa mente entra em ação, criando tudo o que desejamos ardentemente. E várias mentes desejando a mesma coisa juntas têm muito mais força para criar.
A grande diferença é que, no mundo físico, podemos embelezar artificialmente o nosso ambiente e a nossa aparência, enquanto que no plano astral isso não é possível, pois lá todos os nossos defeitos, mazelas, falhas, paixões, manias e vícios ficam expostos em nossa aura, exibindo claramente quem somos como consciências e não como personalidades encarnadas.
No Umbral, tudo o que está fora de nós é conseqüência do que está dentro. Tudo o que existe em nosso mundo pessoal e nos acontece é reflexo do que trazemos na consciência. Assim, o Umbral nada mais é que uma faixa de freqüência vibratória a que se ligam os espíritos desequilibrados, cujos interesses, desejos, pensamentos e sentimentos se afinizam. 
 É uma “região” energética onde os afins se encontram e vivem, onde podem dar vazão aos seus instintos, onde convivem com o que lhes é característico, para que um dia, cansados de tanto insistirem contra o fluxo de amor e luz do universo, entreguem-se aos espíritos em missão de resgate, que estão sempre por lá em trabalhos de assistência.
Alguns autores descrevem o Umbral como uma seqüência de anéis que envolvem e interpenetram o planeta Terra, indo desde o seu núcleo de magma até várias camadas para fora de seus limites físicos.
O que acontece é que os espíritos se reúnem obedecendo, apenas e unicamente, à sintonia entre si e acabam formando anéis energéticos em torno do planeta, ou melhor, em torno da humanidade terrena, pois ela é parte da humanidade espiritual que o habita e é também o foco de atenção de todos os desencarnados ligados a ele.
As camadas descritas em alguns livros são mais um recurso didático para facilitar o entendimento e o estudo do mundo espiritual, pois não há limites precisos entre elas, assim como não há divisas exatas entre um bairro e outro de uma mesma cidade, ainda que eles sejam de classes sociais bem diferentes.
Ese mesmo mecanismo de sintonia é o que cria regiões “especializadas” no Umbral, como o Vale dos Suicidas, descrito por Camilo Castelo Branco, pela psicografia de Yvonne A. Pereira, em seu livro "Memórias de um Suicida". 
 Espíritos com experiências de suicídio, vivendo os mesmos dramas, sofrimentos, dificuldades, agrupam-se por pura afinidade e formam regiões vibratórias específicas. Assim também acontece com faixas energéticas ligadas às drogas, ao aborto, aos distúrbios psíquicos, às guerras, aos desequilíbrios sexuais, etc.
Apesar de toda perturbação e desequilíbrio dos espíritos que vivem no Umbral, não devemos nos iludir. Existe muita disciplina, organização e hierarquia nos ambientes umbralinos. 
É o que nos mostra, por exemplo, o espírito Ângelo Inácio, pela psicografia de Robson Pinheiro, em seu livro "Tambores de Angola", e o espírito Nora, pela psicografia de Emanuel Cristiano, em seu livro "Aconteceu na Casa Espírita". Vemos ali o quanto esses espíritos podem ser inteligentes, organizados, determinados e disciplinados em suas práticas negativas, criando instituições, métodos, exércitos e até cidades inteiras para servir aos seus propósitos.
É preciso que compreendamos que todos nós já estamos vivendo numa dessas “camadas” de Umbral que envolvem a Terra e que todos nós criamos o nosso próprio Umbral particular sempre que contrariamos as leis divinas universais, as quais podem ser resumidas numa única expressão: amor incondicional.
Mas o Umbral não é um mundo só de desencarnados. Muitos projetores conscientes (encarnados que fazem projeções astrais conscientes) narram passagens por regiões escuras e densas, semelhantes às descrições de André Luiz em "Nosso Lar".
Todos os encarnados desprendem-se do corpofísico durante o sono e circulam pelo mundo espiritual. Esse é um fenômeno absolutamente natural e inerente a todo espírito encarnado. Uma grande parte continua a dormir em espírito, logo acima de onde está descansando o corpo físico. Outros limitam-se a passear inconscientes pelo próprio quarto ou casa, repetindo, mecanicamente, o que fazem todos os dias durante a vigília. E há os que saem de casa e vão além.
Dentre estes, uma pequena parte procura manter uma conduta ética elevada, 24h por dia, tentando sempre melhorar-se como pessoa, buscando sempre ajudar e crescer e, muitas vezes, é levada ao Umbral em missão de resgate ou assistência, trabalhando com espíritos mais preparados, doando suas energias pelo bem de outros espíritos.
Mas há um grande número dos que conseguem sair de seu próprio lar durante o sono e vão para o Umbral por afinidade, em busca daquilo que tinham em mente no momento em que adormeceram ou obedecendo a instintos e desejos inferiores que, embora muitas vezes não estejam explícitos na vigília, estão bem vivos em sua mente e surgem com toda força quando projetados. 
Essas pessoas, muitas vezes, acabam sendo vítimas de espíritos profundamente perturbados ligados ao Umbral que as vampirizam e manipulam, em alguns casos chegando até a interferir em sua vida física, criando problemas familiares, doenças, perturbações psicológicas, dificuldades profissionais e financeiras, etc.
Vemos, assim, que o Umbral, de que falam André Luiz e tantos outros autores encarnados e desencarnados, está mais próximo de nós, encarnados, do que muitos de nós imaginam.

 
E, o que é mais importante, somos nós mesmos que ajudamos a manter esse mundo denso com nossos pensamentos e sentimentos menos elevados. Somos nós que damos aos espíritos perturbados, que se encontram ligados a essa faixa vibratória, grande parte da matéria-prima de que se valem para sutentar seu mundo de trevas e sofrimento.
O Umbral está em todo lugar e em lugar nenhum, pois está dentro de quem o cria para si mesmo e acompanha o seu criador para onde quer que ele vá.
Toda vez que nos deixamos levar por impulsos de raiva, agressividade, ganância, inveja, ciúmes, egoísmo, orgulho, arrogância, preguiça, estamos acessando uma faixa mais densa desse Umbral. Toda vez que julgamos, criticamos ou condenamos os outros, estamos nos revestindo energeticamente de emanações típicas do Umbral. 
Toda vez que desejamos o mal de alguém, que nos deprimimos, que nos revoltamos ou entristecemos, criamos um portal automático de comunicação com o Umbral. Toda vez que nos entregamos aos vícios, à exploração dos outros, aos desejos de vingança, aos preconceitos, criamos ligações com mentes que vibram na mesma faixa doentia e estão sintonizadas com o Umbral.
O Umbral só existe porque nós mesmos o criamos, e só continuará existindo enquanto nós mesmos insistirmos em mantê-lo com nossos desequilíbrios.
O Umbral é nosso também, faz parte do nosso mundo e não podemos renegá-lo ou simplesmente ignorá-lo. Assim como não podemos também fingir que não temos nada a ver com ele. Lá estão também algumas de nossas próprias criações mentais, de nossos sentimentos inferiores, de nossos pensamentos mais densos. E lá vivem espíritos divinos como nós, temporariamente desviados do caminho de luz em que foram colocados por Deus.
Por isso é importante que não vejamos o Umbral como um lugar a ser evitado ou uma idéia a não ser comentada, mas como desequilíbrio espiritual temporário de espíritos como nós que, muitas vezes, só precisam de um pouco de atenção e orientação para se recuperarem e voltarem ao curso sadio de suas vidas.
É comum encontrarmos médiuns e doutrinadores que têm medo ou aversão ao trabalho com espíritos do Umbral, evitando atendê-los, ignorando-os friamente ou tratando-os como criminosos sem salvação que não merecem qualquer compaixão ou respeito.
  Estas pessoas esquecem-se de um dos preceitos básicos da espiritualidade: a caridade.
Os habitantes do Umbral não são nossos inimigos, mas espíritos que precisam de compreensão e ajuda.
  Não são irrecuperáveis, mas perderam o rumo do crescimento espiritual. Não estão abandonados por Deus, mas não sabem disso e desistem de procurar orientação. Não são diferentes de nós, mas tão semelhantes que vivem lado a lado conosco, todos os dias, observando nossos atos, analisando nossos pensamentos, vigiando nossos sentimentos, prestando atenção às nossas atitudes.
E, se não queremos ir ao Umbral por afinidade, que nos ocupemos em nos tornar seres humanos melhores, mais dignos, mais éticos, 24h por dia. 
 Desse modo, nossa passagem pelo Umbral será sempre na condição de quem leva ajuda sem medo, sem preconceito e sem sofrimento, e não de quem precisa de ajuda para superar seus próprios medos, preconceitos e dores.
(Maísa Intelisano)
Artigo originalmente escrito para a revista Espiritismo e Ciência, da Editora Mythos
e publicado na edição 16 - Ano 2

MENSAGEM DE PAI SETA BRANCA -2012/2013


Mensagem de 2012/2013
 
Salve Deus!
Filhos queridos do meu coração!
Jaguares de todos os tempos!
Jaguares filhos de Seta Branca!
Que Jesus esteja em vossos corações!
Filhos queridos, as dificuldades com a natureza têm trazido a vós outros o desespero em vossos corações, mas lembrai-vos que este vosso Pai Seta Branca junto à Koatay 108 vos preparastes para este momento. 
Não escutais o homem que não tem Jesus em vosso coração e somente lembrai destes vossos mentores que estão prontos a todos os instantes para cuidar de vós outros.
Comandantes, filhas, todos estão preparados, e este vosso Pai pede a vós outros que este é o momento de muita luz neste campo magnético e mais um portal foi aberto para as curas daqueles que chegam necessitados. Muito em breve vocês saberão onde é este portal onde serão feitas as curas daqueles que irão chegar cheios de clamores.
Este ano é um ano de muita realização. Passarão por portas estreitas, onde vós outros sempre colhem aquilo que plantam, mas lembrando sempre que esta doutrina, meus filhos, é tudo que meus filhos precisam para caminhar, é um universo de forças, sabendo trabalhar, sairão muitos da fragilidade de vossas vidas, e terão a recompensa deste vosso Pai que não esquece vos outros.
Unam-se as forças e terão muito a fazer. Jesus abençoe a todos, aos vossos familiares e aumentem as vossas forças. Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja em vossos corações, Filhos queridos do meu coração. Filhos de luz de Seta Branca, o Grande simiromba de Deus.
Salve Deus!

Jesus Histórico


De há muito a vida de Jesus, sua morte e o que ele representa para a humanidade continua a ter um fascínio, uma auréola de mistérios que muitos estudiosos de diferentes tendências buscam esclarecer e trazer novas luzes na tentativa de responder a muitas dúvidas e perguntas, cujas respostas sempre resultam na imagem de uma criatura extraordinária, apesar dos diferentes enfoques laicos ou religiosos. Seria cansativo e antiliterário relacionarmos citações e tratados de renomados pesquisadores e escritores nos assuntos referentes à vida de Jesus.O nosso intercâmbio mediúnico com espíritos desencarnados, detentores de cultura avançada,naturalmente nos conduziu a pontos comuns e também a uma avaliação sobretudo laica da excepcional figura de Jesus.
O Mestre Nazareno era Um Judeu da estirpe do rei Davi e descendia, portanto, da nobreza, conforme nos afirma o evangelista Mateus, 21:9 e 15, "Hosana ao Filho de Davi". Também o evangelista Marcos, 10:48, faz referência ao filho de Davi.
Jesus nasceu em Nazaré, uma aldeia da região montanhosa da Galiléia, na época sob o domínio de Herodes Ântipas, tetrarca da Galiléia e Peréia(4AC a 29DC)
A data do nascimento de Jesus ainda não tem uma unanimidade por parte dos pesquisadores acredita-se que tenha ocorrido entre os anos 6 a 9 da nossa era. Também a data de sua morte não tem ainda uma definição consensual, pode ter ocorrido entre os anos de 26 a 36 DC.
Jesus o Mestre Nazarenos, a maior inteligência de nosso planeta, viveu no meio do povo, como povo a quem muito amou. Trabalhou e sofreu por esse povo, pelos humildes, pobres e injustiçados.No relacionamento pessoal, não via a posição social das pessoas, mas apenas a criatura humana como era na realidade, pois possuía as virtudes integras constitutivas do seu próprio ser, que não se modulava às conveniências.
Após anos de viagens e estudos, voltou à Palestina culto e sábio para libertar o povo judeu mosáico, das leis desumanas, da opressão e da miséria. O Mestre Nazareno buscava esclarecer o povo oprimido para que, pelo conhecimento, se libertasse daqueles sacerdotes corrompidos pelas riquezas, ambições, poder e que se julgavam donos da vida e da morte.
A nossa referência à ascendência nobre de Jesus é apenas no sentido de maior admiração, porque o Mestre jamais fez qualquer alusão a este fato, jamais se prevaleceu desta condição. Como nobre tinha direitos adquiridos na sociedade israelense, por isso, quando da sua crucificação seu corpo não permaneceu na cruz. Este era um direito que até os romanos respeitavam, tanto assim que, quando José de Arimatéia pediu o corpo de Jesus para sepultar, foi atendido prontamente.
JESUS E O TRABALHO
Jesus e seu Pai José eram carpinteiros, fabricavam portas, arados, jugos para juntas de bois, etc. O Mestre Nazareno era apologista do trabalho e referindo ao CRIADOR, diz " Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também" (João, 5:17)  O fato de Jesus exercer a profissão do pai, um carpinteiro era absolutamente normal na época. Segundo o professor de hebráico na Universidade de Estudos de Pisa,Itália, Ângelo Vivian: "Para um hebreu religioso, o estudo do Tora era a mais nobre das ocupações, desde que acompanhado pelo exercício de uma profissão. A vasta maioria dos grandes doutores hebreus ganhava a vida com trabalho, como exemplo, o rabino Áquila vivia de recolher e vender diariamente um feixe de lenha, o rabino lehoshua exercia a profissão de carvoeiro, o rabino Meir era escriba. O rabino Iosa filho de Hlafta trabalhava o couro, Saulo de Tarso (Atos.18:3) fabricava tendas de couro e peles. Entre os artesões, a profissão de carpinteiro (naggãr em hebráico), gozava de muito prestígio.
-(La storia de Gesú - Rizzoli Editora-Milão,Itália).
O HOMEM JESUS E ALGUNS EPISÓDIOS SIGNIFICATIVOS
As pessoas subordinadas às influências religiosas poderão perguntar. "Mas então, Jesus não era um santo?"
Não, Jesus não era um santo, senão não teria valor nenhum seu esforço. Jesus tem o seu mérito pessoal e não se pode excluí-lo da condição humana, divinizando-o.
Como diz o escritor Venezuelano Jon Aizpúrua " Fizeram-no nascer de uma virgem concebido extracarnalmente, num ato de pré-gestação, obviamente plagiado da antiquíssima mitologia bramânica".
Jesus não era um agênere ou tampouco um ser sobrenatural. É preciso que se esclareça o dizer de Jesus: "Eu e o Pai somos um. O Pai está em mim e eu nele" (João 10:30 e 38).
O Mestre Nazareno após milhares de reencarnações em milhares de corpos, passando por uma cadeia imensa de mundos, evoluiu até atingir uma fase bastante elevada da sua evolução, compreendendo através da iluminação espiritual (sabedoria), que Ele era em Deus e Deus era Nele.
Jesus, inteligência multimilenarmente avançada em relação à cultura da época, soube inserir na filigrana das parábolas o objetivo fundamental, que é a reestruturação da sociedade em moldes de justiça perfeita.
Os seus ensinamentos aparentemente não têm cronologia, mas se notarmos bem, em todos eles existe uma conexão perfeita, profunda entre um e outro, porque todos são direcionados e têm como objetivo a consolidação da fraternidade na face da Terra.
- Jon Aizpúrua escritor venezuelano (Revista EVOLUTIVA N° 77- Caracas) Venezuela.
O evangelista Mateus no capítulo 8:8 a 13 narra a cura à distância do servo do centurião: "Vai-te e seja feito conforme a tua fé". Naquela mesma hora o servo foi curado.
O Mestre Nazareno é viril quando diz aos esvirros de Herodes que vieram para prendê-lo:"ide e dizei àquela raposa...."(Lucas,13:22).
É viril e másculo quando enfrenta Pilatos e os sacerdotes do Sinédrio, sem perder a dignidade, sem se acovardar em nenhum instante, conservando o semblante sereno e suave.
É corajoso quando penetra no Templo corrompido pelas negociatas, derruba as bancas de negócios escusos e expulsa os comerciantes da fé, das oferendas religiosas. Jesus não se curvava, não se subordinava às leis que privilegiavam uns em detrimento de outros.
Um episódio característico dessa independência ocorreu quando o Mestre Nazareno a caminho de Jeruzalém, repousou em Betânia, ficando na casa de Simão, o leproso, desobedecendo às leis judáicas quanto a pureza. (Marcos,14:3).
É também o Jesus viril, corajoso que se transforma em Jesus-ternura ao ver uma criança e diz: "Em verdade vos digo que, se não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Aquele que se tornar humilde como uma criança, esse é o maior no reino dos céus". (Mateus,18:3 e 4).
Jesus tem seus pés lavados com perfumes por Madalena, na época uma prostituta(Lucas, 7:36 a 38); Segundo o Prof. Francesco Lambiasi "Nenhum judeu reverente se teria deixado tocar e ter os pés beijados por uma prostituta" (La Storia de Gesú).
Jesus, O Mestre Nazareno, que defendeu a mulher adultera do apedrejamento e da morte inócua, dá uma magistral lição consubstanciada de sua célebre frase; "Aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra". Posteriormente, levantando a adúltera pelas mãos indaga: "Mulher, onde estão os teus acusadores?- Se foram, Mestre, respondeu a mulher detida em flagrante adultério. O Mestre Nazareno dá a todos nós mais uma sublime e profunda lição: "Vai eu também não te condeno".
Jesus, que vibra sobre o leproso e diz: "Sê limpo"! E as carnes apodrecidas e fétidas se regeneram e se tornam sadias.
JESUS É MESTRE POR EXCELÊNCIA 
O Mestre Nazareno para muitos pseudopregadores e inconsequentes intépretes do Novo Testamento, é Deus. Confunde-no com Deus e é proclamado por grande número de pregadores de púlpitos como sendo Deus.
Estas absurdas e até mesmo infantis interpretações criam e estabelecem um quadro de confusão mental na grande massa, no povo simples e desprovido de cultura. Esses pregadores sem qualquer análise ou sustentação racional criam mais confusão do que entendimento.
O Mestre Nazareno é um espírito (homem) que há aproximadamente 2 mil anos reencarnou na Terra, como normalmente os espíritos reencarnam. O que difere dos homens é a extraordinária condição de evolução do seu espírito, exemplificando pelo proceder aquilo que ensinava.
Quando da sua passagem pela Terra, Jesus constatando que a religião era na época a base e a estrutura da sociedade, tomou por empréstimo a cobertura religiosa, mas nem por isso deixou de inserir habilmente, e em oculto, ensinamentos de ordem intelecto-evolutiva, um dos principais objetivos de sua missão. Mais oculto ainda, o módulo dinamizador do estruturante social, visando o congraçamento em torno de um ideal comum bem configurado em duas expressões: "Um só rebanho e um só pastor" (João, 10:16) e "Amai-vos uns aos outros" (João,15:17).
Jesus não disse que isso seria a redenção ou o caminho do céu, mas "ali" estava "toda a lei e os profetas", ou seja, o módulo operacional (amai-vos), o objetivo (um só rebanho) e obviamente, a causa e o efeito limitados ao círculo terreno. Jesus não pregou e nem estabeleceu nenhuma religião. Pregou, isto sim, a moralização, o auto-respeito e o respeito para com o próximo, a fraternidade e não a caridade, mas o amor a todas as criaturas. O Mestre veio para ensinar os homens e não para estabelecer cultos religiosos salvacionistas e bajuladores eivados de prometimentos cerúleos.
Jesus não trouxe nenhuma proposição que não estivesse ao alcance do homem aprender, entender, sentir e viver, senão teria sido um mero visionário inconsequente. Tudo é uma questão de tempo, apenas.
Quando o Mestre Nazareno diz: "Amai-vos uns aos outros", não está prefixada nenhuma data para que isto venha a ocorrer, mas o estado intelectual e sensitivo em que o homem deverá estar no futuro, para exercer esta recomendação. O amor é efeito não causa. Jesus foi e é mestre por excelência. O Jesus-exemplo porque vivia e praticava o que ensinava. O Mestre Nazareno não impunha mas, convidava sempre: "aquele que quiser vir após mim, tome sobre si a sua cruz e siga-me".(Mateus,16:24)
É preciso entender Jesus.Não é a cruz infamante do Gólgota, mas a da responsabilidade que de configuração infantil que vêm sendo difundida há muitos séculos, principalmente no meio religioso.[
O absurdo é atribuir a Deus a co-autoria da sua morte."Morreu e derramou o seu sangue para nos salvar"!!! Este seria um Deus sedento de sangue, decretando a morte de seu filho dileto, para gáudio dos salvacionistas. Já dissemos e voltamos a repetir: "Jesus estava consciente de que trazendo à Terra princípios que iriam abalar os fundamentos de uma sociedade hipócrita e inícua desde então, teria que suportar o suplício de uma morte igominiosa, pois era necessário este acontecimento como consolidador do idealismo puro".
O Mestre Nazareno, através das suas pregações, começou a preocupar o Sinédrio e Roma, principalmente quando os seus ensinamentos começaram a ser compreendidos pelos intelectuais da época. Naquele tempo de domínio e opressão, pregar para aquele povo injustiçado e explorado:" Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos"(Mateus, 5:6), representou na verdade a decretação da sua própria sentença de morte.
Francesco Lambiasi, Professor de Teologia Fundamental do Pontifício Leoniano de Anagui

Publicação de Kardec Online