sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

REPASSANDO!!!!!!!!!!!!


  "Eu duvido, logo penso, logo existo" René Descartes (1596 - 1650)

  A frase é uma conclusão do filósofo e matemático francês Descartes, alcançada após duvidar da sua própria existência, mas comprovada ao ver que pode pensar e, desta forma, conquanto sujeito, ou seja, conquanto ser pensante, existe indubitavelmente.

  Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento humano. Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo, para isso, a intuição, a dedução e a indução tomam parte.

  Somos todos nós filhos do pensamento, se hoje os diversos orbes, as diversas dimensões estão repletas de vida, em suas respectivas escalas morais e intelectuais isso tudo é graças a esse ser tão grandioso cujo ato de pensar cria a vida. Porém não pretendo através desde tópico explicar o que somente Deus em sua magnitude o sabe, o divino ato de criar a vida.

  Entretanto nós filhos da divindade recompensados pelos estágios nos reinos inferiores (mineral, vegetal, animal) ao sermos presenteados com o mais belo de todos os presentes, a consciência, presente dado quando entremos no curso hominal, na grande maioria das vezes esquecemos que ele é força criadora, em nossa singela pequenês cometemos erros muitas vezes, e até crimes num simples ato de pensar.
 

Pensamento

  O homem verdadeiro, o Pensador, está envolto num corpo composto de inumeráveis combinações da matéria sutil do plano mental. Esse corpo é mais ou menos perfeito, mais ou menos organizado para as funções que tem de desempenhar, segundo o grau de desenvolvimento alcançado pelo homem. O corpo mental é um organismo de maravilhosa beleza; a finura e plasticidade das partes que o constituem lhe dão a aparência de uma luz vivente, e quanto mais desenvolvida é a inteligência, num sentido puro e desinteressado, maior é o seu esplendor e beleza.

  Todo pensamento dá origem a uma série de vibrações que no mesmo momento atuam na matéria do corpo mental. Uma esplêndida gama de cores o acompanha, comparável às reverberações do sol nas borbulhas formadas por uma queda de água, porém com uma intensidade mil vezes maior. Sob este impulso, o corpo mental projeta para o exterior uma porção vibrante de si mesmo, que toma uma forma determinada pela própria natureza destas vibrações. Do mesmo modo, num disco coberto de areia se formam certas figuras sob a influência de uma nota de determinada música. Nessa operação mental se produz uma espécie de atração da matéria Elemental do mundo mental, cuja natureza é particularmente sutil.

  Desta maneira, temos uma forma de pensamento pura e simples, uma entidade vivente, de uma atividade intensa, criada pela ideia que lhe deu nascimento. Se esta forma é constituída pela matéria mais sutil, será tão poderosa quanto enérgica, e poderá, sob a direção de uma vontade tranquila e firme, desempenhar um papel de alta transcendência.

  Quando a energia do homem é dirigida para o exterior, para os objetos desejados por ele, ou é empregada em atos de emoção ou paixão, esta energia tem então por campo de ação uma espécie de matéria muito menos sutil que a do plano mental: a matéria do mundo astral.

  Quando um homem se vê bruscamente sob a impressão de uma emoção, seu corpo astral é violentamente agitado e as suas cores habituais se veem momentaneamente quase obscurecidas por uma onda carmesim, azul ou escarlate, correspondente ao grau vibratório da emoção particular. Esta modificação é momentânea, não dura mais que alguns segundos, e rapidamente volta o corpo astral a tomar o seu aspecto comum. Portanto, cada emoção súbita produz um efeito permanente: acrescenta sempre algo de sua própria cor ao matiz normal do corpo astral. De maneira que cada vez que o homem cede a uma emoção determinada, tornasse-lhe mais fácil ceder de novo, pois o seu corpo astral toma então o costume de vibrar de maneira análoga.

  À distância a que atuam as correntes de pensamento, a força e o poder com que penetram na mente de outra pessoa, dependem da força e da nitidez do pensamento original. Sendo assim, o pensador pode ser comparado a alguém que esteja discursando. Sua voz põe em movimento ondas sonoras que, partindo dele em todas as direções, levam sua palavra aos que estão distantes. Se sua voz é potente, e se a elocução é clara, a distância percorrida por esta onda pode ser grande. O mesmo ocorre com um pensamento enérgico, o qual vai muito mais longe do que um pensamento débil ou pouco definido; mas, neste caso, a força é menos importante do que a clareza e precisão. Por último, do mesmo modo que a voz do orador chega amiúde a ouvidos desatentos, assim, também, quando os homens estão distraídos em seus prazeres ou outras preocupações, poderá roçá-los uma corrente de pensamento sem o perceberem.

  A vibração radiada leva consigo o caráter do pensamento que a anima, mas não o assunto desse pensamento. Um hindu, em sua meditação, pensa em Krishna; a onda de pensamento dele emanada despertará pensamentos de devoção em todos aqueles que ela alcance, e consequentemente, um maometano adorará Alá; um zoroastriano, a Auramazda; um cristão, a Jesus. Um homem que pense fortemente em coisas elevadas, emitirá vibrações que levantarão o pensamento dos demais ao mesmo nível, porém sem que neles reproduza a mesma imagem que lhe ocupe a mente. Essas vibrações influem naturalmente com uma força maior nas pessoas já habituadas a vibrações similares. Não obstante, elas exercem também sua ação nos corpos mentais com que entram em contato, de sorte que a sua tendência é despertar o poder do pensamento superior naqueles em que ainda permanece passivo. É, pois, evidente que todo homem que pensa em coisas elevadas faz um trabalho de propaganda sem o saber.

  Se o pensamento ou os sentimentos de um homem são projetados sobre uma pessoa determinada, a forma de pensamento irá diretamente a ela e lhe afetará os veículos astral e mental. Se o pensamento é egoísta, se o ser que o engendra não pensa senão em si mesmo (como sucede a maior parte das vezes), a forma vagará constantemente próximo ao seu criador, sempre pronta a atuar sobre ele próprio, tantas vezes quantas o encontre em estado passivo. Vejamos um exemplo: um homem que ceda frequentemente a pensamentos impuros, poderá esquecê-los enquanto permaneça engolfado na corrente diária de seus negócios, e não obstante isso, as formas de pensamento flutuam sobre ele, qual uma espessa nuvem, pois toda a sua atividade mental está dirigida em outra direção e o seu corpo astral é sensível apenas a vibrações similares. Mas quando as atividades exteriores diminuem, quando o homem se entrega ao descanso depois do trabalho, e a sua mente está passiva, sentirá a corrente insidiosa das vibrações impuras dirigir-se para si. Se a sua consciência está desperta até certo grau, ele se aperceberá do fato que acabamos de explicar, e dirá que "esta tentação é obra do diabo". Contudo, a verdade é que este assalto do mal não vem do exterior, senão em aparência, pois na realidade é a reação de suas próprias formas de pensamento.

  Cada homem se move num espaço, encenado como que numa caixa fabricada por ele mesmo, rodeado de cardumes de formas de pensamento habituais. Nestas condições, ele só vê o mundo através deste tabique, e naturalmente matiza todas as coisas com a sua própria cor dominante, e toda a gama de vibrações que o afetam é mais ou menos modificada pela sua própria tinta pessoal. Assim é que o homem não vê nada com exatidão até haver aprendido a dominar por completo os sentimentos e os pensamentos. Antes disso, todas as suas observações têm de ser feitas através de seu meio próprio, o qual deforma e empana tudo quanto o afeta, semelhante a um espelho embaciado. Se o pensamento não se dirige especificamente para alguém, se não se fixa no ser a quem é enviado, flutua simplesmente na atmosfera, radiando sem cessar vibrações análogas às que têm sido postas em movimento pelo seu criador. Se o pensamento não se põe em contato com outros corpos mentais, esta vibração diminui gradualmente em energia e termina com a dissolução da forma de pensamento. Se, ao contrário, esta vibração consegue despertar num corpo mental próximo uma vibração simpática, as duas vibrações se atraem e a forma de pensamento é, geralmente, absorvida por este novo corpo mental.

  Assim vemos que a influência da forma de pensamento não vai tão longe como a da vibração original, mas dentro do raio de sua ação atua com precisão muito maior. Sua influência sobre o corpo mental não produz ao pensamento original, mas reproduz o mesmo pensamento.

  É preciso não esquecer a espécie de matéria de que são constituídas as formas de pensamento. Se um pensamento é puramente intelectual e pessoal; se o pensador, por exemplo, trata de resolver um problema de álgebra ou geometria, a forma de pensamento, assim como a sua onda vibratória, pertencerão unicamente ao plano mental. Suponhamos um pensamento de ordem espiritual, que esteja matizado de amor e aspirações elevadas, ou de um esquecimento completo de si mesmo. Semelhante forma mental se elevará além do plano mental e participará em grande parte do esplendor e da glória do plano búdico (Planos mais altos). Neste caso, a sua influência será muito poderosa. Um pensamento semelhante será sempre uma força considerável, que não pode produzir senão um efeito benfeitor na mente daqueles que alcance, com a condição de que eles possuam o poder de senti-la e de lhe responder. Por outro lado, se um pensamento contém em si algo de egoísmo, algum desejo pessoal, suas vibrações descerão e se rodearão de matéria astral, que formará uma espécie de envoltura da matéria mental de que todo pensamento está possuído.

  Um pensamento desta espécie atuará sobre o corpo astral dos homens, assim como sobre a sua inteligência, e desta maneira não somente despertará os seus pensamentos, mas também os seus sentimentos.

  As formas de pensamento dirigidas para um indivíduo determinado, produzem efeitos bem definidos; estes efeitos são em parte reproduzidos na aura de quem recebe os pensamentos, e neste caso fortalecem o seu conjunto ou são repelidos. Um pensamento cheio de amor e de desejo de proteger, dirigido com energia a um ser querido, cria uma forma que vai para esta pessoa e permanece em sua aura como um guardião, ou um escudo, Esta forma de pensamento buscará todas as ocasiões de ser útil, todas as oportunidades de proteger e defender a pessoa para quem foi enviada, mas não por um ato consciente e voluntário, e sim, por uma obediência cega ao impulso que a criou. O resultado será fortalecer as correntes benéficas que estão na aura, e debilitar as correntes perniciosas que poderiam achar--se nela. Deste modo criamos e mantemos guardiães, e mais de uma mãe, ao orar por seu filho ausente, têm construído barreiras protetoras ao seu redor, embora hajam ignorado como puderam suas orações produzir tal efeito. No caso em que pensamentos maus ou bons são projetados para determinadas pessoas, com o fim de levarem a cabo alguma missão, devem encontrar na aura de quem os recebe materiais capazes de responder às suas vibrações. Nenhuma combinação de matéria pode vibrar fora de certos limites, e se a forma de pensamento está além dos limites em que a aura é capaz de vibrar, não pode afetá-la de nenhuma maneira.

  Por conseguinte, o pensamento retrocede para quem o gerou com uma força proporcional à energia empregada para projetá-lo. Por isto se tem dito que um coração puro e um espírito elevado são os melhores protetores contra o assalto dos pensamentos de ódio, pois o coração e o espírito puro construirão um corpo astral e um corpo mental com a matéria mais densa e grosseira. Um pensamento invejoso ou de ódio, posto em movimento com fins perversos, ao encontrar e tocar um corpo puro como o exemplificado, é repelido e retrocede com toda a sua energia, seguindo até o seu progenitor pela linha de menor resistência antes percorrida, e ferindo-o. Como na matéria de que se compõem os seus corpos astral e mental, o progenitor possui elementos semelhantes que constituem esta forma de pensamento; às vibrações desta se somam as outras correspondentes, e finalmente o criador do mau pensamento sofre justamente o mal que quis fazer a outrem. Assim, pois, as maldições e as bênçãos são comparáveis a pássaros que instintivamente voltam ao seu ninho. Compreender-se-ão, assim, os perigos que há em dirigir pensamentos de ódio a um homem muito evoluído: as formas de pensamento enviadas contra ele são impotentes para alcançá-lo; mas, pelo contrário, retrocedem aos seus criadores e os ferem mental, moral e fisicamente.

  Em verdade, é imensa a responsabilidade inerente ao uso de um poder tão grande como o do pensamento; mas não devemos retroceder por isso ante nosso dever. Infelizmente, é certo que muitos homens empregam inconscientemente o poder do pensamento, e demasiado amiúde para o mal. Esta é uma razão a mais para aqueles dentre nós que começam a compreender a suma importância que o pensamento tem na vida, e usá-lo conscientemente para o bem. Há, acerca disto, uma norma infalível: jamais abusaremos do poder do pensamento, se o empregarmos sempre em harmonia com o grande movimento evolutivo, em auxílio de nossos semelhantes.

 Texto retirado e resumido do livro: Formas de Pensamento (Annie Besant e C. W. Leadbeater) Editora Pensamento.

 “Somos o que pensamos”. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.
Buda

“Uma vez que somos o que pensamos, podemos nos modificar a qualquer momento”.
Mirtes Carneiro

  Acredito que daqui pra frente tentaremos ser melhores, pensaremos em coisas melhores, agora mais do que nunca quando estivermos em algum culto espiritual ou mesmo no cotidiano não importe qual doutrina segues, vamos sempre manter a casa mental limpa!

  Que Deus continue sempre e sempre levantando não o véu, mas sim a cortina de couro da ignorância material para longe de nós.