terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


SOBRE O CARNAVAL

EMMANUEL




Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.

É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização.

Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só
os longos aprendizados fazem desaparecer.

Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.

Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.

Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.

Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. 

Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? 

Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretenciosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.

É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral.

Emmanuel

MAIS UMA COLABORAÇÃO DO MESTRE KAZAGRANDE


É interessante avaliar como as coisas fluem quando estamos em sintonia. Pena que ainda é tão difícil se manter em sintonia às 24 horas do dia. Mas chegaremos lá!

Em nossa vida, previamente traçada nos planos espirituais antes de nossa encarnação, acertamos nossos encontros e reencontros, nossos reajustes, nossos sucessos e nossas provas. Escolhemos verdadeiramente tudo! E, por vezes, na ansiedade de querer evoluir o máximo possível, e acertar as contas com aqueles que fizemos sofrer por não saber amar, acabamos pedindo demais. Ignoramos as recomendações sobre as dificuldades da vida física, da personalidade transitória e confiamos no conhecimento da necessidade real do reequilíbrio.

Quando então, encarnados, passamos pelas duras provas. Nos rebelamos contra o destino que escolhemos livremente e queremos aproveitar mais da vida física e do que nosso corpo nos proporciona. Queremos as riquezas, o conforto, o bem estar, e outras possibilidades das quais já desfrutamos e não soubemos aproveitar, nos obrigando a passar pelas privações que agora julgamos injustas.

E continuamos com pressa... Queremos queimar etapas, seguir em frente o mais rapidamente possível, progredir material e espiritualmente tudo de uma só vez.

Tudo vem ao seu tempo! Esta máxima de nossas Entidades de Luz, sempre que a ouvimos ficamos com a sensação de que ainda falta uma eternidade para a realização.

Dessa forma acontecem os desvios do caminho traçado. Por não sabermos aguardar o tempo certo, nos envolvemos em situações provocadas por nossa ansiedade em não “poder esperar mais”.

Questionando a Pai João qual o tempo certo, ele me ensinou a observar a minha intuição. Quantas vezes “sentimos” que algo vai acontecer, de bom ou ruim? Quantas vezes uma “doce voz” sopra em nossos ouvidos conselhos sobre o quê passará se insistimos em determinada ação? Infelizmente, pelo nosso desejo, muitas vezes até mesmo nobre, ignoramos estes conselhos, ou questionamos a fidelidade daquela intuição.

Restam ainda os pequenos sinais em que o Universo conspira para que sigamos naturalmente o desenrolar dos caminhos traçados. Pequenas situações se passam aos nossos olhos dando-nos a chance de avaliar o quê poderia passar conosco. Uma mensagem, um email, um amigo, ou até mesmo um estranho, por vezes vêm nos avisar sobre o natural caminho a ser seguido.

Tudo conspira para o que efetivamente deve ser feito! O caminho traçado por nós e a seguir seguido é sempre o mais natural. Questionamos apenas pelos clamores da alma, e não do espírito. Nossa personalidade grita pelo que desejamos e nosso espírito nos impele ao que precisamos. Estaremos sempre no lugar certo, com as pessoas certas e na hora certa para passar pelas situações que naturalmente chegam ao nosso encontro. Nada será por acaso.

Quando nos rebelamos e não escutamos nossas Entidades e ignoramos os sinais que o próprio Universo nos mostra, através de coisas simples do dia a dia, tudo dá errado! Nada flui naturalmente. Aquilo que começa bem termina inexplicavelmente de forma abrupta e mal resolvida.

É possível que esteja deixando passar despercebido estes sinais... Que não tenha atentado para o que acontece a sua volta lhe impelindo de seguir o curso natural de sua vida. É possível que até mesmo estas linhas sejam um sinal para você, como é para mim, agora ao reler o quê escrevi.

Somente nós mesmos é que evitamos ou atrasamos nossa evolução, pois nossa jornada, simples ou complicada, foi traçada para obter sucesso! Sempre para evoluir e reajustar.

Temos uma meta a ser atingida e tudo está traçado para nosso sucesso. Deus está a nosso favor para auxiliar a vencer nesta missão. Pensando nesta evolução, confiemos nos sinais que nos chegam, nas mensagens que nos encontram, no caminho que se abre!

O caminho natural é, sem sombra de dúvidas, o caminho a ser seguido. Quando erramos, sentiremos os sinais para a mudança... Mas estes, prometo escrever mais tarde! Um fraterno abraço,

Kazagrande