terça-feira, 20 de dezembro de 2011

RECEBI E REPASSO




A MISSÃO

Editorial
Por
Gilmar Santos
Adj. Adelano - 1o. Príncipe Maia
adelano@valedoamanhecer.com


Foto 1: Beto e Nair
Foto 2: Manzan (Adj. Ajoulos)
Foto 3: Zé Luis, Edson OX e Beto
Foto 4: Gilmar (Adj. Adelano)
Salve Deus!
Para nós, que vivemos uma doutrina espiritualista, é impossível não considerar todos os aspectos que fizeram com que pudéssemos ser considerados como missionários. Como nos é ensinado, todos somos médiuns, mas nem todos somos missionários.
Partindo da ideia que de que todos aqueles que hoje envergam a indumentária do Jaguar são missionários, podemos entrar no caráter da resultante de sê-lo que é a missão.
Quando pensamos em missão nossos horizontes e a própria perspectiva de tal situação tomam dimensões que nos faz pensar sobre nossa vida e tudo quanto podemos fazer em função da responsabilidade doutrinária e mediúnica que assumimos. A primeira coisa que nos vem à mente é o aspecto transcendente e seus intrincados mecanismos de resgate. Isso na verdade é o que todos almejamos além da possibilidade de um dia neste eterno reencontrar com nossos familiares e quem sabe nossa alma gêmea.
Para termos direito a essa conquista existe uma trajetória neste terceiro plano como encarnado que exige muito de nós. Neste exigir está toda uma mudança de comportamento e acima de qualquer coisa uma atitude primordial para ser realmente um missionário: Honestidade doutrinária ou, como dizia Tia Neiva, ser honesto consigo mesmo.
No percurso dessa trajetória lidamos com dois aspectos diametralmente diferentes mas, essenciais para o cumprimento da missão: o aspecto divino e o cabalístico.
Quando entramos na doutrina, o foco principal é a divindade. E nisto está implícito alcançarmos um dia a possibilidade de nos divinizarmos ("para que santificado seja nosso espirito algum dia"). Nessa linha, muita coisa é permitida, pois estamos na linha da tolerância absoluta e todas as falhas são passiveis de perdão, portanto muitos acham que haverá sempre tempo de reparar e os mentores irão ser sempre solidários com essas falhas.
Já na linha cabalística as coisas não funcionam com toda essa permissividade. Entendemos que Cabala é uma ciência espiritual e consequentemente exata, não há senões. Tia Neiva disse certa vez: “Venho de um mundo onde as razões se encontram, é ser ou não ser”. Diz-nos essa frase e nada mais é que os princípios que regem a cabala.
Nisto estamos imersos em nossos rituais, pois os mesmo são precisos, com preces, cânticos, chaves, mantrans que funcionam em perfeita sincronia para a perfeita movimentação de forças.
Nossa doutrina mantém também a linha evangélica e iniciática numa junção de forças perfeitas para a realização da cura desobsessiva.
Queremos afirmar que ser missionário ou ter uma missão na doutrina do Amanhecer é mais intenso e complexo do que pensamos. Na mesma linha de pensamento e um tanto já cansativa pelos diversos textos aqui postados cuja intenção é mostrar a mesma coisa, não nos cansamos de afirmar que hierarquia e força decrescente é a sustentação de nossa doutrina e nossa força cabalística. Por melhores que sejam nossas intenções, elas são inócuas se não houver uma obediência aos princípios doutrinários criados pelos nossos mentores e passado a nós pela Clarividente.
Afirmar que é possível uma cura desobsessiva sem uma conduta doutrinária, sem obediência à veiculação das forças da cabala é o mesmo que afirmar que tudo quanto nos foi passado pela Clarividente quando aqui estava encarnada foi em vão.
A energia ou forças espirituais segue todo um processo predeterminado de seu ponto de origem nos planos espirituais e chegam a Pira em nossos templos seguindo toda uma normatização de ritos e chaves para depois, sob a forma de corrente mestra manipular e ser manipulada pelos Mestres iniciados em nossos templos.
Já a perdemos uma vez, portanto, é necessária uma grande reflexão em nossos dias para que não venha novamente tal situação acontecer.
A nossa corrente, por ser cármica, nos leva sempre ao campo das lutas, as quais como encarnados temos que enfrentar. Essa dualidade constante entre personalidade transitória e individualidade transcendente é nosso grande desafio, e conseguir levar a frente o compromisso doutrinário respeitando esses parâmetros não é tão simples. Somos personalidades que tem toda uma história a ser contada. Vivemos com outros Jaguares em várias encarnações, e quase sempre em posições que denotam estar em posse do poder e infelizmente se perder por ele.
A Clarividente reunida com vários outros espíritos na Cachoeira do Jaguar preparou a chegada do Doutrinador, numa cachoeira no sul da Bahia. Pai João, Pai Zé Pedro, Natachan, as sete Princesas, Mãe Zefa e tantos outros, formam o cenário ideal e adequado para que em 1925 em Propriá, Sergipe, pudesse vir na condição de encarnada, dar vida ao Doutrinador.
Salve Deus.