quarta-feira, 2 de novembro de 2011

RECEBI E REPASSO , PARTE DESTE TEXTO ESCLARECEDOR

O HOMOSSEXUALISMO E O ESPIRITISMO 

 

  Nós, espíritos, somos seres perfectíveis, dotados de inteligência e livre arbítrio, porém responsáveis diretos pelas consequências de nossas atitudes. Através da pluralidade das existências corpóreas, caminhamos rumo à meta imutável da lei divina: a perfeição. Quando nos afastamos do caminho, afastamo-nos dessa meta, gerando o que chamamos de mal. Todavia, quando retornamos ao caminho, pela mudança de conduta ou reparação das faltas cometidas, restabelece-se a harmonia e o mal deixa de existir. Onde haja o bem, o mal desaparece.

  Muitos estudiosos afirmam que a homossexualidade é uma opção do ser humano. Alguns discordam, alegando que nenhuma pessoa se sentiria feliz por ser perseguida ou discriminada. Uns, asseveram que ela é orgânica, ou seja, a pessoa não teria alternativa. Já outros, apelam para o emocional: o homossexualismo seria efeito de algum trauma. 

E o Espiritismo, que diz?

  O espírito não tem sexo. O mesmo espírito pode animar ora um corpo masculino, ora um corpo feminino. Cada sexo como cada posição social, lhe proporciona o ensejo de adquirir experiência. O corpo não lhe é mais do que um invólucro perecível de que se serve para se esclarecer e se purificar. Sempre de modo progressivo, jamais regressivo. Desde que cessa a vida do corpo, ele o abandona e retorna à pátria legítima, o mundo invisível, ou mundo espiritual. Em um desses estágios, como homem ou mulher, o abuso que faça do uso das funções sexuais, acarretará o seu reingresso na lide carnal, no sexo oposto.

  “Quando o homem, em muitas ocasiões, tiraniza a mulher, furtando-lhe os direitos e cometendo abusos, em nome de sua pretensa superioridade, desorganiza-se ele próprio a tal ponto que, inconsciente e desequilibrado, é conduzido pelos agentes da Lei Divina a renascimento doloroso, em corpo feminino, para que, no extremo desconforto íntimo, aprenda a venerar na mulher sua irmã e companheira, filha e mãe, diante de Deus. Ocorrendo idêntica situação à mulher criminosa que, depois de arrastar o homem à devassidão e à delinquência, cria para si mesma terrível alienação mental para além do sepulcro, requisitando, quase sempre, a internação em corpo masculino, a fim de que, nas teias do infortúnio de sua emotividade, saiba edificar no seu ser o respeito que deve ao homem, perante o Senhor.”

  Aparentemente, esse processo parece uma punição, mas não é. Deus não perdoa nem castiga. A iluminação dos sentimentos é que o exige, através da nossa consciência. “A Humanidade progride, por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e instruem”.

  A prática da homossexualidade não transforma o ser em pessoa abominável. Conhecemos homossexuais que se distinguem pela inteligência apurada, pela cultura aprimorada, pela educação exemplar, pela fraternidade cristã e, principalmente, pelo caráter reto. Conhecemos, também, heterossexuais que mais parecem uma gruta vazia e sombria. Grande e florida por fora, por dentro, um deserto de qualidades.

  O que nos diz a Consoladora Doutrina? Por primeiro, examinemos a pergunta 202 de "O Livro dos Espíritos":

  "Pergunta - Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?"

  "Resposta - Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar."

  Percebe-se claramente que Kardec e os Espíritos da Codificação referem-se a provas no corpo masculino ou no corpo feminino a serem enfrentadas no mundo físico. Fica claro também que não se pode falar em preferência espiritual por um ou outro sexo, mas que, feita a escolha (ou imposta determinada forma), são provas o que enfrentaremos como Espíritos encarnados.

  Se um determinado Espírito em uma dada encarnação se revestir da "forma" masculina, ele deverá enfrentar as provas reservadas a tal opção. Se a encarnação desse Espírito se der no vaso feminino, suas provas serão daquelas reservadas às mulheres, como a maternidade, por exemplo. Por conseguinte, a nós outros cabe-nos suportar com resignação as provas inerentes a um e a outro sexo físico. Disso não poderemos nos afastar.

  Podemos exemplificar o raciocínio com a prova da pobreza, que quase sempre vem para o Espírito como mecanismo reparatório do egoísmo e da prodigalidade ou em razão do mau uso da riqueza que se haja feito em vida pretérita. Não e licito ao pobre desta vida furtar, corromper-se ou praticar fraudes para fugir a prova da miserabilidade transitória. O enfrentamento das carências materiais com serenidade levara a evolução moral do Espírito. Disso ninguém discorda.

  Por igual, ao ser espiritual que vivencia a experiência física masculina não e dado fugir a prova da masculinidade, cedendo aos arrastamentos de um suposto sexo psíquico, diverso daquele que se apresenta materialmente. A condição de sua evolução é justamente não ceder a tais condutas instintivas, para, então, reequilibrar-se e evoluir. O mesmo vale para os seres revestidos de envoltório corporal feminino, que não se podem deixar levar por costumes pretéritos, que eram lícitos ha milênios na Ilha de Lesbos, mas que não se coadunam, hoje, com o ideal de uma vida em equilíbrio e em harmonia.

  Dai não podermos encarar o grave problema da homossexualidade com despreocupação, cedendo apenas aos apelos de uma conduta que se supõe politicamente correta ou acertadamente crista. Obviamente, nossos irmãos homossexuais merecem o respeito devido a todos os seres da criação; não podem ser discriminados, nem rejeitados, pois, como disse meigo Rabi da Galiléia, "aquele dentre vos que não tiver pecados, atire a primeira pedra".

  Possivelmente muitos entre nós já passaram pelos desvios homossexuais na fieira de existências anteriores, na Grécia, em Roma ou alhures.

  Mas evidentemente o homossexual (como também o heterossexual desregrado) não e um ser em equilíbrio espiritual. Ao contrario, tanto um quanto outro quase sempre estão sob cerrado ataque fluídico negativo ou em estrito conluio psíquico com entidades trevosas. Este e o discernimento que nos cabe alcançar.

  O homossexual, de ambos os sexos, tem sido condenado ao esquartejamento moral e violentado, psicológica e fisicamente, por gente maldosa, e ignorantes nas leis divinas sem qualquer fundamento sério. Para nós, espíritas, serão sempre nossos irmãos amados, tanto quanto os demais, credores do nosso maior respeito e carinho. Dito isto, passamos a responder as indagações, de um irmão:
 

“É pecado ser homossexual?”

  Não. Também não é uma escolha ideal, mas o amigo não deve sujeitar-se ao jugo dogmático das igrejas, dos julgamentos de pessoas que se colocam guardiãs morais ou de leis preconceituosas.
 

“Por que sou assim?”

  Por livre e espontânea vontade. Você é senhor absoluto de sua vontade podendo aceitar ou não suas provas e expiações nesta reencarnação, na doutrina espirita chamamos de livre arbítrio, ou seja, você é livre para ser o que quiser ser, mas atente para as consequências de seus atos.
 

“Que pecado cometi para sê-lo?”

  Pecado talvez não seja essa a palavra certa, mas se essa é a sua tendência, você deve estudar a doutrina espirita, ela irá te explicar o porquê de você passar por essa prova e como vencer esse sentimento de culpa, ou melhor, o sentimento de culpa só existe na consciência de quem se sente culpado. 


“Até quando serei assim?”

  Até quando quiser. Se se dispuser e puder controlar seus impulsos carnais, transferindo as energias sexuais para um trabalho de auto reeducação, melhor. Sua indômita força de vontade poderá vencer todos os obstáculos, superar todos os problemas, possibilitando-lhe uma vida saudável. A felicidade conquistada será o galardão de seus esforços. Deus instituiu leis que nos favorecem a todos, já dizia o nosso saudoso Chico Xavier.
 

“Se olhar para um rapaz, com carinho, estarei pecando?”

  Não. Desde que esse olhar não seja de modo lascivo. Um olhar carinhoso, uma palavra fraterna, um sorriso sincero, uma ação solidária, são ingredientes que alimentam as verdadeiras amizades, tornando-as indesuníveis. 


“Se eu gostar de um rapaz, com amor verdadeiro, serei pecador?”.

  Já disséramos, anteriormente, que o pecado está condicionado à atitude mental de cada um, com base no sentimento de culpa. Quanto ao amor verdadeiro por outro alguém, requisitamos a palavra autorizada e benevolente do nosso irmão e Benfeitor Espiritual, cuja orientação bondosa serve para todos nós:

  Jorge Andrea, no seu "Forcas Sexuais da Alma", editado pela FEB, diz que "Para o homossexual existira necessidade intransferível de vivência na castidade construtiva, a fim de encontrar a harmonia para as futuras formações corpóreas que as reencarnações podem propiciar".
 

Veja o que diz Humberto de Campos.

  “Recomendar-lhe a castidade quando as pessoas se degradam em ligações clandestinas, nos braços de amantes, seria temeridade e hipocrisia”. Você faria, dentro em pouco, o que elas fazem. Sobre a ignomínia da culpa, a ignomínia da mentira. Daí, a audácia do meu conselho. Se puder resistir à sua carne, aos seus nervos rebeldes, aos seus sentidos alarmados, resista. Será heroico e sublime. A tranquilidade de sua velhice será o prêmio dessa renúncia na mocidade.

  Se, porém, não encontrar na própria alma energias para vencer o corpo, eleja um cônjuge. Faça-o, entretanto, publicamente. Nada de subterfúgios, de mistérios, de clandestinidade. Funde, com ele, um lar. A noção da responsabilidade assumida em público fá-los-á, a um e a outro, cautelosos na escolha, assegurando-lhes, assim, a honestidade e a duração da ventura. Amores escondidos são amores transitórios. Amante que foge, é amante substituído. E quando alguém adota esse regime, o amor perdeu o seu nome. Chama-se prostituição.

  


  Emmanuel, em "O Consolador" (FEB, pergunta 184) esclarece que "Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos, orientar as tendências, na evolução sublime de seus sentimentos".

  O nobre Espírito complementa dizendo que "observamos, muitas vezes, almas numerosas aprendendo, entre as angustias sexuais do mundo, a renuncia e o sacrifício, em marcha para as mais puras aquisições do amor divino. Depreende-se, pois, que, ao invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, e imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo".

  Emmanuel encerra o livro "Vida e Sexo" com a seguinte recomendação: "Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais intimas e, apos verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei".

  Compreender e respeitar são necessários. Instruir e evoluir são imprescindíveis. O Codificador deixou assentado nas paginas de "O Livro dos Médiuns" que os defeitos que afastam os bons Espíritos de nosso campo vibratório são "o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem a matéria" (capitulo XX, item 227).
 

Para libertamos temos que conhecer a verdade, somente ela nos libertará.

Palavras do meigo Rabi de Nazaré.



Salve Deus