quinta-feira, 7 de julho de 2011


Disse um grande filosofo:

- “Fala para que eu te veja."

Muita gente acrescentará:

- "Escreve para que eu te veja melhor."

E ousaríamos aduzir:

- "Age para que eu te conheça."

Julgarás o amigo pela linguagem que use; entretanto, para além da apreciação vulgar, todos necessitamos do justo discernimento.

Marat falava com maestria, arrebatando o ânimo da multidão, mas intisgava a matança dos compatriotas que não lhe esposassem as diretrizes.

Marco Aurélio, o imperador chamado magnânimo, escrevia máximas de significado imortal; no entanto, ao mesmo tempo determinava o martírio de cristão indefeso, acreditando, com isso, homenagear a virtude.

As declarações de guerra são, de modo geral, documentos primorosamente lavrados; todavia, representam a miséria e a morte para milhões de pessoas.

Há jornalistas e escritores que figuram na galeria dos mais sábios filósofos, e, apesar disso, molham a pena em sangue e lama, para gravarem as idéias com que acentuam os sofrimentos da humanidade.

Tanto quanto possível, escrevamos certo, sem a obsessão do dicionário.

A gramática é a lei que preside a esfera das palavras.

A instrução cerebral, porém, quando sem bases no sentimento, é semelhante à luz exterior.

Há luz na lâmpada disciplinada que auxilia e constrói e há luz no fogo descontrolado que incendeia e consome.

Identifica o mensageiro, encarnado ou desencarnado, pela mensagem que te dê, mas, se é justo lhe afiras a cultura, é imprescindível anotes a orientação que está dentro dela.

O navio pode ser muito importante, mas é preciso ver o rumo para o qual se encaminhe o leme.

Se o verbo apresenta, a atitude dirige.

É por isso que Jesus nos advertiu:

_ “Seja o vosso falar sim, sim; e não, não."


Do livro Seara dos Médiuns.

A LUZ DO MUNDO

 Jesus, o Mestre dos mestres, tinha sempre palavras de estímulo aos que O seguiam.

Ninguém como Ele utilizou de forma tão excelente os vocábulos de incentivo a quem pretendesse estar com Ele.

É assim que nos credencia a herdeiros do Universo, pois que somos filhos do Pai que tudo criou, bem como nos chama Filhos da Luz, ramos da videira, aqueles que podem fazer tudo o que Ele fez e muito mais.

De forma amiúde, ficamos nos questionando a respeito de algumas de Suas afirmativas.

Por nos considerarmos tão pequenos, tão distantes da grandeza de que Se reveste o Mestre de Nazaré, indagamo-nos se Ele estaria certo ao nos ofertar tais credenciais.

Filhos da Luz? Nós, que nos sentimos ainda tateando em sombras densas?

Andar no mundo como Filhos da Luz, enquanto temos luz? De que luz dispomos? De que intensidade é nossa luz?

Então, nos lembramos do valor de um fósforo em plena escuridão.

Quando o breu se faz porque a energia elétrica sofre uma pane, como a luz débil de um fósforo faz a grande diferença!

Disse alguém que nos podemos considerar como um fósforo aceso.

Sim, a chama não ilumina grande distância, mas faz a diferença entre a escuridão total e uma pequena claridade.

Claridade que nos retira, por breves segundos, embora, da insegurança total das trevas.

Claridade que nos permite ver o outro, perceber que não estamos sós, que mais alguém compartilha conosco daquela situação. E nos darmos as mãos.

Claridade que nos permite ir em busca de uma lanterna, de uma vela, de um lampião.

Ou, se nada disso se tiver, acender um outro fósforo. E outro, e mais outro.

Quem sabe, fazer um clarão maior, enquanto a energia elétrica não se restaura.

Em se tratando da sociedade, podemos imaginar o mesmo valor dessa pequena luz.

Se somos um fósforo de dignidade que se acende quando a corrupção anda à solta, fazemos a diferença.

Porque a nossa chama mostra a outros o nosso valor e motiva a que os demais resolvam acender a sua própria chama.

Se, em meio à indiferença geral, somos o fósforo que aquece a alma e a vida de quem sofre; se em meio à covardia moral, mostramos a luz da correta conduta; se, enfim, somos a pequenina chama da amizade, da justiça, da fé, quanta luz espalharemos por onde passarmos?

Tinha, portanto, toda razão Jesus ao nos estimular a andar no mundo como Filhos da Luz, andar enquanto tivermos luz.

A luz ilumina onde se apresente e mostra cores, onde somente havia trevas;

Mostra pessoas onde somente havia solidão; acena esperança onde grassa a infelicidade.

Pensemos nisso e atendamos ao incentivo do Mestre de Nazaré.

Não nos preocupemos com a chama pequena, oscilante ou de duração efêmera.

Mostremos nossa luz. Mesmo que somente seja para acender outra luz.

Será a nossa contribuição para o mundo de alegrias, risos e cores que todos desejamos para nós, para nossos filhos, para as gerações futuras.


RECEBIDO DE KARDEC  ONLINE