terça-feira, 5 de julho de 2011

ESTA VEIO A CALHAR !

O VICE PRESIDENTE


A figura do Vice Presidente surgiu por uma necessidade e não por vaidade.

Inicialmente os Templos do Amanhecer eram implantados pelos Adjuntos de Raiz, que assumiam a presidência do Templo e necessitavam de um componente “nativo” da cidade para comandar em sua ausência. Este componente, assumia com a emissão de vice-presidente, emitindo mesmo nesta condição.

Com o passar do tempo e a criação da figura dos sub-coordenadores, os Adjuntos entregaram seus Templos aos vices locais, que assumiram como presidentes e novos Adjuntos de Povo. Dessa maneira, a condição de vice-presidente tornou-se totalmente desnecessária, pois um Adjunto de Povo passa a contar com Regentes e não com vice-presidentes.

O Regente de um Adjunto de Povo é o “braço-direito”! O correto seria que todos tivessem a Classificação de Trinos Venários, mas normalmente são classificados diretamente como Ajouros.

Partindo desta informação sobre a Classificação, passamos a entender que a missão do Regente (ou vice-presidente se preferirem), é apoiar o Adjunto (Presidente) em todas suas responsabilidades doutrinárias.

Tem que ser um perfeito cavalheiro e fiel amigo de todos! Suas “leis” não são diferentes das do próprio Adjunto, descritas nas Cartas de Tia Neiva. Se o Adjunto é o “pai de seu Povo”, o Regente é o irmão mais velho! É aquele que cuida e informa ao pai tudo que está se passando com os outros irmãos, e tendo autorização para tanto, toma as medidas necessárias para auxiliar e instruir. Jamais corrigir!

Ser Regente não é uma honraria ou Classificação para determinar hierarquias!!! Ser Regente é assumir a missão da humildade, pois não é o Adjunto, e tem que ter total consciência disso. Representa o Adjunto, cumpre suas solicitações e relata tudo. Não é “Vice Rei”, “segundo na hierarquia”, “chefe”... É um assessor, secretário e o mais humilde e amoroso serviçal.

Não sendo capaz de ter a humildade de ouvir, amar, tolerar, acalmar ânimos e ser um verdadeiro diplomata (que muda as energias mesmo sem poder resolver a situação), não é possível que seja Regente.

Responsabilidade é seu nome; diplomacia é seu modo de atuar; Humildade a lição de todos os dias.

Na prática, pode representar o Adjunto em qualquer Ritual ou Trabalho, mas só pode tomar decisões se estiver sob o aval de seu representado.

Kazagrande

 “Meus mestres e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade:  espero de vocês o amor nas maneiras, na Lei, nas ordens e na execução de suas tarefas. Espero que se recordem sempre de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições, com as falhas dos outros. Lembrem-se, sempre, de que entre ele e você, estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a vocês quando não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina: MUITO AMOR! Meus filhos, com o amor conseguimos o discípulo amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre que vocês são a Lei e que a Lei existe. Vocês são a  palavra, a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” Tia Neiva em 5 de fevereiro de 1983
Mais uma vez , obrigado meu irmão !

RECEBI E PASSO PRA VOCES!

 

No mes de novembro, no ano de 1985, estávamos felizes pela presença de Tia Neiva na Casa Grande. Após uma internação sofrida, onde achávamos que não mais iríamos tê-la de volta, e até segundo as palavras do médico de Tia Neiva Dr. Iton de Barros, ao proferir: ”Tudo que a ciência podia fazer, foi feito, leve-a para o Vale, quem sabe seus espíritos podem fazer alguma coisa”.
Na troca de rosas em 30 de outubro, Tia Neiva e Mário Sassi, foram os primeiros a passarem pelo ritual. Na centésima escalada de aspirantes, os mestres perfilam diante do restaurante da Casa Grande. Tia Neiva trajando um vestido de cor negra, sentada em uma cadeira de balanço, com a voz embargada, abraça o Adjunto Yuricy, mestre Edelves e diz:
- Este é meu Adjunto yuricy, e eu amo de um modo especial.
Ao receber as flores, algumas de plástico, ela diz:
- Para que me servem essas flores? Meus filhos, deixem de mesquinharia...
E então em quinze de novembro do mesmo ano, acontece o que todos temiam - Tia Neiva desencarna. O seu esquife na Pira onde tantas vezes se colocara em tantos rituais, desta vez uma guarda silenciosa de mestres sem suas armas, estavam ali, silenciosamente, diante de sua Mãe Clarividente.
Uma noite entremeada entre mantras e lágrimas. No domingo a tarde, o templo é fechado, um encontro solitário de Tia Neiva e seus familiares... Seu primogênito, aquele que fora seu companheiro de tantas horas... O cobrador do ônibus que ela dirigiu em Goiânia, que ao redor de uma cisterna na mesma cidade, ouve ela dizer:
- Meu Filho, vamos para Brasília?... Que na UESB achava que iria frequentar os bancos das escolas tradicionais, numa promessa de seu Pai Seta Branca, mas passara cinco anos a dirigir seu caminhão para o sustento dos moradores da UESB.
Naquele domingo, onde o sol brilhava com uma intensidade enorme como a reverenciar a nova moradora dos mundos espirituais, ele toma a direção de uma caminhonete e conduz o corpo de sua mãe até o cemitério...
Os quatro Trinos, herdeiros legítimos da herança doutrinária de Tia Neiva, entre dificuldades que vão surgindo passam a conduzir a Doutrina. O Mestre Gilberto Zelaya, Coordenador dos Templos do Amanhecer, assume sua missão e com quarenta templos, começa a expandir a rama Ajarã e o crescimento surge como a rama selvagem. Através de sua ousadia e determinação a continuidade da Doutrina é assegurada e o ritual de entrega de nomes de Cavaleiros e Ministros faz com que possam surgir novos comandantes... As consagrações de Iniciação, Elevação de Espadas, Centúria e Classificação de Mestres e Ninfas, atingem todo o território nacional e até o exterior. Estrelas Candentes já funcionam em outros estados, juntamente com a Estrela Sublimação e Turigano.
Hoje somos mais de seiscentos Templos, um povo enorme, como um dia profetizara Pai Seta Branca. Estamos caminhando sem a presença física de Tia Neiva com dificuldades, mas com o mesmo afinco que ela o faria. Quantos mestres saem de sua casa, colocam seu uniforme em sua bolsa, andam quilômetros para exercer sua Doutrina, a Doutrina que lhe foi confiada. Quantos mestres se dirigem aos Templos do Amanhecer na caridade de curar a quem nunca viu... Nossos aparás, de olhos fechados, colocam-se a serviço de nossas Entidades.
Nossos doutrinadores, filhos de Tia Neiva, o Doutrinador, o farol que ilumina as noites escuras, deixa sua família e vai em busca desta tarefa da desobsessão. Cumprindo as últimas palavras de Tia Neiva em 1985, quando perguntaram quem iria assumir seu lugar e ela responde que o DOUTRINADOR, desde que tenha muito amor no coração.
Em seu ponto energizado no interior do Templo, Pai Seta Branca, recebe todos os seus filhos sem nenhuma discriminação... ”Meus filhos, eu os vejo como acumuladores de cargas tão iguais” ... ”Rico sou, o Pai de filhos como vós, que abdicam um mundo por uma Doutrina do Amanhecer” ... E esse Pai grandioso zela por este poder que é a Doutrina do Amanhecer, e orgulhoso fica quando seus filhos ao levantar a taça dizem: “Jesus este é o teu sangue, ninguém jamais poderá contaminar-se por mim”.
Estamos nesta nave chamada “Doutrina do Amanhecer”, as vezes os mares parecem bravios, as ondas fazem os viajantes desta Nau temerem, a alimentação doutrinária parece faltar e os tripulantes sentem as forças oscilarem e alguns tomam caminhos diferentes, mas continuam sendo filhos deste Pai, que em suas palavras serenas também diz: “Cuidado Filhos, para que não se perca nenhuma ovelha de seu rebanho”.
Muito se falou e tem falado de uma peneira de Pai João, sobre a presença do Cavaleiro da Lança Negra, mas temos um Pai, um Cristo que habita em nosso coração, as batalhas do Peloponeso, as ruas estreitas da Palestina, não mais podemos presenciar a frase de Pôncio Pilatos, ”Jesus ou Barrabás?”; as pirâmides Maias na America Central; as Cruzadas; o período triste e cruel da inquisição; as cabeças caindo na guilhotina e o vergonhoso episódio da queda da Bastilha, não mais podem fazer parte de nossas caminhadas. A bandeira rósea de Jesus, nosso símbolo de fé sempre há de ser.
Esta doutrina que Neiva Chavez Zelaya deu a vida é um marco para o futuro, somos apenas aqueles que têm a obrigação de tornar o caminho daqueles que irão nos sucederem mais fáceis... Não temos o direito mais de errar...