sexta-feira, 24 de junho de 2011




Origens do Amanhecer


MISSÃO

Pelo Saudoso Tumuchy



Todo espírito que encarna na Terra tem um programa a cumprir, mas nem todos os espíritos têm missão.
  Na hierarquia sideral, existem todas as categorias de espíritos e infinitos graus de evolução. A Terra é uma complexa universidade, com toda categoria de alunos. Uns vêm, apenas, completar o curso, outros vêm para um aperfeiçoamento, outros para fazer um curso completo.
A missão se relaciona diretamente com o tipo de programa que o espírito tem de cumprir. Se ele se atém somente ao seu âmbito, seus problemas pessoais, sua faixa é essencialmente cármica. Mas se, além da sua faixa cármica, ele se compromete a evoluir, cuidar de outros espíritos e ajudá-los, nesse caso ele tem missão a cumprir.
Quanto maior é a missão, assim é a faixa cármica do espírito. Esse fato suscita uma questão de magna importância: então, por que os missionários sofrem tanto? Por que Jesus sofreu? E os apóstolos, os seguidores de Jesus, os mártires, por que são sempre ligados a uma idéia de sofrimento?
A resposta a essa questão reside em dois pontos básicos: a diferença entre dor e sofrimento, em primeiro lugar; e as diferenças da tônica magnética dos seres humanos, em termo de corpo, alma e espírito.
A Fisiologia e a Psicologia nos dão uma idéia nítida com referência à dor. Ela é registrada no sistema nervoso consciente, existindo, portanto, uma consciência da dor. Quando se anestesia um paciente para uma operação, o medicamento paralisa os nervos receptores da região a ser operada (ou o conjunto, numa anestesia geral), na proporção direta da dor a ser sentida. Esta, porém, varia de paciente a paciente, e o médico procura, sempre, evitar o excesso de anestésico. Esse fato pode ser observado, com mais simplicidade, no dentista. Ele aplica certa quantidade de anestésico e começa a extração. Se o paciente reclama, ele aplica mais anestésico. Isso prova maior ou menor sensibilidade à dor, e esse fato é, na maioria das vezes, psicológico. Pessoas existem que chegam a dispensar o analgésico, embora isso raramente aconteça.
Existe, então, um estado psicológico de sentir mais ou menos dor, facilmente comprovável na hipnose médica. Uns sofrem mais e outros sofrem menos, com a mesma dor.
Os missionários têm tantas dores  ou mais do que os que não têm missão a cumprir, porém, sofrem menos. Isso porque seu campo consciencional está mais ocupado com os objetivos de sua missão e, assim, ele não tem tempo para dimensionar sua dor.
A dor psicológica, a chamada dor moral, segue a mesma fisiologia.
Isso se prende ao segundo fator, à tônica predominante no ser encarnado. Se ele não tem missão a cumprir, sua consciência está sempre ocupada com os problemas do seu corpo ou da sua alma. Mas, se ele tem missão, a voz do seu espírito é mais forte e ele não tem tempo de se ocupar da sua personalidade, do seu ego. Daí resulta que podemos situar a questão em termos de maior ou menor egoísmo.
Para uma pessoa conservar um corpo atlético, em boa forma muscular permanente, ela é obrigada a exercícios e cuidados que ocupam boa parte do seu mecanismo consciente. Sua preocupação com o corpo, assim constante, dá a ela uma tônica física.
Um intelectual, um erudito, um cientista ou uma pessoa que dependa do intelecto para sua trajetória planetária, tem sua consciência predominante no fator intelectual. O seu campo consciencional é sempre ocupado como os problemas psicológicos. Sua tônica é a psíquica, sua vida é centralizada na sua alma.
Um missionário, um ser humano cujo espírito se comprometeu a fazer algo por alguém, vive preocupado em sintonizar seu espírito. Seu campo consciencional se expande em termos espaciais, em captar as nuanças de sua missão e os percalços da vivência, geralmente contraditória, com as coisas mais simples da vida. Corpo, alma e espírito, cada um demandando do eu a satisfação de suas necessidades, exigem decisões a cada momento, que são tomadas conforme a tônica predominante naquela vida.
O símbolo mais antigo da Humanidade é a cruz, e ela exprime, com fidelidade, os três estados. A haste inferior é o Homem físico, com seu atavismo, o suporte material da vida; os braços horizontais representam a alma, os mecanismos psicológicos, o negativo e o positivo, o branco e o preto, o eterno dualismo em que se debate a mente concreta; a haste superior representa o espírito, a antena do transcendente.
Antes da consolidação do ser humano no planeta, quando o Céu se confundia com a Terra, talvez nos tempos da Lemúria, a cruz tinha quatro braços, iguais e simétricos. Quem tem olhos para ver...

Missão, pois, é viver em função do espírito e com os olhos no transcendente. É “amar ao próximo

Trino Tumuchy
Mestre Mário Sassi


MUNDO INVISÍVEL E MUNDO ESPIRITUAL


         É mais fácil a comprovação da existência de planos vibracionais diferentes, na experiência pessoal e individualizada de um ser humano.
Tomando por base a experiência individual, podemos esquematizar esses planos, com auxílio das revelações iniciáticas e um pouco de bom senso.
         Sob esse prisma, temos um plano físico, um psicológico e um espiritual, ou seja, do corpo, da alma e do espírito.
         Os grupos iniciáticos fazem a divisão em sete planos, que seriam: o físico, o etérico, o astral, o mental e os três planos crísticos ou búdicos – Pai, Filho, espírito, ou Deus, Verbo e Universo), variando essas descrições de acordo com cada grupo. Todos, porém, mantêm o número sete como base. Mas, para nossa compreensão do Mediunismo, bastam os três planos.
         O importante é saber que o mundo invisível não é, necessariamente, o mundo espiritual, da mesma forma que o mundo dos micróbios não é o mundo da alma, embora ambos sejam invisíveis aos nossos olhos.
         O mundo invisível que nos cerca faz parte da Terra, é molecular e tem, portanto, uma organização, leis que o regem. Sua forma é tal que ele não ocupa espaços físicos, como um sólido. Uma construção desse mundo pode, tranqüilamente, ser feita no mesmo lugar onde haja uma construção sólida. Ele ocupa os espaços intermoleculares do plano físico e pode coexistir simultaneamente.
         Um corpo físico, sólido, pode ser transformado, na sua organização molecular, num corpo invisível, ser transportado através dos sólidos e reintegrado em seu estado anterior. O mesmo pode acontecer a um corpo do mundo invisível. Esse é o fenômeno básico das materializações espíritas. Esse mundo é intensamente habitado por espíritos que passaram pela Terra e ainda não retornaram aos planos espirituais. Pertencendo à Terra, eles são obrigados a viver das energias produzidas nela. Eles manipulam essas energias, não a produzem. Isso é muito importante, e fundamental de se saber. O espírito encarnado, o ser humano, absorve energias da Terra física pelo alimento, pela respiração, etc. O espírito desencarnado não tem as condições do encarnado, que põe em funcionamento os mecanismos de produção. Não tendo possibilidades de produzir as energias que precisa, ele as absorve do encarnado. Mas, para que isso aconteça, é necessário que essa energia tenha o teor adequado, e isso é feito pela mediunidade. Num certo sentido, é uma vida parasitária, em que nada se cria e nem tudo se transforma.
         Há algumas coisas básicas desse mundo que devem ser tomadas em consideração , se quisermos ter uma posição correta em relação a ele:

1.   Não há possibilidade de um espírito nessas condições encarnar, isto é, nascer na Terra física; a forma que eles encarnam é pela obsessão, ou seja, sintonizam com um encarnado e ocupam, parcialmente, seu corpo.
2.   mundo invisível não reflete a luz, o calor, e nem o som do mundo físico. Como uma das conseqüências, eles não têm noção do tempo, da cronologia da Terra. Os fatos que alimentam suas mentes são em menos quantidade que os percebidos  por um encarnado. Eles não têm a noção espacial que lhes permita concepções superiores às concepções humanas.
3.   Eles precisam de nós, mas nós não precisamos deles, a não ser como instrumentos de nossa evolução, do exercício de nossa mediunidade.
4.   Para nos manter em condições de bons fornecedores, eles procuram nos induzir a formar correntes mediúnicas, sintonizadas com eles. Com isso, eles são a maior fonte de ilusões da mente dos encarnados, e tudo fazem para nos apresentar o seu mundo como o mundo espiritual. Uma boa parte dos atuais seres e máquinas, pretensamente oriundos de outros planetas, vem desse mundo. A plasticidade molecular do mundo invisível é tal que eles podem fazer aparelhos que tenham todas as aparências de artefatos, imaginados pelos seres humanos como interplanetários.
5.   Conforme o ectoplasma que absorvem, eles são capazes de se materializar no mundo físico, e não o fazem com maior constância em face do enorme dispêndio de ectoplasma que o fenômeno exige.
6.   A principal fonte de enganos dos seres humanos, ao lidar com esses espíritos, é que eles usam a palavra Deus com muita facilidade. Mas, em raras hipóteses, eles mencionam Jesus ou o Cristo, a não ser para combatê-los. Isso é natural, pois, a impossibilidade da concepção de Deus, por quem quer que seja, na Terra, não impede que se fale em Seu nome. O mesmo não pode ser feito com o Cristo Jesus.

O mundo espiritual só pode ser entendido e concebido de acordo com a experiência individual. Mas, dificilmente pode ser descrito ou explicado de maneira a se formar conceitos. As tentativas nesse sentido são inteiramente antropomórficas e, portanto, sem validade. Uma delas estabelece a conceituação de Céu para se referir a esse mundo. Essa premissa nasceu das páginas do Evangelho; porém, é difícil separar-se essa idéia do conceito de um estado íntimo do ser humano, de serenidade, de paz, etc.
Em nosso livro “2000 – Conjunção de Dois Planos” há uma série de revelações, feitas através da Clarividente Neiva, de informações do contato com seres de um planeta matriz da Terra, que nos dão uma idéia aproximada do que seria a vida nos planos espirituais.
  Fora das revelações, feitas por espíritos amigos, achamos muito difícil estabelecer hipóteses ou premissas em torno das condições de vida nos mundos extraterrestres.

1º Mestre Sol Trino Tumuchy
Mestre Mário Sassi