sábado, 18 de junho de 2011

 
TIPOS DE ESPÍRITAS 


  Em diferentes obras, Kardec dedicou-se a definir e caracterizar os espíritas de acordo com a forma com que lidam com o conhecimento doutrinário que lhes chega ao coração.

  Em O Livro dos Espíritos , ao apresentar o Espiritismo em seus três aspectos, o Codificador classifica os espíritas em três graus: os que crêem nas manifestações e as comprovam, sendo, portanto, experimentadores; os que percebem as conseqüências morais dessa experimentação e os que praticam ou se esforçam por praticar essa moral. Seguindo a mesma linha de raciocínio, em O Livro dos Médiuns , ele propõe uma nomenclatura para cada tipo de adepto, a saber:

  Os que crêem nas manifestações: espíritas experimentadores. Só se importam com os fenômenos e sua explicação científica.

  Os que, além dos fatos, compreendem as conseqüências morais, mas não as colocam em prática: espíritas imperfeitos, que não abrem mão de ser como são.

  Aqueles que praticam a moral espírita e aceitam todas as suas conseqüências: os verdadeiros espíritas ou espíritas cristãos, apresentando duas características básicas: a caridade como regra de proceder e, pela compreensão dos objetivos da existência terrestre, o esforço "por fazer o bem e coibir seus maus pendores”

  Os demasiadamente confiantes em tudo o que se refere ao mundo invisível, aceitando sem verificação ou reflexão todos os conteúdos que lhes chegam às mãos: espíritas exaltados. Este tipo de adeptos é mais nocivo que útil à causa espírita. 

  Vamos nos deter nos dois últimos tipos. Em primeiro lugar, o verdadeiro espírita, reconhecível "pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más” . Chama-nos a atenção os termos usados por Kardec "coibir" e "domar". Ou seja, o esforço da transformação moral requer do interessado uma luta íntima fortíssima que, absolutamente, não é desamor a si mesmo, mas tenacidade na tarefa de substituir valores do mundo por valores espirituais. Ouve-se muito, dentro das casas espíritas, que a reforma interior não deve ser um sofrimento, e o desculpismo toma conta das criaturas que se reconhecem imperfeitas, mas... Continuam sendo como são, ou melhor, espíritas imperfeitos. A luta pela mudança interna é reconhecida, por inúmeros autores espirituais confiáveis, como imprescindível ao nosso amadurecimento espiritual. É a "decisão de ser feliz”  proposta por Joanna de Ângelis, que passa pela revisão de toda a nossa conduta diante de Deus e do próximo, pela coragem de enfrentar a si mesmo, reconhecendo os erros e iniciando o processo de correção de rumo.

  Sobraram os espíritas exaltados, apaixonados por modismos, novidades, revelações (principalmente quem foi quem em existências passadas). Freqüentam, muitas vezes, reuniões de estudo doutrinário, mas não estudam; citam best sellers do momento, mas não sabem dar exemplos da literatura consagrada de autores encarnados ou desencarnados. São ávidos por lançamentos editoriais sem conhecer as obras básicas ou o trabalho de Instrutores como Emmanuel, André Luiz e Joanna de Ângelis. Prejudicam a Doutrina porque divulgam conceitos equivocados, estimulando novos companheiros a seguir pelo mesmo caminho.

  É André Luiz que alerta, quanto a alguns "modos como nós, espíritas, perturbamos a marcha do Espiritismo” :

    *Esquecer a reforma íntima
    *Afastar-se das obras de caridade
    *Negar-se ao estudo
    *Abdicar do raciocínio, deixando-se manobrar por movimentos ou criaturas que tentam sutilmente ensombrar a área do conhecimento espírita com preconceitos e ilusões.

  O verdadeiro espírita ou o espírita cristão é aquele que adquiriu a "maturidade do senso moral" segundo o Codificador. Entendamos que essa maturação ainda não se completou (estamos na Terra!), mas representa o rompimento com o passado de erros e a obrigação de nos reformarmos , sem desculpas, contemporizações ou omissões. Em um texto de Obras Póstumas  encontramos o estímulo e o consolo para as dificuldades encontradas em nosso processo renovador:

"Se passarmos à categoria dos espíritas propriamente ditos, ainda aí depararemos com certas fraquezas humanas, das quais a doutrina não triunfa imediatamente. As mais difíceis de vencer-se são o egoísmo e o orgulho, as duas paixões originárias do 
  Temos, ainda, inúmeras fragilidades, mas já não queremos, por certo, "fazer número", ser estatística. Desejamos que o Espiritismo pudesse contar conosco, e acima de tudo, precisamos e queremos SERVIR A JESUS, aliando conhecimento doutrinário e prática evangélica.
Salve Deus!


MEU NOME É CARIDADE

A todos abraço, a todos sinto.

Levo aos corações dos pobres e dos ricos a felicidade que tenho dentro de mim.

Não distingo o negro do branco, do amarelo e do vermelho, não distingo o pobre do rico.

Sou a CARIDADE que caminha em todos os cantos, por todos os quadrantes, levando a todos aqueles que necessitam o sorriso e a amizade de Jesus amante.

Levo comigo a felicidade para dar, entregar, oferecer.

Muitas vezes, eu me pergunto: "o que deveria fazer?

“E eu me respondo: "basta ser."

Não tenho tempo para mim mesma. Meus ouvidos escutam somente as minhas palavras.

A minha voz emana para todos os cantos buscando encontrar a todos aqueles, seja qual for o recanto, que se encontram entristecidos e à espera do amor.

Não existe distância, não existe frio, não existe calor, não existe sol e nem chuva.

Não existe tempo nem espaço para mim, porque em todos os locais me encontro presente abraçando, compreendendo, ajudando e amando.

Sento-me à mesa do pobre e do rico. A minha presença evidencia a minha crença.

Emano luz, porque dentro de mim habita o eterno amigo Jesus.

Meu nome é CARIDADE meu sobrenome, Felicidade.

GRAÇAS A DEUS
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER PELO ESPÍRITO DE EMMANUEL
Cooperação com Deus

TEMA: Cooperação individual na execução do plano de serviço da Providência Divina

Quantas vezes terás dito que amas a Deus e te dispões a servi-lo? E quantas outras tantas terás
afirmado a tua fé na Providência Divina?

Provavelmente, porém, não te puseste ainda a raciocinar que os teus votos foram acolhidos e
que o Todo-Misericordioso, por intermédio de vasta corrente hierárquica de assessores, te enviou as
tarefas de cooperação com a sua infinita bondade, junto de causas, organizações, situações e pessoas,
que lhe requisitam assistência e intervenção.

Exposto, assim, o problema do teu setor de ação individual, será justo considerar que esforço e
dedicação constituem ingredientes inevitáveis no encargo que te foi confiado, a fim de que obtenhas
o êxito que denominamos por “dever cumprido perante Deus”.

Mãe ou pai, se recolhesses da vida tão-somente os filhos robustos e virtuosos, que indícios de
amor oferecerias a Deus, quando Deus te pede o coração mais profundamente voltado para os filhos
menos felizes, com bastante abnegação para jamais abandona-los, ainda mesmo quando o mundo os
considere indesculpáveis ou desprezíveis?

Professor ou mentis, se reunisses contigo apenas os discípulos inteligentes e nobre, quem
estaria com Deus no auxílio aos rebeldes ou retardados?

Dirigente ou supervisor, nos diversos ramos da atividade humana, se fosses chamado para
guiar os interesses da comunidade exclusivamente nos dias de céu azul, para entoar louvores à
harmonia ou presidir a distribuição de luzes e bênçãos, quem cooperaria com o Supremos Senhor,
nas horas de tempestade, quando as nuvens da incompreensão e os raios da calúnia varam a
atmosfera das instituições, exigindo a presença dos que cultivem brandura e compreensão, a fim de
que a Divina Misericórdia encontre instrumentos capazes de ajuda-la a restaurar os elementos
convulsos?

Obreiro do bem ou condutor da fé, se obtivesses da Terra apenas demonstrações de apreço
palmas de triunfo, quem colaboraria com Deus, nos dias de perturbação, de maneira a limitar a
incursão das trevas ou a apagar o fogo do ódio, entre as vítimas da ilusão ou da vaidade, nos lugares
em que o Pai Supremo necessite de corações suficientemente corajosos e humildes para sustentarem
a bem com o esquecimento de todo mal?

Onde estiveres e sejas quem sejas, no grau de responsabilidade e serviço em que te situas,
agradece aos Céus as alegrias do equilíbrio, as afeições, os dias róseos do trabalho tranqüilo e as
visões dos caminhos pavimentados de beleza e marginados de flores que te premiam a fé em Deus;
quando, porém, os caminhos da provação te firam a alma ou quando as circunstâncias adversas se
conjuguem contra as boas obras a que te vinculas, como se a tormenta do mal intentasse efetuar o
naufrágio do bem, recorda que terás chegado ao instante do devotamento supremo e da lealdade
maior, porque, se confias em Deus, Deus igualmente confia em ti.

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER – EMMANUEL

QUANDO O MUNDO DESPERTOU


"Embora os fenômenos sempre fossem abundantes, havia um total desconhecimento das leis da natureza e as ações do plano divino eram tomadas por sobrenaturais.

 Tudo muito místico e apavorante.
 Com a chegada do Espiritismo, iniciado na obra que conhecemos como “O Livro dos Espíritos”, tudo passou a ser natural e analisado pela lógica do pensamento. Evidentemente, dentro das possibilidades de cada um, ainda restritos que somos pelas limitações humanas.
O pouco que já sabemos, contudo, enaltece e explica a assertiva de Jesus que nos orientou dizendo que o conhecimento da verdade seria a libertação. Por isso cientistas do porte de Isaac Newton dizem que “o que sabemos é uma gota e o que ignoramos é um oceano”.
Com a chegada do Espiritismo, apesar das limitações que nos impedem a sua total compreensão, sabemos, ao menos, que Deus não comete injustiças e que ninguém no solo do planeta está pagando dívidas que não contraiu. Cada um deve ressarcir a lei individualmente, para quitar suas contas passadas e incorporá-las como experiência de aprendizado, a verdadeira sabedoria que o homem conquista e que quase nunca pode ser obtida nos bancos acadêmicos. Esses dão a informação, o conhecimento, mas não a sapiência, porque ela é produto da experimentação pessoal e cada um deve buscá-la por si próprio.
Com as revelações espíritas, a pânico da morte foi amenizado, embora ainda não estejamos em condições de compreendê-la por inteiro. Mas a morte, como perda do bem mais precioso – a vida – e a separação definitiva daqueles a quem amamos, já é crença do passado. A morte espírita é o prêmio que recebemos por cumprir a pena que nos competia no vale das aflições purificadoras neste purgatório da encarnação. É o final da pena da clausura que nos dá direito à liberdade. Numa expressão comum, é a volta para casa depois de perigosa viagem ao covil dos habitantes dos mundos atrasados.
Com a chegada do Espiritismo, passamos a ser o primeiro herdeiro de nossa herança, o primeiro médico para a nossa doença e o primeiro doutrinador para as nossas perturbações espirituais. A função do Espiritismo, basicamente, é o combate ao materialismo, para que possamos produzir com os bens da Terra os tesouros do céu, aquele que o ladrão não rouba. O nosso real acervo e a nossa verdadeira propriedade, conforme consta do capítulo XVI, item 9 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
Com a chegada do Espiritismo, riqueza e pobreza, inteligência e idiotia, beleza e fealdade passaram a ser simples conseqüências de encarnações que já vivemos, nas quais fomos descuidados quanto ao que nos competia no progresso individual e também no coletivo. Como herança do passado, vivemos o presente. Tomara tenhamos cuidado para fazer do presente um mais agradável futuro.
Ao aprender que somos um espírito eterno que nada pode destruir, e que todo o conhecimento que acumulamos é patrimônio inalienável e jamais nos será tirado, seja qual for o regime de governo, a luta vale mais a pena e deve ir até o último dia de vida na matéria, independente dos obstáculos a serem vividos. Se conseguirmos adquirir uma virtude nesta encarnação, por exemplo, a paciência, seremos criaturas pacientes por toda a eternidade.
A confirmação do que dizemos está na questão 894 de “O Livro dos Espíritos”. Quando indagaram dos superiores: “As pessoas que fazem o bem espontaneamente, sem que tenham de lutar contra nenhum sentimento contrário, têm o mesmo mérito que as que têm de lutar contra sua própria natureza e superá-la?, a resposta foi que “Só não precisam lutar os que já progrediram; lutaram anteriormente e triunfaram. Por isso os bons sentimentos não lhes custam nenhum esforço e suas ações parecem tão simples; para eles, o bem se tornou um hábito. “Portanto, deve-se honrá-los como a velhos guerreiros que conquistaram suas graduações”.
“Como vocês ainda estão longe da perfeição, esses exemplos os assustam pelo contraste e tanto mais admiram quanto mais raros são. No entanto, saibam que nos mundos mais adiantados que o seu o que entre vocês é exceção lá é regra. Nos mundos adiantados, o sentimento do bem se encontra por toda parte, de maneira espontânea, porque são mundos habitados apenas por Espíritos bons e uma única má intenção seria uma monstruosa exceção. Esta é a razão porque lá os homens são felizes. E assim será a Terra quando a humanidade for transformada e quando compreender e praticar a caridade em sua verdadeira acepção.”
Aprendemos que nossos erros são nosso carrasco e nossos acertos o nosso advogado no dia do julgamento final, independente das alegrias ou problemas que nos causem já nesta mesma encarnação. Para quem não acredita na continuidade da vida e na necessidade da volta reparatória pelo verdadeiro perdão de Deus que é a reencarnação, o caminho é mais penoso, embora todos um dia compreenderão essas verdades porque têm no íntimo de sua alma a centelha que os identifica como filhos do Criador. Para nós, todavia, o caminho pode ser mais suave se além de crermos nos decidirmos a viver de acordo com o que já conhecemos.
18 de abril de 1857, data da proclamação da independência da humanidade.
Ninguém mais está preso a algo que não queira, a menos que insista em sofrer apesar de toda a liberdade que tem para ser feliz. O missionário francês que fez a ligação entre Deus e os homens, com a intermediação dos Espíritos Superiores, num gesto de humildade usou o pseudônimo Allan Kardec para assinar “O Livro dos Espíritos”, esta extraordinária obra que é a carta de alforria para todas as criaturas. Que Deus o abençoe e o recompense."

O INICIO DOS TRABALHOS



O INÍCIO DOS TRABALHOS DE TIA NEIVA – 1958






Desde 1958, quando desenvolvi minha clarividência, comecei a registrar os casos mais exemplares, exemplos vivos de carmas em
reajustes, que sempre se assemelham aos nossos, chegando mesmo a nos confortar.
Então, por ordem de Mãe Yara, passo todos ao meu irmão que, enviado para esta missão, vai descrever todos eles. É uma obra mediúnica.
Era uma manhã de sol quando eu e meu irmão Jales começamos a atender, fazendo um vasto serviço social. Ora pela vidência, ora pela prática de farmácia, que meu irmão exercia numa cidade no interior de Goiás, fiz uma fila, vendo de um em um carmas terríveis!
Começávamos a formar uma experiência viva para o início de uma nova obra.
As comunicações reforçavam-se a cada dia, trazendo verdadeiro incentivo para as grandezas espirituais. Com um grupo bem equipado, todos se esmeravam para os grandes fenômenos profetizados pelo Cristo. A experiência da técnica e a prática desse grupo vieram trazer aqui os mais vívidos, com esclarecimentos em diálogos dentro de linhas puramente cármicas.
Provamos como é perfeita a cobrança espiritual e o aperfeiçoamento com os nossos encontros nos carreiros terrestres!...


TIA NEIVA – 1958