segunda-feira, 30 de maio de 2011

 

DESENCARNE

A HORA FINAL


As sensações que precedem e se seguem à morte são infinitamente variadas e dependentes sobretudo do caráter, dos méritos, da elevação moral do espírito que abandona a Terra. A separação é quase sempre lenta, e o desprendimento da alma opera-se gradualmente. Começa, algumas vezes, muito tempo antes da morte, e só se completa quando ficam rotos os últimos laços fluídicos que unem o perispírito ao corpo. A impressão sentida pela alma revela-se penosa e prolongada quando esses laços são mais fortes e numarosos. Causa permanente da sensação e da vida, a alma experimenta todas as comoções, todos os despedaçamentos do corpo material.

Dolorosa, cheia de angústias para uns, a morte não é, para outros, senão um sono agradável seguido de um despertar silencioso. O desprendimento é fácil para aquele que previamente se desligou das coisas deste mundo, para aquele que aspira aos bens espirituais e que cumpriu os seus deveres. Há, ao contrário, luta, agonia prolongada no espírito preso à Terra, que só conheceu os gozos materiais e deixou de preparar-se para essa viagem.

Entretanto, em todos os casos, a separação da alma e do corpo é seguida de um tempo de perturbação, fugitivo para o espírito justo e bom, que desde cedo despertou ante todos os esplendores da vida celeste; muito longo, a ponto de abranger anos inteiros, para as almas culpadas, impregnadas de fluidos grosseiros. Grande número destas últimas crê permanecer na vida corpórea, muito tempo mesmo depois da morte. Para estas, o perispírito é um segundo corpo carnal, submetido aos mesmos hábitos e, algumas vezes, às mesmas sensações físicas como durante a vida terrena.

Outros espíritos de ordem inferior se acham mergulhados em uma noite profunda, em um completo insulamento no seio das trevas. Sobre eles pesa a incerteza, o terror. Os criminosos são atormentados pela visão terrível e incessante das suas vítimas.

A hora da separação é cruel para o espírito que só acredita no nada. Agarra-se como desesperado a esta vida que lhe foge; no supremo momento insinua-se-lhe a dúvida; vê um mundo temível abrir-se para abismá-lo, e quer, então, retardar a queda. Daí, uma luta terrível entre a matéria, que se esvai, e a alma, que teima em reter o corpo miserável. Algumas vezes, ela fica presa até à decomposição completa, sentindo mesmo, segundo a expressão de um espírito, “os vermes lhe corroerem as carnes”.

Pacífica, resignada, alegre mesmo, é a morte do justo, a partida da alma que, tendo muito lutado e sofrido, deixa a Terra confiante no futuro. Para esta, a morte é a libertação, o fim das provas. Os laços enfraquecidos que a ligam à matéria, destacam-se docemente; sua perturbação não passa de leve entorpecimento, algo semelhante ao sono. Deixando sua residência corpórea, o espírito, purificado pela dor e pelo sofrimento, vê sua existência passada recuar, afastar-se pouco a pouco com seus amargores e ilusões, depois, dissipar-se como as brumas que a aurora encontra estendidas sobre o solo e que a claridade do dia faz desaparecer. O espírito acha-se, então, como que suspenso entre duas sensações: a das coisas materiais que se apagam e a da vida nova que se lhe desenha à frente. Entrevê essa vida como através de um véu, cheia de encanto misterioso, temida e desejada ao mesmo tempo. Após, expande-se a luz, não mais a luz solar que nos é conhecida, porém uma luz espiritual, radiante, por toda parte disseminada. Pouco a pouco o inunda, penetra-o, e, com ela, um tanto de vigor, de remoçamento e de serenidade. O espírito mergulha nesse banho reparador, aí se despoja de suas incertezas e de seus temores. Depois, seu olhar destaca-se da Terra, dos seres lacrimosos que cercam seu leito mortuário0, e dirige-se para as alturas. Divisa os céus imensos e outros seres amados, amigos de outrora, mais jovens, mais vivos, mais belos que vêm recebê-lo, guiá-lo no ceio dos espaços. Com eles caminha e sobe às regiões etéreas que seu grau de depuração permite atingir. Cessa, então, sua perturbação, despertam faculdades novas, começa o seu destino feliz.

A entrada em uma vida nova traz impressões tão variadas quanto o permite a posição moral dos espíritos. Aqueles cujas existências se desenrolam indecisas, sem faltas graves nem méritos assinalados, acham-se, a princípio, mergulhados em um estado de torpor, em um acabrunhamento profundo; depois, um choque vem sacudir-lhes o ser. O espírito sai, lentamente, de seu invólucro: como uma espada da bainha; recobra a liberdade, porém, hesitante, tímido, não se atreve a utilizá-la ainda, ficando cerceado pelo temor e pelo hábito aos laços em que viveu. Continua a sofrer e a chorar com os entes que o estimaram em vida. Assim corre o tempo, sem ele o medir; depois de muito, outros espíritos auxiliam-no com seus conselhos, ajudando a dissipara sua perturbação, a libertá-lo das últimas cadeias terrestres e a elevá-lo para ambientes menos obscuros.

Em geral, o desprendimento da alma é menos penosos depois de uma longa moléstia, pois o efeito desta é desligar pouco a pouco os laços carnais. As mortes súbitas, violentas, sobrevindo quando a vida orgânica está em sua plenitude, produzem sobre a alma um despedaçamento doloroso e lançam-se em prolongada perturbação. Os suicidas são vítimas de sensações horríveis. Experimentam, durante anos, as angústias do último momento e reconhecem, com espanto, que não trocaram seus sofrimentos terrestres senão por outros ainda mais vivazes.

O conhecimento do futuro espiritual, o estudo das leis que presidem à desencarnação são de grande importância como preparativos à morte. Podem suavizar os nossos últimos momentos e proporcionar-nos fácil desprendimento, permitindo mais depressa nos reconhecermos no mundo novo que se nos desvenda.
“Seu padrão vibratório é a sua sentença!”



Será que já refletimos realmente na profundidade desta pequena frase, tantas vezes repetida?

Ao desencarnarmos não temos mais como fingir de bonzinho. Nossa aura reflete exatamente aquilo que fomos durante esta encarnação. Nosso egoísmo, nossa vaidade e orgulho, nossas mágoas, nossos verdadeiros sentimentos estarão estampados nas cores de nossa aura... A máscara cairá!



Muitas vezes vamos para o Templo carregados de intenções pessoais e objetivos materiais, esquecendo que trabalhar espiritualmente é uma missão, que só terá valor se houver um total desprendimento. Por isso aprendemos, desde as primeiras aulas, no Desenvolvimento, que deixamos nossa personalidade do lado de fora do Templo, ao entrarmos devemos buscar nossa Individualidade.

Quantos de nós ainda sofrem, e carregam suas dores para dentro do Templo, pensando que “rezando vão resolver tudo”?

Colocam suas armas, seus uniformes e vêm para o Vale rezar para a vida melhorar... Mas será que é assim mesmo? Que rezando, trabalhando espiritual a vida melhora?

A resposta é: depende!

O Trabalho espiritual por si só não vai mudar sua vida. Nossos Mentores e tantas Entidades de Luz que nos assistem e auxiliam, não vão poder simplesmente “ajeitar” sua vida por conta dos trabalhos que realizamos. O quê muda a sua vida é o seu padrão vibratório! Por isso aquela frase inicial de que esta é a sua sentença...

O que deve ocorrer com o médium, que vem para trabalhar com a mente voltada exclusivamente par a caridade, é um aumento de sua tônica vibracional. Ele deixa de preocupar-se com seus próprios problemas, deixa de pensar neles, e se dedica a auxiliar o próximo, ao desconhecido, encarnado e desencarnado. Mediunizado, emite sua emanação de amor em favor daqueles necessitados que nos são confiados e encaminhados. Não fica pensando em seus problemas, seus desejos e paixões. Entrega-se por completo à realização espiritual e deixa de lado tudo o quê lhe aflige.

Com esta atitude de desprendimento, seu padrão vibratório naturalmente se eleva. Ele passa a pensar nas coisas boas que está realizando, na ajuda que está prestando, envolve-se pela Luz de nossos Mentores e entra em um “estado de graça”.

Assim, ao sair do Templo, sente-se realizado, forte e com condições de enfrentar todos os problemas que havia deixado do lado de fora. Com o padrão elevado, passa a poder receber a energia de nossos Mentores e seguir com sagacidade às intuições que lhe chegam. Literalmente fica conectado com a Luz e torna-se capaz de poder direcionar sua vida de uma forma positiva e produtiva.

Passa a atrair naturalmente outras coisas boas. Com certeza a maioria já ouviu falar da Lei da Atração... Pois ela funciona mesmo! Quando estamos bem e mentalizando coisas boas, estaremos atraindo mais coisas boas, e as boas energias e intuições de nossos Mentores encontram acesso!

Nossa vida vai melhorar materialmente, sentimentalmente, fisicamente em função de nosso padrão vibratório.

Ao mesmo passo, quando vamos ao Templo visando nosso egoísmo, melhorar a nossa vida por conta dos trabalhos espirituais para nós mesmos, vergonhosamente entrando na fila da Indução antes de iniciar qualquer trabalho, pensando primeiramente em nós, em nossa vida, em nossos problemas, em nossos desejos, passamos a ser o pior dos pacientes: o paciente de uniforme!

Chegar no Templo pensando em qual problema vai mentalizar primeiro, passar na Mesa rezando por si próprio, ir aos Tronos e primeiro atender a si mesmo, consultar o Preto Velho enquanto os pacientes estão ali, vibrando para que você termine logo e comece a atender, ou ainda o Apará que fica “mandando recados” para o aparelho... Salve Deus!

Seus Mentores sabem exatamente o quê você precisa! Você só precisa estar em condições de receber a ajuda que tanto pede. Para isso deve servir o Trabalho Espiritual, para desprender-se de seus problemas, dedicar-se na Lei do Auxílio e sair do Templo sentindo que sua vida também pode mudar! Que tudo pode se resolver.

O atendimento nos Tronos é para o paciente. Paciente é que consulta com o Preto Velho. Se o Doutrinador tem necessidade de ouvir alguma mensagem ele receberá no final do Trabalho, mas creiam, estando atentos e em sintonia, a mensagem que você precisa vai chegar através de um paciente, que passará com um problema semelhante ao seu! Dispensando a “consulta” final.

Entidade de Luz não “manda recado” para o Aparelho! O Apará é consciente e irá lembrar do quê precisa lembrar ao desincorporar. A maioria das lembranças se desvanece ao encerrar o atendimento, mas o quê o Apará precisa saber, isso fica marcado, a mensagem não se apaga. Seu Mentor sabe do que você precisa, eu repito.

Uma triste verdade: Pai Seta Branca não tem agência de emprego! Se precisamos de um emprego para nos sustentar, temos que procurar emprego! Rezar em casa, pela manhã, mentalizar seus objetivos, pedir auxílio e sair com aquela energia boa que nos envolve ao nos mediunizarmos em nossas orações. Muito preferem se “internar” dentro do Templo esperando que o emprego caia do Céu... Salve Deus!

Outras tristes verdades: Tiãozinho não tem agência de matrimônio, e o Teacher não é um Banco ou o dono dos números da Mega Sena!

Para encontrar um emprego você tem que se esforçar, acordar cedo, levar currículos, sorrir o dia todo para todas as pessoas e se fazer lembrar como alguém que pode ser útil dentro de uma empresa. Ninguém quer ter ao seu lado no trabalho um “coitadinho”. As pessoas querem gente disposta, com iniciativa e alto astral, todo empregador está a espera da chegada de uma pessoa assim para lhe auxiliar.

Para encontrar alguém que lhe complete sentimentalmente, nós temos que estar emitindo coisas boas. Naturalmente iremos atrair pessoas boas e despertar nelas o interesse de estar com a gente. Muitos médiuns, principalmente as Ninfas, reclamam sempre que só encontram “tranqueira”. Com certeza são estes que seu padrão vibratório está atraindo. Mesmo nas cobranças mais terríveis, a atração se dá primeiramente pelo padrão vibratório similar dos dois. Tiãozinho pode ser o protetor dos casais harmonizados, mas não tem tempo para perder com lamentações, lembre que você só atrai quem está no seu padrão... Com o padrão elevado você pode até ter uma “ajudinha”.

Sonhar com a Mega Sena, com tudo de bom que poderíamos fazer, pode até ser uma saudável forma de elevar o seu padrão... Mas daí a ficar plantado pedindo para o Teacher lhe dar a intuição dos números?... Salve Deus!

Quando iniciei este texto, agora pela madrugada, pensava nas máscaras espirituais que caem ao desencarnarmos. Terei que escrever sobre isso em outra ocasião.

Kazagrande