quarta-feira, 20 de abril de 2011

TOXOPLASMOSE

 Após exibição de uma novela global, onde uma personagem grávida, dizia que não poderia tocar nogato pois este poderia transmitir toxoplasmose, o assunto passou a ser muito comentado e com isso gerou muitas dúvidas, o que é mito e o que é verdade?
Qual a participação do gato na transmissão e infecção da toxoplasmose?
Pra começar vamos entender a doença. A Toxoplasmose é uma doença infecciosa provocada pelo protozoário Toxoplasma gondi, este infecta, principalmente células musculares e nervosas de animais endodérmicos como por exemplo cabras, bois, suínos, cães, gatos, ratos e aves.
O papel do gato na doença, é que ele é o hospedeiro definitivo da doença, mesmo não apresentando sinais. Somente eles podem liberar oocistos nas fezes, estes oocistos para se tornar contaminantes precisam esporular no ambiente, isso ocorre entre 1 a 5 dias, dependendo da umidade e temperatura do ambiente. Vale lembrar que essa liberação de oocistos ocorre durante 15 dias e apenas uma vez na vida do animal, isso porque após serem infectados pela primeira vez, os gatos desenvolvem imunidade, e numa nova contaminação não vão eliminar mais oocistos.
E como o homem pode ser infectado?
Esta pode ocorrer através da ingestão de carne crua e mal passada, pois na musculatura dos animais, que são os hospedeiros intermediários, encontramos os cistos infectantes, assim como no leite in natura, aquele que não é pausterizado.
A outra forma é pela ingestão de vegetais, legumes e frutas contaminadas pelos oocistos liberados nas fezes dos gatos ou água em locais sem saneamento básico.
E por último a contaminação transplacentária, onde a mãe transmite pela placenta a toxoplasmose, podendo ocorrer aborto ou má formação fetal.
E como podemos evitar a contaminação? Existe prevenção?
Sim, existe. A melhor prevenção é evitar a ingestão de alimentos crus ou mal passados.
Sempre antes de ingerir, frutas, legumes e vegetais, fazer a higinene dos alimentos.
Para jardinagem ou para limpeza da caixa de areia dos gatos, usar luvas, pás e sempre lavar muito bem a mão após a manipulação.
Para concluir, percebemos que a possibilidade de transmissão de toxoplasmose do gato pro homem através de caricias, mordeduras ou arranhões é nula. E não há necessidade de se desfazer do seu animal no caso de gravidez, pois simples hábitos de higiene são suficientes para prevenir a infecção.
TENHA UM BOM DIA  ! 

CAUSAS DAS AFLIÇÕES


De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir.

Umas tem sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.

Remontando-se a origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência natural do caráter e do proceder dos que os suportam.

Quantos homens caem por sua própria culpa!

Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!

Quantos se arruinam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por nao terem sabido limitar seus desejos!

Quantas uniões desgracadas, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade e nas quais o coração nao tomou parte alguma!

Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos suscetibilidade!

Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!

Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as mas tendências!

Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem da falta de deferência com que são tratados e da ingratidão deles.

Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo a origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderao dizer:

Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, nao estaria em semelhante condição.

A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo?

O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela apenas a sua incúria.

Os males dessa natureza fornecem, indubitavelmente, um notável contingente ao cômputo das vicissitudes da vida.

O homem as evitará quando trabalhar por se melhorar moralmente, tanto quanto intelectualmente.

A lei humana atinge certas faltas e as pune.

Pode, então, o condenado reconhecer que sofre a consequência do que fez. Mas a lei não atinge, nem pode atingir todas as faltas; incide especialmente sobre as que trazem prejuízo à sociedade e não sobre as que só prejudicam os que as cometem, Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, nao deixa impune qualquer desvio do caminho reto.

Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis consequências, mais ou menos deploráveis.

Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou.

Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal.

Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença existente entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar para, de futuro, evitar o que lhe originou uma fonte de amarguras; sem o que, motivo não haveria para que se emendasse.

Confiante na impunidade, retardaria seu avanço e, consequentemente, a sua felicidade futura.

Entretanto, a experiência, algumas vezes, chega um pouco tarde: quando a vida já foi desperdiçada e turbada; quando as forças já estão gastas e sem remédio o mal.

Põe-se então o homem a dizer:

"Se no começo dos meus dias eu soubera o que sei hoje, quantos passos em falso teria evitado! Se houvesse de recomeçar, conduzir-me-ia de outra maneira. No entanto, já não há mais tempo!"

Como o obreiro preguiçoso, que diz:

"Perdi o meu dia", também ele diz:

"Perdi a minha vida".

Contudo, assim como para o obreiro o Sol se levanta no dia seguinte, permitindo-lhe neste reparar o tempo perdido, também para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o Sol de uma nova vida, em que lhe será possível aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro.
Allan Kardec. Da obra: 
O Evangelho Segundo o Espiritismo.

SABEMOS O QUE É CARMA(OU KARMA ) ?


Porque, parece que carma virou explicação para todo problema, toda situação triste ou infeliz na vida das pessoas.

Mas, quem é esse tal de carma?

De onde ele vem?

Inicialmente, é importante entender, que não devemos nos prender demais ao conceito de carma (karma, em sanscrito).

Quando se usa o termo carma, há uma conotação de fatalidade, enquanto que a Doutrina enfatiza a possibilidade de minimizar ou até eliminar as ocorrências de sofrimento, mediante uma ação positiva no bem.

Carma, ao invés de ser um castigo como muitos pensam, é sinônimo de reequilíbrio.

E a vida material é a maravilhosa e insubstituível escola que possibilita que aprendamos e tomemos consciência das nossas atitudes erradas nestas e em vidas pretéritas.

Mas como é que o carma aparece?

Do nada?

Em um passe de mágica?

Não! O Princípio do Livre Arbítreo dá ao homem o direito de escolher seus caminhos, de ser o autor de sua história, o construtor do seu destino.

Entretanto, o Princípio de Causa e Efeito, Plantação e Colheita, torna o homem refém de seus atos, das suas escolhas.

Nós construimos nosso carma, no exercício do nosso livre arbítrio, na escolha de nossas opções.

E optar, não é o que sempre estamos fazendo?

Ajudo ou prejudico?

Cuido da minha saúde ou me vicio em drogas?

Sou amigo ou inimigo?

Prego a paz ou fico criando intrigas?

Elogio ou critico?

Trabalho ou fico ocioso?

Construo ou quebro?

São as nossas escolhas! Nossas decisões!

Nós somos os únicos responsáveis pela escolha do nosso caminho.

O problema, é que, após a escolha, temos que trilhar pelo caminho escolhido!

Útil, não é necessariamente aquele que quando está na erraticidade, solicita reencarnar como um deficiente, para purgar atitudes equivocadas.

Muito mais importante é aquele que procura, quando está encarnado, adquirir condições para, na próxima vez, reencarnar perfeito, para auxiliar, construtivamente, os seus irmãos.

A expiação, muitas vezes, por conta de uma visão distorcida, soa como castigo divino.

Mas, nós espíritas, sabemos e devemos demonstrar pelo exemplo, que as deformidades físicas não estão punindo, mas eliminando as deformidades perispirituais, que causamos anteriormente.

Podemos atenuar, ou mesmo eliminar, as situações cármicas? Sim, por atos de amor.

Cabe a nós demonstrarmos "que o amor cobre uma multidão de pecados".

As pessoas quando enfrentam uma situação difícil, seja ela: física, financeira ou psicológica e que não sabem, não conseguem, nem desejam modificá-la, enfrentando-a, costumam dizer:

- Não posso mudar. É meu carma. Eu sou assim!

É a anestesia da consciência!

É o famoso complexo de Gabriela!

Sabem aquela música? Eu nasci assim, eu cresci assim, em vivi assim...

E com isso, tenta esquecer que a sua obrigação é mudar! É progredir!


Dentro desta verdade Divina, não existe o perdão de Deus, pois recebemos segundo o que obramos, ou seja, segundo o que fizermos.

Deus não nos criou para nos punir!

Deus é amor... e o Carma não é punição Divina: é consequência retificadora.

Considerando que a Lei de Causa e Efeito, é uma Lei Divina, e que as Leis Divinas foram escritas por Deus, conclui-se que:

"Na natureza não há prêmios ou castigos. Há consequências"!

A falsa noção de carma inflexível, nos conduz a dois grandes erros. Um é que o Espiritismo prega ou endossa a necessidade da dor; isto não é verdade.

A dor seria uma necessidade, se o Espiritismo pregasse que todos deveríamos ser um grupo de masoquistas!

O que a Doutrina dos Espíritos demonstra com clareza, é a utilidade da dor, quando persistimos no egoísmo, no orgulho, na vaidade e demais defeitos lesivos à comunhão de solidariedade com os semelhantes.

A dor não é uma criação divina.
A dor é criação de quem sofre!
O outro erro é a crença de que a Doutrina Espírita, aconselha o conformismo diante da "má sorte"; isso também não é correto; o que ela ensina é a resignação, atitude bastante diferente, adequada para nos fazer aceitar sem desespero aquilo que não podemos mudar.

Compreendamos o carma, como espécie de conta corrente das ações que praticamos no Banco deste mundo, onde há séculos caminhamos endividados, cadastrados no SPC da vida, pela constante emissão de cheques sem os necessários fundos de bondade, caridade, amor, etc...

Resgatemos nosso débito, limpemos o nosso nome do SPC, emitindo cheques com a devida provisão de fundos e isso é possivel, através da prestação de serviços de caridade ao próximo, e estejamos convencidos de que, desta forma, tanto economizaremos lágrimas, como conquistaremos um bom saldo de felicidade!

"Aquele que muito amou foi perdoado, não aquele que muito sofreu".

O amor é que cobriu, isto é, resgatou a multidão de pecados, não a punição ou castigo.

Transformar ações, amando, é alterar nosso carma para melhor, atraindo pessoas e situações harmoniosas para junto da gente.

É, em última instância, a hossa indispensável e indelegável reforma íntima!

Nós decidimos, nós plantamos e nós colhemos!

Nossa vida é simplesmente o reflexo das nossas ações.

Se, queremos mais amor no mundo, criemos mais amor no nosso coração.

Se, queremos mais tolerância das pessoas, sejamos mais tolerantes.

Se, queremos mais alegria no mundo, sejamos mais alegres.

Nossa vida não é uma sucessão de coincidências, de acasos, nossa vida é a simples consequência de nós mesmos!!!


Copiado de Kardec Online (Agnaldo Cardoso)