terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

ENCERRAMENTO

No encerramento do Trabalho Oficial emitimos (ou melhor, deveríamos emitir) o mantra Noite de Paz. Falo “deveríamos”, porque infelizmente a maior parte dos médiuns foge desta nobre obrigação, de ficar por mais alguns instantes e colher boa parte dos frutos de sua jornada de trabalho mediúnico.

No encerramento dos trabalhos é que se registram as participações, é onde se anotam os bônus daquela jornada. Sua presença é fundamental!!! Não é apenas uma formalidade. Em nossa Doutrina tudo tem um porquê, e fugir desta fonte de luz é no mínimo uma irresponsabilidade. Uso o termo “fugir”, buscando a sinceridade, afinal, nada vai se alterar tão drasticamente em nossa vida, por conta destes minutos a mais.

Quando se aproxima o momento do encerramento, a fila na Pira cresce assustadoramente, e já presenciei os comandantes, após um dia inteiro de dedicação a nobre missão, encerrarem sozinhos o Trabalho Oficial.

Será que para a Espiritualidade tudo está bem desta forma? Na hora de agradecer esta oportunidade e de registrar os bônus, onde estão os Mestres e Ninfas? Tomando o último café? Gastando os bônus que deveriam receber com conversas improfícuas nos banheiros e vestiários?

Poucas são as ausências verdadeiramente justificadas, daqueles em que o horário da condução impede que continuem até o fim. Na verdade, na maioria das vezes é a carona de outro mestre impensado, que obriga ainda mais um irmão a deixar de lado um momento tão solene e nobre.

Não creio sinceramente que seu Preto Velho, sua Princesa, seu Cavaleiro, já tenha ido embora e abandonado o momento sublime do “Noite de Paz!”.

Somente no incomensurável momento do encerramento da jornada mediúnica é que temos algum direito real de pedir! Sim, pois tantas vezes erguemos nossos braços e nossa voz para pedir sem nada ter feito para merecer. Enquanto que, no momento ideal para isso, na hora de anotar os bônus do quê efetivamente haveria realizado por amor, onde está você? O quê está priorizando nesta hora? Vai deixar para pedir e agradecer amanhã? Quando os problemas voltarem a bater na sua porta?

Salve Deus! Mais uma vez falo primeiramente para mim mesmo, para que fique registrado este compromisso que assumo, de quando colocar-me a disposição da espiritualidade para uma jornada, cumpri-la até o fim, sem arrumar nenhuma desculpa ou preguiça, e sentir o ânimo, o vigor, a benção do “Noite de Paz”.

Kazagrande

MEDICOS DE CURA

Um dos trabalhos espirituais, que pouco se comenta na Doutrina é a Cura, e menos ainda sobre os Médicos de Cura, os “Médicos do Espaço” que nos assistem nestes trabalhos.

Os Médicos de Cura têm uma incorporação bastante diferente das outras Entidades. Passam uma tranqüilidade, uma segurança total. Na visão dos médiuns de incorporação, existem dois fatores de peso: A ausência quase total de comunicações, que só ocorrem em poucos casos em Curas Evangélicas, e a sutileza da emanação.

A ausência de comunicação é um fator que tranqüiliza naturalmente o médium. Seu compromisso é manipular a energia, reequilibrando o plexo do paciente. Colocando seu ciclo biológico em harmonia com sua aura espiritual.

Esta mesma sutileza de manipulação também, em alguns casos, traz dúvidas, e dificuldade do médium reconhecer se já incorporou ou não. Isso pode ser resolvido com a mentalização da aura do paciente. A Entidade passa a sensação dos pontos em desequilíbrio, e em total sintonia, pode-se vislumbrar o quê efetivamente está sendo realizado pela Entidade.

A roupagem do Médico de Cura é quase Kardecista. Porém atua com forças altamente precisas e iniciáticas, dentro dos Sandays, e com manipulação quase cirúrgica nos trabalhos evangélicos.

O reequilíbrio bio-espiritual do paciente muitas vezes elimina diretamente algumas enfermidades, e em outras, desmascara o fator espiritual que ocultava a doença, permitindo que os “médicos da terra” encontrem e identifiquem o fator físico gerador dos problemas.

O Cavaleiro da Lança Lilás é o emissor do Raio Curador, da cura do corpo físico.

Ao iniciar o trabalho evangélico, o Doutrinador identifica a Entidade e recebe o paciente encaminhado pelas Entidades dos Tronos.

Deitado na maca com a proteção de um lençol que o cobrirá da cintura para os pés, o paciente deve relaxar e mentalizar o problema que lhe aflige fisicamente.

Assim como nos Tronos, o Doutrinador fala o nome do médico incorporado e solicita que o paciente informe o seu nome e a sua idade.

Com a sua mão direita, aberta, com a palma voltada para o plexo do paciente a uma altura de aproximadamente 30 cm, e o braço esquerdo levantado, formando um ângulo de 90º, com a mão espalmada, o Doutrinador dá início ao trabalho.

Nunca tocando o paciente, o Médico de Cura realiza seu trabalho em silêncio, sem emitir sons ou ficar “vazando” (ssssssssssssss...). A comunicação neste trabalho é praticamente inexistente. Porém algumas vezes o Médico solicita ao paciente o uso de a água fluidificada.

Terminado o atendimento, o Doutrinador retira o lençol e o paciente é liberado.

Kazagrande

O TERÇO DE PAI JOÃO



O terço fica em frente ao local onde Tia Neiva realizava seus atendimentos, representando também um alerta de Pai João de Enoque, dado à Clarividente em 1958, momento em que se processa a formação de seus fenômenos mediúnicos.


O “rosário” (Terço de Pai João) também representa uma corrente, com pedras unidas, em que cada uma das contas representa um elemento, formando a Corrente dos Abnegados Pretos Velhos.