quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O DOUTRINADOR

Na nossa Doutrina, o médium que é consciente, vigilante e racional, sem incorporar, é denominado DOUTRINADOR. Sua fita tem o símbolo - a cruz -, seu colete e sua capa têm a cruz nas costas e, no escudo, existe um sinal de divisão que indica a sua capacidade de separar objetivamente os planos vibracionais, distinguindo o que é da Terra e o que é do Céu. Sua mediunidade funciona com base no sistema nervoso central ativo, onde a vontade e a consciência predominam, assumindo o comando de seu sistema neurovegetativo. O Doutrinador corretamente mediunizado se liga a seus Mentores e se torna receptivo dessas forças superiores, tornando-se polo emissor de energias positivas, vibrações que podem ser transmitidas por suas palavras, pela aplicação das mãos, pelo olhar e até mesmo pelo simples pensamento direcionado. Diferente do doutrinador de outras correntes espiritualistas, o Doutrinador do Amanhecer tem seu plexo iniciático preparado pelo trabalho de Koatay 108, que buscou dar com sua atuação, a base científica do mediunismo utilizado em nossa Corrente, sendo, assim, a primeira passagem na Terra de uma falange de Doutrinadores encarnados com plexo iniciático. Assim, cabe ao Doutrinador, entre outras, as principais funções: estudar, apreender, interpretar e conceituar a Doutrina do Amanhecer; ter a responsabilidade de ser instrutor dos médiuns em desenvolvimento; dar assistência e manter o controle de todo e qualquer trabalho de incorporação, aprendendo a conhecer as entidades e agindo conforme a natureza daquele espírito que se apresenta; conhecer todas as Leis, sabendo abrir e encerrar os trabalhos, bem como ter capacidade para comandá-los; aplicar corretamente o passe magnético nos Aparás, após a incorporação, e nos pacientes; buscar manter o equilíbrio e a harmonia em seu redor, porque sabe que, com seu potencial mediúnico, tem condições para controlar um ambiente sem a necessidade de qualquer gesto. No primeiro dia em que comparece para iniciar seu Desenvolvimento, o médium faz um teste para verificar o tipo de mediunidade de que é portador, momento em que toda a atenção deve ser dispensada aos chegantes, pois a tentativa de desenvolver a mediunidade de um Doutrinador nato como médium de incorporação, por seus plexos inferiores, leva a conseqüências imprevisíveis. Uma das características da civilização atual é a confusão entre os planos vibracionais tão diferentes: o plano transitório da alma, que é produzida, como o corpo, a cada encarnação, e o plano transcendental do espírito, que é sempre o mesmo. Cada um desses planos se manifesta em nosso campo consciencional de modos totalmente diferentes, e o Doutrinador sabe como agir e interagir de forma objetiva em cada plano, fazendo disto a base de sua missão, isto é, transformando sua personalidade num instrumento de ação do seu espírito, de sua individualidade, exercendo plenamente suas funções mediúnicas, que visam a ligação dos Planos Superiores com a Terra. Quando falamos da Doutrina do Amanhecer , vimos que ela se dedica à prática dos aspectos objetivos do Sistema Crístico, ligando seus campos vibracionais aos planos da Terra. Essa é a função do Doutrinador: agir dentro das Leis Crísticas para fazer funcionar o Sistema Crístico na Terra. Mesmo que tenha dificuldades para ler estas Leis nos Evangelhos, aprenderá através de sua mediunidade. Neste ponto reside toda a trajetória do médium Doutrinador. Se ele se dispuser a ser apenas um medianeiro, um intermediário de um Sistema vivo e atuante, exercendo plenamente o amor, a tolerância e a humildade, certamente se tornará um Doutrinador propriamente dito. Mas, se quiser apenas manter-se no plano de sua personalidade, preso a conceitos e preconceitos, submisso aos anseios da alma e do corpo, não será, jamais, um Doutrinador - apenas um médium desperdiçado. O Doutrinador não tem outra escola que não seja a própria vida, suas lições pacientemente aprendidas no Templo, no lar, em seu local de trabalho material, na rua, enfim, onde estiver, aprendendo a aplicar o Sistema Crístico corretamente em cada acontecimento, o que significa decidir sobre a forma, a intensidade e a duração dessa aplicação. Por isso é preciso que esteja, permanentemente, alerta e receptivo. Alerta para poder perceber cada detalhe do fato, e receptivo para poder receber a orientação de seu próprio espírito. O Doutrinador não corre atrás da Doutrina. Atento, deixa que a Doutrina chegue até ele. Estabelece seu próprio programa, de forma a não conflitar com o seu padrão de vida, sua cultura e sua disponibilidade, e aprimora sua técnica, isto é, sua maneira de fazer as coisas. O Doutrinador é o guardião do Apará, e por isso a sua responsabilidade é enorme no que diz respeito a mistificações e mensagens com interferências de Espíritos Inluz. Deve aprender a conhecer muito bem as incorporações, pois há inúmeros casos de Espíritos das Trevas que incorporam sem os sinais do sofredor (enrijecimento muscular, contração das mãos, etc.). Deve saber lidar com as diversas classes de sofredores e obsessores, buscando aplicar sua doutrina corretamente, com amor e propriedade. A Doutrina do Amanhecer é uma Ciência, por isso é necessário que sejam aprendidas suas técnicas de trabalho. Nos menores gestos, desde o seu comportamento no Templo até na aplicação de chaves, passes magnéticos, enfim, em toda sua atividade nos trabalhos e rituais, está envolvida uma refinada técnica, que deve ser bem compreendida e aplicada pelo Doutrinador, para que seja eficaz e eficiente sua participação e, com isso, se sinta cada vez mais seguro.