segunda-feira, 30 de maio de 2011

 

DESENCARNE

A HORA FINAL


As sensações que precedem e se seguem à morte são infinitamente variadas e dependentes sobretudo do caráter, dos méritos, da elevação moral do espírito que abandona a Terra. A separação é quase sempre lenta, e o desprendimento da alma opera-se gradualmente. Começa, algumas vezes, muito tempo antes da morte, e só se completa quando ficam rotos os últimos laços fluídicos que unem o perispírito ao corpo. A impressão sentida pela alma revela-se penosa e prolongada quando esses laços são mais fortes e numarosos. Causa permanente da sensação e da vida, a alma experimenta todas as comoções, todos os despedaçamentos do corpo material.

Dolorosa, cheia de angústias para uns, a morte não é, para outros, senão um sono agradável seguido de um despertar silencioso. O desprendimento é fácil para aquele que previamente se desligou das coisas deste mundo, para aquele que aspira aos bens espirituais e que cumpriu os seus deveres. Há, ao contrário, luta, agonia prolongada no espírito preso à Terra, que só conheceu os gozos materiais e deixou de preparar-se para essa viagem.

Entretanto, em todos os casos, a separação da alma e do corpo é seguida de um tempo de perturbação, fugitivo para o espírito justo e bom, que desde cedo despertou ante todos os esplendores da vida celeste; muito longo, a ponto de abranger anos inteiros, para as almas culpadas, impregnadas de fluidos grosseiros. Grande número destas últimas crê permanecer na vida corpórea, muito tempo mesmo depois da morte. Para estas, o perispírito é um segundo corpo carnal, submetido aos mesmos hábitos e, algumas vezes, às mesmas sensações físicas como durante a vida terrena.

Outros espíritos de ordem inferior se acham mergulhados em uma noite profunda, em um completo insulamento no seio das trevas. Sobre eles pesa a incerteza, o terror. Os criminosos são atormentados pela visão terrível e incessante das suas vítimas.

A hora da separação é cruel para o espírito que só acredita no nada. Agarra-se como desesperado a esta vida que lhe foge; no supremo momento insinua-se-lhe a dúvida; vê um mundo temível abrir-se para abismá-lo, e quer, então, retardar a queda. Daí, uma luta terrível entre a matéria, que se esvai, e a alma, que teima em reter o corpo miserável. Algumas vezes, ela fica presa até à decomposição completa, sentindo mesmo, segundo a expressão de um espírito, “os vermes lhe corroerem as carnes”.

Pacífica, resignada, alegre mesmo, é a morte do justo, a partida da alma que, tendo muito lutado e sofrido, deixa a Terra confiante no futuro. Para esta, a morte é a libertação, o fim das provas. Os laços enfraquecidos que a ligam à matéria, destacam-se docemente; sua perturbação não passa de leve entorpecimento, algo semelhante ao sono. Deixando sua residência corpórea, o espírito, purificado pela dor e pelo sofrimento, vê sua existência passada recuar, afastar-se pouco a pouco com seus amargores e ilusões, depois, dissipar-se como as brumas que a aurora encontra estendidas sobre o solo e que a claridade do dia faz desaparecer. O espírito acha-se, então, como que suspenso entre duas sensações: a das coisas materiais que se apagam e a da vida nova que se lhe desenha à frente. Entrevê essa vida como através de um véu, cheia de encanto misterioso, temida e desejada ao mesmo tempo. Após, expande-se a luz, não mais a luz solar que nos é conhecida, porém uma luz espiritual, radiante, por toda parte disseminada. Pouco a pouco o inunda, penetra-o, e, com ela, um tanto de vigor, de remoçamento e de serenidade. O espírito mergulha nesse banho reparador, aí se despoja de suas incertezas e de seus temores. Depois, seu olhar destaca-se da Terra, dos seres lacrimosos que cercam seu leito mortuário0, e dirige-se para as alturas. Divisa os céus imensos e outros seres amados, amigos de outrora, mais jovens, mais vivos, mais belos que vêm recebê-lo, guiá-lo no ceio dos espaços. Com eles caminha e sobe às regiões etéreas que seu grau de depuração permite atingir. Cessa, então, sua perturbação, despertam faculdades novas, começa o seu destino feliz.

A entrada em uma vida nova traz impressões tão variadas quanto o permite a posição moral dos espíritos. Aqueles cujas existências se desenrolam indecisas, sem faltas graves nem méritos assinalados, acham-se, a princípio, mergulhados em um estado de torpor, em um acabrunhamento profundo; depois, um choque vem sacudir-lhes o ser. O espírito sai, lentamente, de seu invólucro: como uma espada da bainha; recobra a liberdade, porém, hesitante, tímido, não se atreve a utilizá-la ainda, ficando cerceado pelo temor e pelo hábito aos laços em que viveu. Continua a sofrer e a chorar com os entes que o estimaram em vida. Assim corre o tempo, sem ele o medir; depois de muito, outros espíritos auxiliam-no com seus conselhos, ajudando a dissipara sua perturbação, a libertá-lo das últimas cadeias terrestres e a elevá-lo para ambientes menos obscuros.

Em geral, o desprendimento da alma é menos penosos depois de uma longa moléstia, pois o efeito desta é desligar pouco a pouco os laços carnais. As mortes súbitas, violentas, sobrevindo quando a vida orgânica está em sua plenitude, produzem sobre a alma um despedaçamento doloroso e lançam-se em prolongada perturbação. Os suicidas são vítimas de sensações horríveis. Experimentam, durante anos, as angústias do último momento e reconhecem, com espanto, que não trocaram seus sofrimentos terrestres senão por outros ainda mais vivazes.

O conhecimento do futuro espiritual, o estudo das leis que presidem à desencarnação são de grande importância como preparativos à morte. Podem suavizar os nossos últimos momentos e proporcionar-nos fácil desprendimento, permitindo mais depressa nos reconhecermos no mundo novo que se nos desvenda.
“Seu padrão vibratório é a sua sentença!”



Será que já refletimos realmente na profundidade desta pequena frase, tantas vezes repetida?

Ao desencarnarmos não temos mais como fingir de bonzinho. Nossa aura reflete exatamente aquilo que fomos durante esta encarnação. Nosso egoísmo, nossa vaidade e orgulho, nossas mágoas, nossos verdadeiros sentimentos estarão estampados nas cores de nossa aura... A máscara cairá!



Muitas vezes vamos para o Templo carregados de intenções pessoais e objetivos materiais, esquecendo que trabalhar espiritualmente é uma missão, que só terá valor se houver um total desprendimento. Por isso aprendemos, desde as primeiras aulas, no Desenvolvimento, que deixamos nossa personalidade do lado de fora do Templo, ao entrarmos devemos buscar nossa Individualidade.

Quantos de nós ainda sofrem, e carregam suas dores para dentro do Templo, pensando que “rezando vão resolver tudo”?

Colocam suas armas, seus uniformes e vêm para o Vale rezar para a vida melhorar... Mas será que é assim mesmo? Que rezando, trabalhando espiritual a vida melhora?

A resposta é: depende!

O Trabalho espiritual por si só não vai mudar sua vida. Nossos Mentores e tantas Entidades de Luz que nos assistem e auxiliam, não vão poder simplesmente “ajeitar” sua vida por conta dos trabalhos que realizamos. O quê muda a sua vida é o seu padrão vibratório! Por isso aquela frase inicial de que esta é a sua sentença...

O que deve ocorrer com o médium, que vem para trabalhar com a mente voltada exclusivamente par a caridade, é um aumento de sua tônica vibracional. Ele deixa de preocupar-se com seus próprios problemas, deixa de pensar neles, e se dedica a auxiliar o próximo, ao desconhecido, encarnado e desencarnado. Mediunizado, emite sua emanação de amor em favor daqueles necessitados que nos são confiados e encaminhados. Não fica pensando em seus problemas, seus desejos e paixões. Entrega-se por completo à realização espiritual e deixa de lado tudo o quê lhe aflige.

Com esta atitude de desprendimento, seu padrão vibratório naturalmente se eleva. Ele passa a pensar nas coisas boas que está realizando, na ajuda que está prestando, envolve-se pela Luz de nossos Mentores e entra em um “estado de graça”.

Assim, ao sair do Templo, sente-se realizado, forte e com condições de enfrentar todos os problemas que havia deixado do lado de fora. Com o padrão elevado, passa a poder receber a energia de nossos Mentores e seguir com sagacidade às intuições que lhe chegam. Literalmente fica conectado com a Luz e torna-se capaz de poder direcionar sua vida de uma forma positiva e produtiva.

Passa a atrair naturalmente outras coisas boas. Com certeza a maioria já ouviu falar da Lei da Atração... Pois ela funciona mesmo! Quando estamos bem e mentalizando coisas boas, estaremos atraindo mais coisas boas, e as boas energias e intuições de nossos Mentores encontram acesso!

Nossa vida vai melhorar materialmente, sentimentalmente, fisicamente em função de nosso padrão vibratório.

Ao mesmo passo, quando vamos ao Templo visando nosso egoísmo, melhorar a nossa vida por conta dos trabalhos espirituais para nós mesmos, vergonhosamente entrando na fila da Indução antes de iniciar qualquer trabalho, pensando primeiramente em nós, em nossa vida, em nossos problemas, em nossos desejos, passamos a ser o pior dos pacientes: o paciente de uniforme!

Chegar no Templo pensando em qual problema vai mentalizar primeiro, passar na Mesa rezando por si próprio, ir aos Tronos e primeiro atender a si mesmo, consultar o Preto Velho enquanto os pacientes estão ali, vibrando para que você termine logo e comece a atender, ou ainda o Apará que fica “mandando recados” para o aparelho... Salve Deus!

Seus Mentores sabem exatamente o quê você precisa! Você só precisa estar em condições de receber a ajuda que tanto pede. Para isso deve servir o Trabalho Espiritual, para desprender-se de seus problemas, dedicar-se na Lei do Auxílio e sair do Templo sentindo que sua vida também pode mudar! Que tudo pode se resolver.

O atendimento nos Tronos é para o paciente. Paciente é que consulta com o Preto Velho. Se o Doutrinador tem necessidade de ouvir alguma mensagem ele receberá no final do Trabalho, mas creiam, estando atentos e em sintonia, a mensagem que você precisa vai chegar através de um paciente, que passará com um problema semelhante ao seu! Dispensando a “consulta” final.

Entidade de Luz não “manda recado” para o Aparelho! O Apará é consciente e irá lembrar do quê precisa lembrar ao desincorporar. A maioria das lembranças se desvanece ao encerrar o atendimento, mas o quê o Apará precisa saber, isso fica marcado, a mensagem não se apaga. Seu Mentor sabe do que você precisa, eu repito.

Uma triste verdade: Pai Seta Branca não tem agência de emprego! Se precisamos de um emprego para nos sustentar, temos que procurar emprego! Rezar em casa, pela manhã, mentalizar seus objetivos, pedir auxílio e sair com aquela energia boa que nos envolve ao nos mediunizarmos em nossas orações. Muito preferem se “internar” dentro do Templo esperando que o emprego caia do Céu... Salve Deus!

Outras tristes verdades: Tiãozinho não tem agência de matrimônio, e o Teacher não é um Banco ou o dono dos números da Mega Sena!

Para encontrar um emprego você tem que se esforçar, acordar cedo, levar currículos, sorrir o dia todo para todas as pessoas e se fazer lembrar como alguém que pode ser útil dentro de uma empresa. Ninguém quer ter ao seu lado no trabalho um “coitadinho”. As pessoas querem gente disposta, com iniciativa e alto astral, todo empregador está a espera da chegada de uma pessoa assim para lhe auxiliar.

Para encontrar alguém que lhe complete sentimentalmente, nós temos que estar emitindo coisas boas. Naturalmente iremos atrair pessoas boas e despertar nelas o interesse de estar com a gente. Muitos médiuns, principalmente as Ninfas, reclamam sempre que só encontram “tranqueira”. Com certeza são estes que seu padrão vibratório está atraindo. Mesmo nas cobranças mais terríveis, a atração se dá primeiramente pelo padrão vibratório similar dos dois. Tiãozinho pode ser o protetor dos casais harmonizados, mas não tem tempo para perder com lamentações, lembre que você só atrai quem está no seu padrão... Com o padrão elevado você pode até ter uma “ajudinha”.

Sonhar com a Mega Sena, com tudo de bom que poderíamos fazer, pode até ser uma saudável forma de elevar o seu padrão... Mas daí a ficar plantado pedindo para o Teacher lhe dar a intuição dos números?... Salve Deus!

Quando iniciei este texto, agora pela madrugada, pensava nas máscaras espirituais que caem ao desencarnarmos. Terei que escrever sobre isso em outra ocasião.

Kazagrande

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O MUNDO DOS NAIADES


Por: Tia Neiva


SALVE  DEUS  !

Despertei e, ao abrir os olhos, achei-me sentada sobre a relva, à sombra de frondosa árvore onde, evidentemente, havia adormecido.

Comecei a me lembrar que o sol ainda brilhava no poente quando me destinara a sair do corpo, ou melhor, quando uma força enorme me arrancara do corpo, do meu corpo.
Sem tempo para analisar muito, vi duas lindas moças que chegaram e, sem falar, tinham escrito nas roupas: Marta e Efigênia. E, da maneira como eu ia me harmonizando, ia também me dando conta de onde eu estava.
Estava em outra dimensão, que não a minha. A iluminação era diferente e um pouco triste.
Sim, pensei, viver aqui seria realmente a morte.
_ Neiva -ouvi alguém dizer - A atmosfera material está te roubando a paz. O sol diminui a duração da vida, desde o nascimento até se por. O tempo é chamado presente, passado e futuro. O que agora é presente, amanhã será passado e o que agora é futuro amanhã será presente. Acaba o futuro do corpo. Aqui não pertence à categoria do presente, passado e futuro. Pertence à categoria de ETERNIDADE.  Por conseguinte, não deves te preocupar em como alcançar a plataforma da ETERNIDADE.  Deves utilizar a consciência desenvolvida de ser humano, nas proporções animais. Comer, dormir, enfim, dando vazão às coisas da terra, que normalizam o centro nervoso.  O homem vive e se alimenta das coisas que Deus criou.
E, respondendo a uma pergunta que pairava no meu pensamento, respondeu:
_ O sexo é uma decorrência da criação da natureza dos homens.
_ Graças a Deus, eu estou em outro mundo e ouço tudo isto, pensei.
_ Sim, sem os falsos preconceitos - rematou a voz.
Nisso, apareceram alguns casais, em diversas sintonias. Lindos, lindos!  É difícil dizer as coisas que faziam. De repente, em som clássico, conhecido encheu de alegria toda aquela paisagem. Alguns dançavam, outros corriam para ser alcançados por seus namorados.  Deduzi:
_ As almas gêmeas de André Luís !  Salve Deus !  - pensava, já sem as explicações daquela voz.
Contudo não conseguia sair dali, remoendo em minha cabeça.
_ A minha categoria é ainda do passado, presente e futuro. Enquanto estes, a sua categoria é eternidade. Será um sonho tudo o que vejo?  Será apenas um sonho?
_Não é sonho - disse novamente a voz -  Este é o mundo das NAIADES !  Aqui sentimos o aroma da terra.
Nisto, uma jovem que estava dançando caiu, como que desmaiada.
_ Meu Deus ! - exclamei - Desmaiou !
_ Esta moça tem uma alma gêmea segura em outra dimensão, onde ainda há reparações. Temos sete dimensões até chegar ao CANAL VERMELHO, que é o primeiro degrau celestial.

A música parou e todos foram em socorro da mulher. Pela primeira vez eu vi fios dourados, seguindo naquele horizonte.  E agora?
A voz continuou:
_ O felizardo, do outro lado, se libertou.
_ E para onde irá?
_ Para outra, dando sempre continuidade à sua evolução.
_ Que coincidência - pensei.
_ Não Neiva, a vida não para. Aqui, o mundo vive a sua própria evolução. Volte para o teu corpo, que já tem muito tempo que saístes.
Voltei. Já estava escuro. Algumas pessoas me perguntaram se eu estava bem.
E essas viagens se amiudaram...

Salve  Deus !

COM CARINHO, A MÃE EM CRISTO,

Tia Neiva

UESB, 1960

DE NOSSO AMIGO KAZAGRANDE

Excesso de Ritmo 

Continuando o assunto anterior sobre equilíbrio.

Por outro lado tem os que se “internam” no Templo. O Trino Araken afirmou claramente que “o mestre que coloca o uniforme todo o dia enlouquece”. É força demais e o plexo não agüenta.

Às vezes escuto mestres dizendo que vão se aposentar para se tornarem “empregados de Pai Seta Branca”. Têm outros que tiram férias para fazerem Escaladas de segunda a segunda e ficarem prisioneiros repetidamente. Alguns refugam empregos que exijam freqüência regular e constante, acomodando-se com parcos ganhos, mas dispondo de tempo livre para participarem dos Abatás e Alabás constantemente.

Enquanto isso, a família fica por conta própria, ou quase. Sem pai (ou mãe), nem chefe, nem marido (esposa), nem conselheiro, nem provedor, nem solucionador dos problemas, no momento em que eles surgem e reclamam atenção. Moram mal, estudam mal, não têm lazer decente, mas o “mestrão” não para de colecionar medalhas no colete.

Um dia, tal fanático descobre que o companheiro ou companheira se foi (física e/ou emotivamente), os filhos estão sendo reprovados na escola, quando não se encheram de vícios, a saúde vai mal e não tem nem aposentadoria certa ou suficiente.

Ai a culpa é de Pai Seta Branca, ou do Adjunto, ou do Presidente do Templo. Não percebem que a culpa pela desbarrancada na vida pessoal é dele mesmo (a ficha caiu), pensa em se suicidar ou, (Salve Deus!) acaba enfiando-se mais ainda no Templo, e pobres de nós aturando um chato amargurado desses...

O equilíbrio na Terra é um indicativo do equilíbrio espiritual. A condução da missão e do carma de forma controlada e produtiva demonstra a evolução alcançada pelo encarnado e a sua real condição íntima. A harmonia familiar/social e profissional/financeira se insere na máxima “as leis físicas que vos chamam a razão são as mesmas que vos conduzem a Deus” (Pai Seta Branca).

Largue disso de tanta televisão e conversa fiada, tamanha preguiça e indolência. Também fuja do excesso de ocupação em uma atividade, enquanto o resto do seu mundo desmorona por falta de manutenção. Ocupe o seu tempo com o cuidado e a objetividade de quem sabe que não é deste mundo, mas precisa muito dele por enquanto.

Trabalhe mediunicamente, trabalhe materialmente; assista à Centúria novamente, faça uma “pós-graduação”. Cuide da família, jogue bola com seus filhos, ajude-os nos deveres, leve a esposa ao cinema, não deixe para trocar a telha quebrada ou a lâmpada queimada quando não tiver uma escala para cumprir. Mas não perca as suas Escalas, nem deixe de pesquisar, refletir, ensinar e praticar esta maravilhosa Doutrina que nossa Mãe Clarividente nos trouxe dos mundos luminosos para o Vale do Amanhecer.

Não encarnamos para vivermos como espíritos. Não somos como os outros encarnados, pois somos sacerdotes. Nem lá, nem cá. Somos jaguares.

Kazagrande

MAIS UMA DE KAZAGRANDE

Fora de Ritmo 


Uma das minhas maiores batalhas internas foi contra o extremismo.

Encontrar o equilíbrio usando bom senso e a tolerância contra os que divergem de nossas opiniões e ações, colocando-se no lugar do outro, independente de ele “estar errado”, ou não.

Falo deste tema hoje visando o equilíbrio entre “estar no Templo” e “viver a Doutrina”.

O Templo, os Trabalhos, têm vida própria. Independem de sua específica presença física para terem continuidade. Porém, podemos avaliar que quem está mais presente, está no “ritmo” dos trabalhos, não percebe claramente quando estão mais “acelerados ou mais devagar”.

Temos um compromisso mínimo, ao realizarmos nossa Iniciação, de participarmos de um Retiro por mês e temos a Sessão Branca. Ao realizar a Elevação de Espadas, passamos a dispor do Angical, Prisão e firmamos o compromisso de uma Estrela por mês (ou por ano nos Templos mais distantes).

Ao Consagrar Centúria, como médiuns completos, nosso compromisso aumenta. Passamos a ter responsabilidades com escalas de Trabalho e Falanges Missionárias.

Ser Rama 2000 (ou escrava/madrinha de Rama 2000) implicar assumir que tem condições REAIS de poder estar presente em todos os Trabalhos Oficiais possíveis. Por isso não se deve “correr atrás” desta classificação, é uma responsabilidade muito grande! Nem sempre estamos em condições materiais para poder assumir tal compromisso e arcar com suas responsabilidades.

Bem, falava que quem está no “ritmo” correto de seus trabalhos dentro do Templo vive a Doutrina com tranqüilidade sem se fixar nas movimentações e alterações energéticas.

Quando se “afasta” por um tempo, sai do ritmo, e, ao voltar, se sente deslocado. Se aborrece com facilidade, não entende como as “coisas” estão acontecendo, acho que tudo está errado, que mexeram onde não devia, que tem mudanças, que “era de outro jeito”...

Muitas vezes acaba encontrando com outro, também fora da sintonia dos trabalhos... Seus padrões se atraem e juntos passam a criticar e reclamar, gerando uma força esparsa que irá alimentar os “irmãozinhos” que trouxeram em suas auras.

Esta falta de constância nos trabalhos, muitas vezes ainda leva o médium a seu afastamento completo da corrente, para tristeza dos mentores e festa dos seus cobradores.

Com um pouco de paciência e insistência, porém, tudo acaba se ajeitando, pega-se o ritmo, e - quem diria - caminha-se e trabalha-se muito bem nos diversos setores.

Kazagrande

(baseado em texto do Adjunto Otalevo e Aula do Trino Araken)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O NOSSO ORBE

Enquanto as penosas transições do século XX para o XXI se anunciam ao tinido sinistro das armas, as forças espirituais se reúnem para as grandes reconstruções do porvir.

 Aproxima-se o momento em que se efetuará a aferição de todos os valores terrestres para o ressurgimento das energias criadoras de um mundo novo, e natural é que recordemos o ascendente místico de todas as civilizações que surgiram e desapareceram, evocando os grandes períodos evolutivos da humanidade, com as suas misérias e com seus esplendores, para afirmar as realidades espirituais acima de todos os fenômenos transitórios da matéria.

 Falando em matéria, com o objetivo de se inteirar dos enigmas de suas propriedades, os homens através da ciência buscam incessantemente um caminho, um rumo,  que os levem a concretizar seus aprendizados e transformá-los um dia em realidade.

 Só que Deus o Pai Maior não deu ao ser imperfeito esta qualidade, de descobrir todo este sistema que nos envolve e fascina. Os arqueólogos, os físicos, os químicos, os astrólogos, quando realizam alguma descoberta, esta representa apenas uma semente de mostarda, num emaranhado de enigmas.

 Laboratório de matérias ignescentes, o conflito das forças telúricas e das energias físico-químicos opera as grandiosas construções do teatro da vida, no imenso cadinho onde a temperatura se eleva, por vezes, a 2.000 graus de calor, como se a matéria colocada num forno; incandescente estivesse sendo submetida - aos mais diversos ensaios, para examinar-se a sua qualidade e possibilidades na edificação da nova escola de seres.

 Na grande oficina surge, então, a diferenciação da matéria ponderável, dando origem ao hidrogênio. A atmosfera está carregada de vapores aquosos e as grandes tempestades varrem, em todas as direções, a superfície do planeta, mas sobre a terra o caos fica dominado por encanto.

 Pouca gente sabe e os que não por falta de leitura ou “ignorância” que as mãos de Jesus haviam descansado, após longo período de confusão dos elementos físicos da organização planetária. Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada.

 Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma e, com ele, lançara Jesus à superfície do mundo o germe sagrado dos primeiros homens. Jesus o governador planetário fazia assim surgir na terra os seus primeiros habitantes, no plano material, as células albuminóides, as amebas e todas as organizações unicelulares isoladas e livres, que se multiplicavam prodigiosamente na temperatura tépida dos oceanos.

 Elas se associam para a vida celular em comum, formando-se as colônias de infusórios, de polipeiros, em obediência aos planos da construção definitiva do porvir.

 Parecem confundidos nas profundidades do oceano, os reinos animal e vegetal. Os répteis surgem animais horrendos das eras primitivas. Tais criaturas deveriam ser aperfeiçoadas, uma justa aferição precisaria ser feita e assim o foi. Os tipos adequados a terra foram consumados em todos os reinos da natureza, eliminando-se os frutos teratológicos e estranhos.

 O Neandertal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado, a paleontologia descobriu o homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que precederam os prepostos de Jesus, até a fixação dos primatas. Através das sucessivas reencarnações os homens foram tomando a forma material em que estão hoje numa transição perispiritual.

 Também as crianças, têm os defeitos da infância corrigidos pelos pais, que as preparam em face da vida, sem que, na maioridade, elas se lembrem disso. O grande Jesus participador ativo da construção do planeta um dia teria que vir provar e comprovar como estava o ser que ele ajudou a construí-lo e vejam o que aconteceu.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES
 
Mais uma colaboração de Kardec Online.

SALVE DEUS!

ALMAS GEMEAS

Disse Kardec em O Livro dos Espíritos, 202: “Os espíritos encarnam-se homens ou mulheres, porque não têm sexo.

Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, oferece-lhes provas e deveres especiais, e novas ocasiões de adquirir experiências.

“Aquele que fosse sempre homem, só saberia o que sabem os homens”.


“A teoria das metades eternas é uma imagem que representa a união de dois espíritos simpáticos.

É uma expressão usada até mesmo na linguagem vulgar, e que não deve ser tomada ao pé da letra.

Os espíritos que dela se servem não pertencem à ordem mais elevada.

“A esfera de suas ideias é necessariamente limitada, e exprimem o seu pensamento pelos termos de que se teriam servido na vida corpórea”.

Entretanto, Léon Denis e Emmanuel discordaram de Kardec e dos guias da humanidade.

Em O Problema do Ser, do Destino e da Dor, XIII, aduziu o primeiro: “Cremos de preferência, de acordo com os nossos guias, que a mudança de sexo, sempre possível para o espírito, é, em princípio, inútil e perigosa.

Os espíritos elevados reprovam-na. [“...] Quando um espírito se afez a um sexo, é mau para ele sair do que se tornou a sua natureza”.

O druida da Lorena tentou justificar sua tese de que a mudança de sexo não seria uma necessidade (só a admite por expiação) alegando que essa troca prejudicaria as “almas-irmãs, criadas aos pares, destinadas a evoluírem juntas, unidas para sempre na alegria como na dor”, almas que, segundo ele, “realizam a forma mais completa, mais perfeita da vida e do sentimento e dão às outras almas o exemplo de um amor fiel, inalterável, profundo”. Léon Denis assegurou ainda que o número dessas “almas-irmãs” seria “mais considerável do que geralmente se crê”.

A tese das almas gêmeas, ou irmãs, é mera variante da teoria das metades eternas, por lhes ser ínsito o mesmo fatalismo da predestinação. 
 
Denis veiculou uma idéia injusta, além de haver incidido em mais uma doutrina contrária ao Espiritismo: almas seriam criadas aos pares, cujo amor serviria de exemplo a outras almas, portanto as últimas não teriam seus respectivos pares, já que o número das primeiras seria mais considerável do que geralmente se crê, ou seja, esse número, de uma forma ou de outra, não constituiria a totalidade das almas criadas, segundo Denis.

De outro lado, sem negar a necessidade da mudança de sexo para que os espíritos progridam em tudo, Emmanuel confirmou a doutrina das almas gêmeas, tão só com a diferença de havê-la generalizado, estendendo o número delas à totalidade das almas humanas (exceto Jesus).
 
Assim, ensinou que “cada coração possui no Infinito a alma gêmea da sua, companheira divina para a viagem
à gloriosa imortalidade”. Essas almas, segundo Emmanuel, foram “CRIADAS UMAS PARA AS OUTRAS”, no que só repete Denis.[1]

Trata-se de mera variante da teoria das metades eternas.

Inútil fora defendê-los com eufemismos que distorçam o que propalaram e façam supor que só se hajam reportado à intensa afinidade entre certas almas.

Denis e Emmanuel afirmam uma predestinação desde sempre rejeitada pelo Espiritismo.

Eis o fato!

Se não, vejamos ainda mais O Livro dos Espíritos, 298:

“As almas que devem unir-se estão predestinadas a essa união, desde a sua origem, e cada um de nós tem, em alguma parte do universo, a sua metade, à qual um dia se unirá fatalmente?

– “Não; não existe união particular e fatal entre duas almas”.

E arremata Kardec na obra-base, 303-a:

“É necessário rejeitar esta idéia de que dois espíritos, CRIADOS UM PARA O OUTRO, devem um dia fatalmente reunir-se na eternidade, após terem permanecido separados durante um lapso de tempo mais ou menos longo”.

A concepção, portanto, de almas criadas pela metade, ou aos pares, mas sempre ou eventualmente umas para as outras, com a prévia finalidade de um dia se unirem eternamente, conservem ou não a individualidade após isso, não é aceita pelo Espiritismo. 
 
Não importa o viés lexical!

Sejam metades eternas, ou almas gêmeas, subsistem em ambas as teses o mesmo vício de uma suposta predestinação mútua de dois seres desde a sua origem, o que foi repelido por O Livro dos Espíritos.

Emmanuel ainda foi mais além. Condicionou o amor que sentiremos um dia pela humanidade inteira à prévia realização desse amor de almas gêmeas, que define como uma união, uma dada integração no plano espiritual, em que, por fim, elas “se reúnem para sempre na mais sublime expressão de amor divino, finalidade profunda de todas as cogitações do ser, no Dédalo do destino”. [2]

O indagador da Federação Espírita Brasileira, menos preocupado com o fato de essa doutrina carecer de fundamento em Kardec do que por não ter base nem mesmo em Roustaing, perguntou, então, sobre a alma gêmea de Jesus.

A resposta evasiva de Emmanuel foi que seria “injustificável” um paralelismo entre o Cristo e “os meios humanos”, porque “observamos em Jesus a finalidade sagrada dos gloriosos destinos do espírito”.[3] 
 
Mas se é também essa a nossa própria destinação, por que seria injustificável o paralelismo entre Jesus e os meios humanos? Como Jesus chegou a ser quem é?

Não foi por encarnações humanas, ainda que noutros mundos há muito preexistentes ao nosso?

Emmanuel advogou que o Mestre só teria enlaçado, “no seu coração magnânimo, com a mesma dedicação, a humanidade inteira, depois de realizar o amor supremo”.  Todavia, que amor foi esse, depois da realização do qual Jesus passou a amar a humanidade inteira com a mesma dedicação?

 Como previsto no número 326 de O Consolador:

“O amor das almas gêmeas é aquele que o espírito sentirá um dia pela humanidade inteira”.

Dir-se-ia que Emmanuel admitiu, assim, a prévia realização do amor de Jesus e de sua alma gêmea; depois disso, o Cristo passou a sentir esse amor pela humanidade toda.

Mas não! O guia de Chico Xavier excepcionou Jesus de tal situação; entende que ele evoluiu “em linha reta” e, por isso, em meios não humanos.

Sobre o Cristo, o que diz a Doutrina Espírita?

— l'Esprit pur par excellence: “o Espírito puro por excelência”, portanto, de “superioridade intelectual e moral absoluta, em relação aos espíritos das outras ordens
Em Espiritismo, todos os seres têm o mesmo “ponto de origem” e o mesmo “destino”.  
 
Jesus não foi exceção.

Mas quem poderia saber se cometeu erros na estrada evolutiva?

E que importância afinal teria agora isso, se os que chegam ao grau supremo, mesmo passando pelo mal, são contemplados com idêntico olhar por Deus, que a todos ama igualmente?
Possível é que o Mestre seja daqueles espíritos que, desde o princípio, seguiram o caminho do bem.

Mas O Livro dos Espíritos chama isso de evolução “EM LINHA RETA”?

O que nos autoriza a supor que essa expressão equivale ao que ensinou a obra-base?

A encarnação não passaria de excepcional castigo aos culpados que por lá faliram: seria uma “queda”.

A Doutrina Espírita, porém, ensina que seguir “desde princípio” o caminho do bem “não isenta os espíritos das penas da vid corporal”, porque “TODOS são criados simples e ignorantes e se instruem através das lutas e atribulações desta vida; Deus, que é justo, não podia fazer feliz a uns, sem penas e sem trabalhos, e, por conseguinte sem mérito.”

A palavra “princípio” não se refere, pois, só aos mundos materiais, antes da suposta queda do espírito, nem tampouco se distinguiria, por isso, de “origem”, como querem as ginásticas verborrágicas de alguns Rustenistas fanatizados.

Kardec diz que “os espíritos, na sua ORIGEM, se assemelham a crianças, ignorantes e sem experiência”.  Questiona como podem, “em sua “ORIGEM, quando ainda não têm a consciência de si mesmos, ter a liberdade de escolher entre o bem e o mal”, e se lhe responde que “o livre-arbítrio se desenvolve à medida que o espírito adquire consciência de si mesmo".

Neste ínterim, pergunta Kardec “por que Deus permitiu que os espíritos pudessem seguir o caminho do mal”  e, sem solução de continuidade, indaga logo após:

“Havendo espíritos que, desde o PRINCÍPIO, seguem o caminho do bem absoluto, e outros os do mal absoluto, haverá gradações, sem dúvida, entre esses dois extremos?”.

Resposta: “Sim, por certo, e constituem a grande maioria”.

“Princípio” e “origem” são utilizados como sinônimos, e relacionados, é claro, ao “início” da fase humana de evolução da alma. 
 
O Livro dos Espíritos, repele, assim, a tese da queda, ao assegurar que seguir desde o princípio o caminho do bem não isenta os espíritos das penas da vida corporal, entendimento confirmado mais adiante,
 
“É necessário que o espírito adquira experiência, e para isso é necessário que ele conheça o bem e o mal; eis por que existe a união do espírito e do corpo”.

Incluída aí está à dualidade espírito-matéria, sem a qual não se desenvolveria o livre-arbítrio e a consciência de si no espírito.

Quando Emmanuel diz que o Cristo evoluiu em meios não humanos, nega, indubitavelmente, a materialidade do corpo que Jesus assumiu na Terra; trata-se de uma profissão de fé neodocetista e, portanto, rustenista.
 
As quedas pretéritas, assim atribuídas tanto aos que “aprendem”, como aos que “se resgatam”, é uma generalização errônea, pois “a expiação serve sempre de prova, mas prova nem sempre é uma expiação”.  
 
Nem todos os que aprendem em meio a provas têm, pois, erros a resgatar. 
 
Se Emmanuel advoga que todos os têm, confirma as quedas que precipitariam na matéria os falidos da concepção de Os Quatro Evangelhos.

E isso mais se evidencia na sua idéia sobre provação: seria para o “rebelde” e “preguiçoso”, e a expiação, para o “malfeitor que comete um crime".
Quanto à expiação, vá lá, que seja; mas se é impossível chegar à perfeição sem provas, seríamos, de antemão, rebeldes e preguiçosos pelo simples fato de sofrê-las?
Diz que a alma é “colocada por Deus no caminho da vida como discípulo que TERMINA os estudos básicos”.
Como pode ser isso se O Livro dos Espíritos, 190, leciona que, em sua primeira encarnação, a alma “ensaia para a vida”? Trata-se, pois, do início dos estudos básicos da alma, não de seu término. 
 
Estranho é que se clame pela autoridade do mestre francês e se publiquem obras mediúnicas cujos conteúdos lhe subvertam acintosamente os princípios codificados.

Extrema é a hora espírita neste mundo.

Valha-nos O Espírito de Verdade!

Realmente, consta que Emmanuel teria dito a Chico Xavier que deveria permanecer com Jesus e Kardec caso lhe aconselhasse algo em desacordo com as palavras de ambos.
Mas nenhum ensino contrário a Kardec deixou de ser publicado por essa razão.
Só Chico Xavier teve o poder de dirimir as dúvidas, mas nunca o fez, nunca levantou uma suspeita sequer sobre a F.E.B.; ao contrário, não é difícil encontrar-lhe pronunciamentos com os mais efusivos aplausos à Casa do “Anjo” Ismael, assim como ao grande J. Herculano Pires, O médium sempre aparece ao lado de todos os partidos.

Aprendizes em Espiritismo sabem que o primeiro critério da verdade é submeter as comunicações dos espíritos ao controle severo da razão, do bom-senso e da lógica. 
 
Só espíritos enganadores, que não podem senão perder com esse exame sério, é que evitam a discussão e querem ser acreditados sob palavra.

Aprendizes em Espiritismo igualmente sabem que o segundo critério da verdade está na concordância, na universalidade do ensinamento espiritual, no fato de um princípio ser ensinado em vários lugares, por diferentes espíritos e médiuns estranhos uns aos outros, “e que não estejam sob a mesma influência”.
A única expressão de universalidade desse ensino espiritual sempre foi a Obra de Kardec.

Depois dela, tudo mais são opiniões isoladas.

Quanto às almas criadas umas para as outras, Emmanuel tentou em vão defender-se, dizendo que não se referiu a metades eternas; contudo, pediu para ser conservada no livro “a humilde exposição relativa à tese das almas gêmeas”, na qual assevera que os ascendentes do amor entre elas, por serem mais profundos, diferenciam-se daqueles entrosados nas humanas concepções, que se modificam na esteira evolutiva.


A verdade é que não basta modificar a terminologia “metades eternas”, para conservar, ainda assim, o núcleo vicioso de sua doutrina, que é a noção de predestinação mútua de duas almas desde a sua origem.

Aprende-se na obra-base que “a simpatia que atrai um espírito para outro é resultado da perfeita concordância de suas tendências, de seus instintos, e da igualdade dos seus graus de elevação”, o que explica o entrosamento incomum entre certos casais e torna desnecessária a ideia das almas gêmeas, cujo erro não está em serem almas afinadas, mas em terem sido, segundo Emmanuel, “criadas umas para as outras”.Quanto a isso ser um preventivo contra o divorcismo, o pansexualismo, etc., bastaria a compreensão das leis morais da Parte III de O Livro dos Espíritos.

A tese de que teríamos uma alma preposta à nossa, criada especialmente para nos acompanhar na jornada evolutiva, nada tem a ver, portanto, com os termos kardecianos do Espiritismo, e Deus nos acuda se os termos do Espiritismo não puderem mais ser os kardecianos!

Léon Denis e Emmanuel, nesse caso, formularam hipóteses pessoais, meras opiniões sem qualquer fundamentação mais consistente e que não se enquadram, de forma nenhuma, na Doutrina Espírita.

Por essas e por outras é que Kardec não voltou mesmo; não pode ter voltado!

Ao sairmos da leitura kardeciana para a de outros autores, encarnados ou não, o sentimento é de abismal queda.

O gênio de Lyon não foi excedido por ninguém!


Cumpre-nos distinguir esses pontos em nossas leituras, que não deixam, só por isso, de serem obrigatórias.

A identidade doutrinária kardeciana do Espiritismo, porém, é a única hígida o suficiente para mantê-lo em certeira rota.


Sergio Aleixo
                            *********************

Texto retirado do acervo de Kardec Online!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

CERTO E ERRADO (BOM LEMBRAR!)

Em nossa doutrina os conceitos de certo e errado são universais, ou seja, não atendem os conceitos de nossa sociedade, muito embora Tia Neiva nos diz do respeito que devemos ter com nossas leis, mas partindo de um conceito amplo estritamente doutrinário tudo muda quanto nossa visão limitada e direcionada ,principalmente quando se tenta condicionar esses valores em função daq uilo que se pretende fazer usando esse condicionamento para justificar alguma de nossas atitudes. Quando se trata do Sistema Cristico, operante em nossa doutrina não há como fugir a tal lei, haja visto que a doutrina agindo dentro de um sistema cabalístico é perfeito em seus rituais, por essa razão que o Trino Ajarã luta na manutenção dos rituais deixado por Tia Neiva. Partindo desta pobre explanação acima vamos começar a pensar no que muitos Jaguares dizem e fica para cada um determinar se é certo ou errado, pois não nos cabe emitir tal opinião, mas sim, fornecer subsídios para que cada um faça um cuidado exame de sua consciência e chegue a difícil conclusão se está ou não exercendo sua condição como Mestre Jaguar.

 “O importante é servir ao Pai Seta Branca” Pai Seta é o mentor de nossa doutrina,todas as leis e rituais existentes foram deixados por Tia Neiva com a perfeita autorização do Simiromba de Deus. Seria um contrassenso ,hoje qualquer Mestre seja de qualquer hierarquia, quebrar essas leis. “As Leis já escritas não têm senões, e devem ser rigorosamente respeitadas. Não há autoridade no Templo para fazer qualquer trabalho fora destas Leis. Basta que eu, conhecendo o perigo das correntes magnéticas, não o faço. RESPEITO!” (Tia Neiva, s/d) “Não sigo homens, mas sim a doutrina” As leis físicas que te chamam a razão são as mesmas que lhe conduzem a Deus.Quando estavam por escrever o Livro de lei,segundo o Mestre Bálsamo,Regente Araken, Pai João não queria de forma alguma que o mesmo fosse feito,pela simples situação de mecanizar,robotizar os médiuns. Porém, depois de muito refletir ficou se entre o prejuízo de tal fato(robotização) e a quebra das leis e rituais de nossa doutrina,optou-se pelo menor prejuízo. “Sou o comandante,o Adjunto, assumo a responsabilidade pelo que faço” Quando-se está em um trabalho cabalístico em nossa doutrina,há toda uma ritualística a ser seguida,com passos precisos,onde cada movimento e momento no ritual desperta,movimenta uma certa porção de energias ocasionando a cura desobsessiva e a libertação de espíritos que necessitam daquele trabalho. Outra situação que falamos e é de importância vital em nossa doutrina que é a força decrescente que sustenta outra não menos importante que é a hierarquia. Quando consideramos nesta hierarquia espiritual que segue se a seguinte ordem : DEUS PAI TODO PODEROSO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO PAI SETA BRANCA PAI JOÃO DE ENOQUE. Nesta exposição vemos que não é somente uma questão de mando ,mas sim uma distribuição de forças as quais são dirigidas; direcionadas segunda sua necessidade a quem de direito. Na condição desta hierarquia física, sendo que estamos num plano físico,onde as reis que regem este plano físico movimentam segundo a sua condição, as mesmas forças precisam ser manipuladas, condensadas, emitidas segundo a condição hierárquica que cada Mestre transcendentalmente recebeu por suas classificações;por essa razão a espiritualidade, criou se a hierarquia física que tinha nossa Mãe Kotay 108 como o ponto de partida da emissão e recepção desta forças e logo depois os Trinos Presidentes Triadas classificados pro ela, Trinos herdeiros, Adjuntos, rama 2000 etc..


Então a fica a seguinte pergunta se foram nossos mentores que criaram, determinaram essa classificação ,essa força decrescente, porque os mesmos não a respeitariam? Quando alguém se acha no direito de quebrar essa condição, principalmente na condição de comandante,automaticamente ele dá também a seus subordinados que o façam o mesmo... Tia Neiva tem uma frase muito séria e delicada que diz: “Tudo podes fazer na força decrescente e iniciática de Kotay 108” “Nada temos fora da força decrescente “ As vezes vemos alguns mestres tratarem este sistema delicado de forças da corrente indiana do espaço como se fosse uma agremiação esportiva,onde pode se tudo...É claro que em nossa doutrina não há punição por parte de nossos mentores,mas existe uma outra lei imutável,inalcançável por nós encarnados seja qual for sua hierarquia...A lei do Carma.. E fora da conduta doutrinária está-se sujeito a essa lei com todas as forças que ela se impõe. As ações motivadas por aqueles que pensam ter poder, pode mudar a trajetória de tantos, fazendo sofrer aqueles que acreditam nas palavras de uma caminhoneira que abdicou de sua vida em função do Doutrinador. “Jesus, é por ele a bem dele que venho neste instante entregar os meus olhos” (Tia Neiva). Certa feita ouvi o Trino Ajarã,primeiro doutrinador deste amanhecer,o qual recebeu de sua mãe e mentora os poderes para realizar qualquer consagração nesta doutrina dizer: “ Gostaria der ter os poderes que muitos pensam ter”. Gilmar, Ad Adelano
Por:adelano

RECEBI E REPASSO

JUVENTUDE E JESUS

Amigo,

Tu que estás palmilhando as rotas da juventude com que o Criador homenageia-te as horas, pensa no bem que podes operar sob o olhar sublime de Jesus, o Mestre e o Amor de nossas vidas.
Detém-te um pouco ante os mais multiplicados episódios por Ele vividos, e forja teu caráter de tal modo que possas segui-Lo, sentindo-O mais próximo de ti e sentindo-te, por outro lado, mais junto do Seu coração.
É na vida do Celeste Amigo, Juventude, que identificamos a tolerância sem conivência, a humildade sem subserviência, a energia sem violência, a verdade sem presunção, a orientação sem empáfia, o amor total sem pieguismo...
Observa, meu jovem companheiro, o que tanto há faltado nas relações humanas, e medita nas razões de tanto sofrimento, de tantos dramas: decisão firme para o esforço do autoaprimoramento; fidelidade aos compromissos com Deus; coragem de viver a verdade conhecida; disposição de testemunhar o amor ao próximo, sem quaisquer temores.
Sendo assim, não negligencies perante teus deveres. Não te retardes. Atende, por amor.
Quando, Juventude, puderes participar da vida com os valores que o Cristo exemplificou, sobejamente, terás alcançado os mais felizes objetivos com relação aos propósitos dos teus dias moços no mundo.
Ele, pulcro, esteve entre os jovens, concitando-os ao Reino dos Céus; caminhou entre os adúlteros de todos os tipos, chamando-os à vida digna; falou aos doutores, convidando-os à real humildade; trabalhou, suportando o mau humor e a antipatia de tantos e deixou a Terra sob o abandono de quase todos, a todos envolvendo e conclamando à vitória sobre si mesmos, sobre o mundo moral deficiente e equivocado.
Juventude e Jesus!
Quando estas duas forças estiverem integradas à daqueles que tudo desejam realizar, com audácia nem sempre refletida, mas honesta, com a Daquele que tudo podia operar e limitou-se a cumprir a vontade do Pai, que O enviara, então, teremos conquistado, com base nos Códigos Supremos da vida da alma, o eloquente progresso, desde há tanto anelado. A Juventude, vitalizada pela mensagem de Jesus, será imbatível e incorruptível força progressista, dirigindo para a perene ventura todos quantos tiverem aproveitado os tempos juvenis para a sementeira, nos seus próprios rumos, das luzes do trabalho e do amor, como Ele ensinou.

( Pelo Espírito Ivan de Albuquerque  – Raul Teixeira )