segunda-feira, 15 de novembro de 2010

LEI DO CASAMENTO


         Salve Deus! A união dos ciganos somente será feita após autorização da Clarividente, sendo marcada com os Devas, mediante a apresentação dos documentos referentes ao ato civil.

         Em tempos passados, a tradicional fogueira era o Aledá, onde as forças se entrelaçavam, e ali era realizado o casamento. No Templo, é diante do Aledá que os noivos vão receber a bênção de Pai Seta Branca para a união que se inicia.

         Ao iniciar-se o ritual, a Profetiza (ou quem estiver em seu lugar), que irá anunciar o casamento, já deverá estar no Aledá, juntamente com o Mestre Sacramento e Ninfas Sol, representantes das diversas falanges missionárias. Não é conveniente a presença de prisioneiras no Aledá.

         Duas Madalenas e duas Jaçanãs se posicionam junto aos degraus do Aledá, para receberem a noiva.

A JORNADA DOS NOIVOS

A NOIVA: No lado esquerdo da entrada do Templo, forma-se o cortejo, na seguinte ordem: primeiro, as missionárias Muruaicy e, logo atrás, a noiva, junto com seu pai  ou pessoa indicada para o substituir; segundo, os padrinhos da noiva; terceiro, Samaritanas, Nityamas e Magos.

O NOIVO: Pelo lado direito, forma-se o cortejo com os Príncipes, Dharman Oxinto, o noivo, seus padrinhos, seguidos pelas demais falanges missionárias presentes.

A JORNADA: Ao som da Marcha Nupcial, os dois cortejos partem e se cruzam diante do Pai Seta Branca. Seguem até a Pira, onde fazem novo cruzamento, e entram na parte evangélica, colocando-se a noiva no final do lado direito da Mesa Evangélica, e o noivo do lado esquerdo, com as missionárias formando alas à frente, e os padrinhos atrás.

O ANÚNCIO: Quando estão todos em suas posições, deve cessar todo o movimento e parar a música, para que se faça o maior silêncio. A Profetiza faz o anúncio da cerimônia - o Canto do Casamento:

         Ó, Jesus!  Quem Te fala sou eu (faz a emissão)
Salve Deus, meus irmãos e meus mestres!
Quis a vontade de Deus, este casamento: Mestre (nome do noivo)
E Ninfa (nome da noiva) vão se casar!
É a hora bendita, ó meu Deus do Amor!
É a união dos que se amam e vão se casar!...
Jesus, Divino e Amado Mestre, consagre este casamento!
Jesus, abençoa estes que, nos carreiros terrestres,
Nos laços de um destino cármico, vão se casar,
Preparar com amor outros espíritos para uma nova evolução!...
Pedimos, Jesus, que não lhes faltem
As Pérolas dos Anjos e dos Santos Espíritos!
Ó, Jesus, eles vão se casar!
(nome do noivo) e (nome da noiva) vão se casar!
E os Mantras dos Grandes Iniciados vão lhes casar!
Eu, nesta hora, de honra e guarda
De (nome da noiva) e (nome do noivo), exijo a (nome da noiva)
Que venha se espiritualizar e dar provas a (nome do noivo)
Do seu amor, afirmando-lhe que será sua fiel companheira
Nesta jornada final, na alegria e na dor, na pobreza e na riqueza!...
 (emite o Pai Nosso).

A UNIÃO: Após o canto da Profetiza, uma Madalena, levando o manto nupcial, vai até a noiva e volta, seguida pela noiva e seus padrinhos. Ao chegarem na escada do Aledá, a Madalena sobe e a noiva a segue, ficando os padrinhos na parte de baixo. A Madalena entrega o manto à Profetiza, que cobre a noiva. Esta se vira para a parte evangélica e faz a preparação:

                   Senhor, Senhor, faze a minha preparação,
                   Para que, neste instante, possa eu estar Contigo!
                   Salve Deus! Ouvi o que disse nossa Mãe e Profetiza!
                   Salve Deus!

         Colocam-se lado a lado, e fazem a consagração com o vinho. A espada é entregue ao noivo, e iniciam novo cortejo, para o Aledá. A  noiva sobe pelo lado direito e o noivo pelo esquerdo. Os padrinhos aguardam na parte de baixo. Ao chegar diante da Profetiza, faz a elevação da espada, e a entrega à Profetiza. Volta-se para a parte evangélica e faz sua preparação:

                   Senhor, Senhor, faze a minha preparação,
                   Para que, neste instante, possa eu estar Contigo!
                   Salve Deus! Ouvi o que disse nossa Mãe e Profetiza!
                   Salve Deus!

         O Mestre Sacramento (ou um Trino ou um Adjunto Rama 2000 que esteja presente) apresenta ao noivo um Evangelho. O noivo coloca a mão direita sobre o Evangelho e diz:

                   Ouvi o que disse nossa Mãe Profetiza:

                   Será com amor este casamento!

         A seguir, volta-se para a noiva, retira o manto que lhe cobre o rosto, e a beija com suavidade. A Profetiza diz:

                   Deus! Ó, Grande Deus! Multiplique esta união!
                   Abençoa aqueles que, pela vontade de Jesus,
                   Estarão casados na Corrente Indiana do Espaço,
                   Na presença de Mestre Sol e Mestre Lua!
                   Salve Deus!

A BÊNÇÃO: As falanges seguem em cortejo à frente dos noivos e dos padrinhos, e passam pelo Pai Seta Branca, dirigindo-se para a Cruz do Caminho, onde um Mestre Ajanã, com a Ninfa Sol, os aguarda. Para evitar aglomeração no castelo, somente algumas missionárias devem entrar, postando-se em honra e guarda. Os noivos e os padrinhos entram. O Ajanã incorpora o Mestre Acapu, que pergunta aos noivos:

Este casamento é da vontade de (nome do noivo) e (nome da noiva)?

Os noivos respondem: "SIM!"

         Espontaneamente vão se casar? Pergunta o Mestre Acapu.
Os noivos respondem: "SIM!"

Então o Mestre Acapu segura as mãos do noivo e da noiva, com as palmas na palma de suas mãos, e as cobre com a ponta do Véu Mântrico (morsa), que está passado em seu pescoço. Passa um ramo de perfume (Anoday), e os padrinhos passam, um a um, colocando a mão direita sobre as mãos dos noivos. O Mestre Acapu pergunta a cada padrinho:

         Poderá testemunhar o que viu e como foi este casamento,

         Em qualquer circunstância de sua vida?

O padrinho responderá "SIM!" e receberá uma pitada de sal, colocada em sua boca pelo Mestre Acapu. Terminando de passar os padrinhos, o Mestre Acapu se dirige aos noivos:

         Eu vos considero marido e mulher!

Coloca uma pitada de sal nos lábios da noiva e nos do noivo, e fala:

         Jesus seja o vosso Guia! Ide em paz!

Beija a mão da noiva e leva a mão do noivo à sua testa.

O cortejo se desfaz após a desincorporação do Mestre Acapu, e todos cumprimentam os recém-casados.

OBSERVAÇÃO:  Caso não haja missionária da falange determinada na Lei, outra poderá substituí-la. Mas, absolutamente, será cumprida quando estiverem presentes todas as falanges. No Aledá, após a subida da noiva, coberta pelo manto, poderão ficar algumas missionárias Lua. Salve Deus!

Com carinho, a Mãe em Cristo, TIA NEIVA        Vale do Amanhecer, 12.10.83